Capítulo 30

1K 92 13
                                    


Maria Alice.

Aumento o som e balanço o meu corpo no ritmo da música, eu amo músicas brasileiras porque eu amo dançar e o que é melhor do que escutar "Envolver" no seu quarto sozinha? Cara, eu viro a dançarina. Hoje eu vou trabalhar na parte da tarde, então tenho a manhã livre para fazer um show particular para minhas paredes. Tiro minha blusa e eu short, tenho que tomar um banho, mas até isso acontecer, irei dar uma de Anitta. Bom, na verdade eu queria ser a Anitta no clipe dessa música, ter aquele homem gostoso roçando na minha bunda o tempo todo seria o máximo.

Boto minhas mãos no chão e vou descendo rebolando a minha bunda, fala sério, essa mulher é um gênio, essa coreografia é quase um porno, mas é um porno com classe. Essa música realmente envolve.

— Puta que pariu! — Grito alto e quando me viro vejo Isa e Giovanni na porta do meu quarto. A não, ele viu isso.

— Você vai ter que me ensinar essa ai. — Isa fala apontando para o chão se referindo a dança.

— E você vai ter que fazer isso pra mim. — Giovanni fala olhando o meu corpo. — E desse jeito. — Aponta para a minha roupa, ou melhor, a falta dela.

Pego a blusa que estava e boto, fico sem reação alguma, como assim eles estão aqui? E como entraram? Puta merda, Giovanni me viu com a raba pro alto e ele não vai me deixar esquecer disso.

— O que estão fazendo aqui? — Consigo falar depois de um tempo.

— Eu vim me resolver com você, você é a minha melhor amiga e eu não consigo viver longe por muito tempo, o Giovanni só veio atrás mesmo. — Ela se vira pra ele. — Já pode ir, vai, vai, xô.

— Nem a caralho que saio daqui, vai delicia, dança mais. — Ele fala e eu pauso a música.

— Não vou dançar, seu pervertido.

— Giovanni, vaza. — Isa fala.

— Nem a pau, eu quero ver ela dançar outra vez.

— Invadiram a minha casa?

— Não, sua madrinha liberou a nossa entrada, falar nisso ela é bem simpática, me convidou para um chá. — Giovanni fala entrando no meu quarto.

Ele vai até o aparelho de som e dá play na música, mas abaixa o volume, ele se senta na minha cama e fica me olhando.

Que cara folgado da porra.

— Eu vou embora se dançar pra mim.

— Você vai embora sim e eu não vou dançar merda nenhuma pra você, Giovanni.

— Você é mal. — Ele fala.

— Estou vendo que você está bem, acho que posso taca o meu abajur na sua cara. — Falo chegando perto do abajur.

— Ou, calma ai. — Ele se levanta e eu me sinto ofendida por ele ter acreditado que eu jogaria um abajur nele. Tá, mas eu jogaria mesmo.

— Vai, depois eu ligo para vir me buscar. — Isa fala e ele confirma com a cabeça.

Ele vai saindo do quarto, mas do nada para e vem correndo na minha direção, ele para na minha frente e por um minuto eu me assusto. Mas ele segura meu rosto e beija a minha testa como faria todos os dias que ia na sua casa.

— Bom dia, doidinha.

Ele sai e eu fico com cara de otário olhando para a porta.

— Acorda! — Isa fala parando na minha frente. — Temos que conversar. — Me sento na cama e fico olhando para ela.

A real é que eu já perdoei a Isa, eu amo essa mulher. Eu realmente fiquei com raiva dela, mas isso já passou, a real é que a Isa é importante demais na minha vida para conseguir fica muito tempo longe.

— Vá em frente. — Falo séria.

— Mariazinha, eu te amo, se eu não te contei, foi porque eu cresci ouvindo que as pessoas se afastariam de mim se soubesse essa verdade da minha vida e também não é como se fosse super fácil sair por aí falando que sou da máfia.

— Isa...

— Não, me deixa terminar, você é a minha amiga, eu deveria ter te falado, mas tente me entender, é difícil...

— Isa... — Ela me corta mais uma vez.

— Eu to sofrendo longe de você, Maria Alice.

— Isabella, caralho, me escuta! — Ela cala a boca e me olha. — Eu já te perdoei, não estou mais com raiva de você.

— Sério?

— Sim.

— Sério mesmo? — Confirmo com a cabeça. — Puta merda! — Ela pula em cima de mim me fazendo rir. — Pera ai, então você deixou eu falar tudo isso atoa?

— Ah, sabe como é, né? Você nunca fala que me ama... — Começo a rir e me levanto rápido quando ela levanta a mão para me bater.

— Sua... Sua... — Ela se senta. — Eu te amo.

Vou até a cama e me sento ao seu lado, ficamos em silêncio só apreciando a presença uma da outra.

— E você vai ter que me ensinar aquela dança. — Começo a rir.

— Seu primo me viu com a bunda pro alto.

— Isso não é novidade para ele, né, Maria Alice, ele já viu essa raba pro alto antes.

— Tá, mas não dançando como uma dançarina de cabaré.

— Fala sério, eu quero muito aprender aquilo, sua bunda mexia perfeitamente.

— Minha bunda é perfeita, Isabella.

— É típico das brasileiras. 

Amor Perigoso.  [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]Onde histórias criam vida. Descubra agora