Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]

Capítulo 73

Maria Alice.

Estou na sala com a Isa e Aurora, elas estão me ajudando a escolher os convites do casamento. Temos três opções, Giovanni e eu escolhemos essas três na noite passada e agora elas estão aqui para me ajudar a escolher entre eles. Giovanni é super participativo nas coisas do casamento e eu acho isso incrível, porque eu percebi que o gosto dele é bem mais sofisticado que o meu, se depender de mim... Mas meninas sempre me falaram que o Giovanni é bem assim, ele sempre foi ligado em moda, sempre gostou de conversar com elas e sempre estava por dentro de tudo. Resumindo, ele é uma mulher bem antenada no corpo de um homem. Fora que ele ama fofocar, nunca vi um homem pra fofocar tanto. O nosso casamento vai ser no início do ano que vem, queremos nos casar depois que o filho da Bianca nascer. Vai demorar um pouquinho mas esse povo cisma em ver as coisas tudo agora, não sei para que isso, mas tudo bem.

— Vamos andar logo com isso, tenho trabalho ainda hoje. — Falo para as duas.

— Eu escolho esse. — Aurora fala.

— Eu estou junto com ela, esse aqui é perfeito. — Reviro os olhos quando vejo que é o que o Giovanni mais gostou.

— Ok, está resolvido, agora to indo, aquela empresa precisa de mim. — Me levanto e vou em direção a porta.

Quando eu ia saindo eu bato de frente com o Lorenzo.

— Indo trabalhar?

— Sim.

— Eu te levo.

— Lorenzo, você acabou de chegar.

— Não ligo, vamos.

Dou de ombros e saiu atrás dele. Ele entra no carro e eu entro logo atrás.

— E aí, como vai a caça a Kall? — Pergunto.

— O mesmo de sempre, ela não aparece e eu fico atrás.

— Essa é difícil...

— Eu não sei o que mais ela quer, eu fico todos os dias na frente daquele computador, Maria Alice. Se ela fica me vendo mesmo como você disse, ela já deve está enjoada de ver a minha cara.

— Sim, ela te ver, eu liberei o acesso a câmera e microfone do seu notebook, ela pode te ver e ouvir.

— Mulher difícil, eu estou ficando maluco... Aposto que puxou o pai, aquele homem era o catiço. — Começo a rir dele.

— O que você acha de dar um gelo? Você fica o dia todo na frente daquele computador esperando por ela, diminua as horas, ou os dias, faz ela sentir falta da sua atenção.

Ele fica calado por um tempo.

— A Bianca me disse a mesma coisa.

— Tá vendo, faça isso, se ela não se importar, aí sim você tem um problema. — Eu sei que ela vai se importar.

— Irei fazer isso.

O resto do caminho nós vamos em silêncio. Lorenzo é muito engraçado, ele está caidinho por ela e diferente do que todos pensam, julgando pelo jeito dele, ele demonstra, ele demonstra muito...

A Kall está enrolando ele por algum motivo eu vou saber...

Ele pára o carro em frente a empresa e eu desço, dou a volta e paro na janela dele.

— Pense bem no que eu te falei, pode ser que dê certo. — Ele confirma com a cabeça e eu me afasto. Entro na empresa e já vejo a cara da recepcionista nojenta.

Passo direto e vou para o elevador. Está vazio, graças a deus. Depois de um tempo já estou no meu andar e quando entro eu tomo um susto.

— Surpresa! — Meus amigos gritam e eu quase tenho um filho. Que? O que o poderoso chefão e o Giovanni estão fazendo no meio desse povo?

— O que é isso gente? Uma tentativa de assassinato?

— Exagerada como sempre. — Alan fala.

— Tá, mas qual é o motivo disso? — Pergunto perdida.

— Amor, o chefe do seu setor resolveu te promover. — Giovanni fala e eu estreito os olhos para ele.. Ele levanta as mãos em rendição dizendo que não tem nada a ver com isso.

— Isso é impossível porque eu sou a chefe do meu setor, Giovanni.

— Seu burro, o gerente geral que resolveu isso. — Martino fala e bate na cabeça do Giovanni.

— Cara, eu acabei de ver o poderoso chefão bater no filho dele. — Fernan fala alto e todos riem.

— Eu bato nele sempre, se quiser ver mais é só falar.

Depois de um tempo conversando eu fico sabendo que o gerente estava fazendo uma revisão e promovendo algumas pessoas e com isso eu fui junto. Não desejava o cargo, mas é algo legal. Passei o dia me informando melhor sobre o cargo e no final do dia eu já tinha tudo o que precisava para começar na minha nova posição. Fernan assumiu o meu lugar e eu não vejo pessoa melhor, ele é muito bom no que faz. Quando termino tudo eu saio da empresa e vejo Giovanni na frente me esperando como sempre.

— Vamos para casa?

— Sim, não vejo a hora de ver o meu bebê.

 — Amor, podemos conversar sobre algo?

— Claro. Sobre o que?

— Então, não nos casamos ainda, mas já temos um filho, Francesco vai sair de casa para uma casa bem próxima a dos meus pais, eu estava pensando e acho que nós deveríamos nos mudar, mesmo ante do casamento, afinal, você fica mais na minha casa que na sua, você tinha falado que queria montar o quarto do Pietro de outra forma e... Uma casa só nossa vai ser melhor, mas se você não quiser, tudo bem... Eu só acho que deveríamos fazer isso porque iriamos ter mais privacidade e poderíamos fazer as coisas mais.. Ai, pelo amor de deus fala alguma coisa.

Fico olhando o seu nervosismo e fico com vontade de rir, ele está tão fofo. Como eu amo esse homem... Ele é tudo.

— Olha, eu não quero ficar longe da minha família, eu já vi tudo e se você concordar, tem uma casa linda bem próximo a mansão que pode ser nossa, eu irei te levar lá, eu juro que se você não gostar ou não quiser naquele local, eu procuro outra... — Meus olhos se enche de lágrimas e elas rolam pelo meu rosto.

Eu estou aqui, dentro de um carro com o meu futuro marido e ele está falando sobre a nossa casa, a casa onde vamos viver com o nosso filho... Eu nunca imaginei que chegaria nesse ponto e olha só. Eu tenho tudo e nem planejei nada. Obrigada meu Deus, obrigada por me dar o que eu nunca soube que eu precisava.

— Amor, não precisa chorar, se você não quiser, nós não nos mudamos, esperamos para depois do casamento.

— Não, não é isso... Podemos ir ver a casa amanhã? — Ele parou o carro e me olha.

— Você está falando sério?

— Sim e que quero ir com o Pietro, nós três iremos aprovar a nossa casa.

— Obrigado, obrigado, obrigado. — Ele me abraça forte. — Você é incrível.

Ele beija o meu rosto e depois a minha boca.

— Obrigado por ser esse homem incrível e por ter insistido na gente, meu amor. — Falo agarrada nele.

— Olha para nós dois... Prestes a se casar e com um filho. Eu não poderia querer uma família melhor, meu amor. Obrigado por me dar tudo.