Giovanni.
Saio do jatinho e atrás de mim vem Pedro, olho para trás e vejo meus homens tirando os dois infelizes do jatinho.
É, parece que quem vai acabar com a Bratva não é o Lorenzo e sim eu.
Ando em direção ao carro e logo entro, Pedro se senta ao meu lado e o carro entra em movimento. Minha cabeça está uma confusão, eu só consigo pensar em matar esses dois e na Maria Alice, mas tento focar apenas na missão no momento, se eu pensar muito nela ou souber o estado dela eu acho que não sei o que faço. Essa mulher é importante demais pra mim, eu não consigo mais viver sem ela, se eu perder ela eu me perco.
— Giovanni, seu telefone. — Pedro fala e eu pego o meu telefone no bolso.
É o Francesco, eu não posso atender, eu desobedeci uma ordem dele, isso vai me causar grandes problemas, mas eu não quero lidar com isso agora. Desligo o telefone e o boto no bolso outra vez.
Não demora muito e paramos em frente a uma enorme casa, dois dos nossos homens vendo na direção do carro e eu saio.
— Tudo pronto?
— Sim senhor.
Vejo saindo do outro carro mais dos meus homens com os dois russos do inferno. Ando até eles e vejo de perto os rostos assustados deles ao ver onde estamos. Isso seus filhos da putas, sofrem, sofrem como eu sofri e estou sofrendo.
Entramos na casa e vejo muitos dos meus homens espalhados por ela, um deles nos guia até o local onde está a família Ivanova e quando chegamos nos fundos vejo todos de joelhos no chão. Idosos, adultos e duas crianças. Faço os dois se sentarem e ando até a família deles.
— Eu quero que saibam que irão morrer hoje e a culpa é inteiramente deles dois. — Aponto para os dois que estão com as bocas tapadas. — Eu particularmente odeio essa parte, mas fazer o que, são regras da minha família. Nunca deixe vivo um parente que possa querer vingança. Não sei se vocês tem algo ou não a ver com os planos dos dois, por isso a morte de vocês vai ser rápida e sem muito sofrimento.
Ando até os dois e me abaixei ficando na altura deles.
— Vocês vão ver todos eles morrerem por culpa de vocês, porque se acharam bons demais para vingar a morte de quem cagava para vocês, por se acharem melhor que a máfia Calabresa...
Me levanto e dou sinal, todos ali ganham um tiro na cabeça e logo caem ao chão. Os dois sentados ao meu lado fecham os olhos com força e vejo lágrimas rolando pelo seus rostos.
Isso, sofrem, bando de filhos da putas.
— Agora vem a melhor parte... — Ia me virar, mas escuto o choro de um bebê. Olho em volta e não vejo nada. — Da onde vem o choro? — Meus homens começam a olhar ao redor e vejo que eles nem sabiam da existência dessa criança. — Como vocês deixam passar algo assim?
Um dos meus homens aparece com um bebe no colo e vem andando em minha direção.
— Um deles deve ter escondido, ele estava no meio daqueles arbustos. — Ele entrega a criança em meus braços e um dos russos começa a se debater quando pego a criança.
Olho para o pequeno bebê nos meus braços e fico hipnotizado, como pode existir algo tão pequeno? Meu Deus, eu não sou capaz de fazer mal a ele.
— Pedro, tire isso da boca dele. — Falo e ele tira a fita da boca do russo que se debatia.
— Deixe ele ir, ele é só um bebê.
— Seu filho, Boris? — Pergunto.
— Não, filho da minha irmã.
— E sua irmã é uma das mulheres que morreu ali?
— Não, ela morreu no parto.
Olho para o bebê e puxo a minha arma.
— Porra, você é um louco, não faça isso. — Ele grita e eu começo a rir.
Encosto a cabeça do bebê no meu peito tampando um dos seus ouvidos e o outro eu tampo com o meu braço. Me culpa por isso, pequeno.
Atiro na cabeça do filho da puta e sinto o bebê se encolher nos meus braços e ele chora ainda mais. Olho para o outro e tiro a fita de sua boca.
— Quando chegar no inferno, diga a o seu irmão que eu não matei o bebê. Irei cuidar e criá-lo com base nas regras da minha máfia, eu cuidarei para que a Bratva não morra para que um dia ela seja comandada por ele e no futuro sejamos parceiras e não inimigas. Diga também que quando eu chegar lá, eu o matarei outra vez só por ele ter enfiado a porra de uma bala na minha mulher.
Dou um tiro em sua cabeça e dessa vez eu esqueço de tapar os ouvidos do bebê e ele chora com tanta força que me faz se sentir culpado. Olho para Pedro esperando ouvir dele alguma repreensão por causa do bebê, mas ele apenas diz:
— Temos que tirar ele daqui, isso não é um ambiente para um bebê.
Começamos a andar para fora da casa, eu não sei o que minha família vai dizer sobre tudo isso, mas eu sei que eles não vão matar esse bebê. Eu sei que eles não serão capazes disso assim como eu não fui.
Quando entramos no carro eu ligo o telefone para dar o sinal para eles liberarem a bomba e destruírem a sede da Bratva, depois de dar o sinal verde eu vejo muitas mensagens e ligações de Lorenzo, o meu coração acelera e eu sou tomado por um medo gigante, eu não quero atender, eu não quero ouvir o que aconteceu com ela. Olho para o pequeno ser nos meus braços, que agora está mais calmo, com lágrimas nos olhos.
— Eu espero muito que ela esteja bem, acho que ela vai adorar te vestir igual um boneco ou com aquelas roupas estranhas de desenhos animados.
— Ela ainda está viva, Giovanni — Olho para Pedro e vejo ele mexendo no celular. — Está sendo transferida para o hospital da sua família neste momento.
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Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]
RomanceGiovanni Lastra é o segundo de quatro irmãos, diferente dos seus irmãos Francesco e Lorenzo, Giovanni é completamente extrovertido e contém uma coleção de ex's. Seu trabalho na máfia é ser o braço direito do Ryan, seu primo, essa foi uma maneira qu...