Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]

Capítulo 20

Lorenzo.

Passo pelo corredor carregando o Giovanni, vejo a confusão que a casa se tornou, homens correndo para todos os lados e tiros voando, boto o meu irmão no chão antes de atravessar a sala, olho para ele e me vejo sentindo aqueles sentimentos outra vez, não eu não quero sentir isso. Olho para frente e pego a minha arma, olho pelo canto da parede e vejo muitos homens mortos, outros atirando e no meio disso tudo vejo a Isa matando dois caras que estavam com as armas apontadas para um dos nossos homens.

O que eles estão fazendo aqui? Já deveriam estar fora de casa.

Não penso nem uma vez e entro na sala atirando em todos que passam na minha frente. Pego duas armas no chão e volto a atirar e vou andando na direção da Isa.

— Sai porra, está maluca?

— Mata ou morra. — Ela fala e eu vejo o Ryan atirando bem no olho de um dos caras.

— Sai, os dois, agora. — Falo e começo a atirar na direção da porta limpando o caminho para eles.

— Se você e nem o Giovanni não sai por esta porta eu volto e mato vocês dois. — Isa fala e sai junto com o Ryan pela porta.

Volto para o corredor correndo e vejo meu irmão desacordado e sangrando, não tem como eu sair daqui, não com ele assim, eu preciso que nossos homens consiga acabar logo com isso.

— Porra Giovanni, duas vezes, duas vezes caralho, quantas vezes já disse para nunca entrar na frente de uma bala que era pra mim, seu filho da puta.

Ele ainda está vivo, mas está perdendo muito sangue.

— Porra, seu filho da puta! — Me sento ao seu lado e vejo um cara correndo na direção do corredor, pego a minha arma e mato o filho da puta.

Começo a pegar as armas mais próximas e me sento no chão ao lado do meu irmão outra vez.

— Nós até pode morrer, mas eu vou morrer atirando.

Fico sentado olhando para a entrada do corredor.

Sinto minhas lágrimas descendo e limpo o meu rosto rapidamente para melhorar a minha visão embaçada.

Merda Giovanni, não morre, não morre porra.

Me vem a cabeça o tempo de treinamento e tudo que eu passei, tudo que escutei e tudo que eu acreditei está acontecendo. Depois dessa merda minha família se tornou a minha prioridade e isso nunca vai mudar.

Escutar mulheres gritando e pedindo ajuda enquanto um infeliz diz que se trata de sua mãe, irmã e prima ficou gravado na minha memória, ver meus irmãos quase mortos enquanto escuto que a vida deles depende do que eu falo ou deixo de falar foi a porra da destruição da minha mente.

Eu nunca mais queria sentir aquela dor psicológica, mas agora eu estou sentindo. Agora é real. Meu irmão está morrendo na minha frente.

— Senhor Lorenzo. — Abaixo a arma quando vejo um dos meus homens. — Vem, vamos tirar vocês daqui.

Ele olha para o Giovanni no chão e depois me olha assustado.

— Só tira a gente daqui. — Falo — Só espera um momento.

Eu sei, eu sei que não deveria fazer isso no meio de um tiroteio, mas eu preciso.

Volto na sala e vejo Nikolai no chão, pego a arma dele mesmo e descarrego tudo na cara dele.

— Se você tiver tirado a vida do meu irmão, saiba que ninguém da linhagem Mogilevic sobreviverá. Sabe o que é maldição? Eu sou pior que isso, filho da puta do caralho. Te vejo no inferno.