Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]

Capítulo 43

Giovanni.

Desligo o carro e saio do mesmo, entro no prédio e comprimento quem passa por mim, vou andando e reparo que hoje as coisas estão bem agitadas aqui pela sede, não costuma ser assim. Os capangas estão conversando muito e isso é estranho. Não é errado, mas é estranho. Entro na sala do meu irmão e vejo Lorenzo e Francesco olhando algo no computador.

— Oi.

— Vem aqui, veja isso. — Francesco fala e eu vou para o lado dele para ver o que ele quer e mostrar.

É um vídeo, ele bota o vídeo do começo, é da entrada da sede, demora um pouco e logo aparece Minha mãe, Isa e Aurora entrando, parece até cena de filme, uma do lado da outra, se botasse uma trilha sonora e alguns efeitos ficaria igual filme mesmo. O vídeo pula para dentro da sala onde tem um homem sentado na cadeira, é o filho da puta que agarrou a Maria Alice. As três entram na sala e nenhuma delas falam nada. Isa vai até a mesa onde fica tudo que usamos para tortura, minha mãe fica olhando fixamente para o homem e Aurora se a próxima. Desde pequena Aurora preferiu lutas corporais, todos nós fomos treinados, até ela, mas ela sempre gostou de lutas, nunca gostou de armas e tudo mais, por mais que saiba atirar, ela prefere bater. E é isso que ela começa a fazer. Ela começa a bater no homem descontroladamente enquanto minha mãe olha e Isa continua olhando a mesa à sua frente.

Aurora chuta a cara do homem que cai no chão ainda amarrado à cadeira. Ela começa a pisar na cara dele e porra, que cena foda de se ver. Ela bate nele com tanta vontade que eu me sinto vingado. Isa chama minha mãe até a mesa e a mesma vai. Isa parece debater com a minha mãe sobre alguma coisa e logo as duas pegam uma machadinha.

— Cara, a Aurora me enche de orgulho. — Lorenzo fala com um sorriso. Meu irmão tem sorrido muito.

Olho para a tela do computador e vejo Isa teve que tirar a Aurora de cima do cara, logo elas levam o mesmo e solta ele, minha mãe joga tudo que estava em cima da mesa no chão e puxa a mesa para perto do homem, ela pega as mãos do cara e bota em cima da mesa. Isa fala algo e logo a minha mãe decepa a mão do cara. Tomo um susto.

— Oh porra!

— Continua olhando. — Francesco fala.

Isa começa a rir e faz o mesmo com a outra mão dele. Caralho, o que essas mulheres tinham? Nem parece que caga, são tão lindas e perfeitas, quem ver uma coisa dessa nem imagina que são as mesmas pessoas.

Minha mãe puxa a mesa e logo Aurora vai até o cara, ela começa a tirar as calças do cara, começo a rir descontroladamente quando mamãe bota um pano na mão para não ter que tocar no penis do cara.

— Ah se o papai ver isso.

Mamãe segura com uma mão e com a outra e de uma só vez ela arranca o pau do cara fora. Que coisa boa de se ver... Mentira, dá um nervoso por eu ter um pau, mas só de lembrar o que ele fez dá vontade de dá um tiro no cú dele.

— Ué, o que é isso? — Pergunto quando vejo homens de branco entrando na sala e carregando o homem.

— São enfermeiros. — Francesco fala fechando o vídeo. — O jeito delas fazerem as coisas é diferente. Elas simplesmente mandaram o cara para o hospital, estão cuidando dele e você não sabe a pior. Elas arrumaram uma casa para ele.

— Como é? — Pergunto confuso e puto. — Como assim esse puto não vai morrer?

— Já saquei. — Lorenzo fala mexendo no celular. — Esperem o Ryan chegar.

— Como assim?

— Ele está quase entrando, esperem. — Lorenzo fala.

Ryan passa pela porta rindo.

— Fala logo.— Francesco fala.

— Conversei com a minha linda irmãzinha e descobri tudo. — Ele se senta. — Para elas, a morte é algo fácil demais, então elas vão fazer ele viver sem pau e sem as mãos e isso nem é tudo. Ele irá receber visitas todos os dias na sua nova casa, visitas essas que vão fuder com ele, literalmente. Isso por exatos três meses, depois disso, ele morre.

— Porra, quando foi que elas ficaram melhor nisso que a gente? — Lorenzo pergunta.

— Mano, não mexa com uma mulher, elas podem ser piores que o próprio diabo.

— Porra, eu preciso falar com a Aurora, ela não fala comigo desde aquele dia. — Francesco fala, ele está chateado.

Já fazem dois dias desde que tudo aconteceu, Maria Alice continua na minha casa e eu só saí de perto dela hoje. Ela está bem, mas eu não quero deixar ela voltar pra casa, eu a quero perto de mim porque eu fui o culpado, eu deveria chegar antes, não quero ela sozinha mais.

— Francesco, ela sabe que você só queria proteger elas, ela não tem raiva de você. — Lorenzo fala.

— Eu fui um babaca. Mas eu irei falar com ela hoje.

°°°

Chego em casa e vou direto para o meu quarto que é onde deixei a Maria Alice, abro a porta devagar e vejo ela deitada na cama, ando até ela e vejo que ela está dormindo. Me sento ao seu lado e passo a mão pela sua cabeça. Eu acho que estou apaixonado real por essa mulher, ela mexe com todos os meus sentidos, ela me faz sentir coisas que nunca senti o que é estranho já que eu namorei umas mil vezes. Mas quando olho para trás eu vejo carinho e desejo por cada uma das minhas ex's, pela Maria Alice é tudo mais intenso, é grande, é quente, é viciante....

— Huuuum, já chegou? — Ele pergunta quando sente o meu carinho. Ela se vira ficando de frente pra mim, me deito ao seu lado e a puxo pela cintura deixando os nossos corpos mais juntos.

— Acabei de chegar, minha doidinha.

— Eu quero sorvete de chocolate com pedaços de chocolate. — Ela ainda está de olhos fechados, ela passa uma de suas pernas por cima das minhas e passa seu braço pela minha cintura.

— Ok, posso providenciar isso. — Falo passando as mão pelos seus cabelos.

— E quero batata frita, quero botar a batata frita dentro do sorvete e comer. Humm, delícia.

Abro um sorriso pela esquisitice dela, ela sempre faz algo assim quando saímos para comer, eu já estou me acostumando com isso. Da última vez ela simplesmente tacou a batata frita dentro do hambúrguer e comer como se não houvesse amanhã.

Boto meu rosto no seu pescoço e respiro fundo sentindo seu cheiro. Cheirinho gostoso e viciante. Ai papai, tô apaixonado mesmo.