Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]

Capítulo 69

Maria Alice

Hoje faz duas semanas que eu saí do hospital e estou na casa do Giovanni, foi uma briga grande dele com a minha madrinha para resolver onde eu ia ficar, mas no final ela concordou que como ela atrapalha, eu acabaria ficando sozinha por muito tempo e infelizmente eu preciso de cuidados. Ninguém aqui me deixa fazer nada e isso é chato, mas eu entendo. Lorenzo por algum motivo anda bem mais comunicativo comigo e fica bastante aqui no quarto, descobri que ele é um verdadeiro babão, ele não para de babar no Pietro e eu fico rindo muito disso. Pietro... Uma pessoinha tão pequena e já tem uma história tão sofrida, quando o Giovanni contou tudo sobre ele, eu me identifiquei, e logo decidi que não deixaria ele ter uma infância bosta igual a minha. Eu não sei em que eu me enquadro em sua vida, mas eu vou me esforçar para dar a ele o melhor de mim, estando ou não com o Giovanni. Bom, mas eu acho que vai ser com o Giovanni ao meu lado. Nós dois estamos muito bem. Ele me perguntou mil vezes se eu queria assumir o risco de ficar com ele mesmo depois de tudo e minha resposta foi sim. Eu não me vejo mais sem ele em minha vida.

Eu o amo e descobri isso em um dos piores dias da minha vida...

Estando na mira de uma arma eu só pensava no quanto eu amava esse homem e porra, eu acho que sou mesmo maluca, eu daria minha vida por ele e eu sei que ele faria o mesmo por mim.

Saber que ele não fez mal ao Pietro e ainda assumiu a responsabilidade de criá-lo me fez o amar ainda mais. Ele é perfeito aos meus olhos e ninguém poderá mudar isso, apenas ele mesmo.

— Hora de comer. — Mamãe lastra fala entrando no quarto com uma bandeja.

— Vocês me tratam como um bebê.

— Sua madrinha chata me mataria se não a tratasse assim.

Ainda tem isso... Minha madrinha está morrendo de ciúmes da mamãe Lastra e vivem discutindo quando ela vem aqui. É engraçado, Giovanni e Francesco ficam falando que minha madrinha é perigosa mesmo sem uma arma.

— Pode falar, você gosta dela.

— Eu não, mulher chata.

— Mamãe Lastra....

— Tá, ela é suportável. — Ela fala botando a bandeja nas minhas penas.

— Vocês sabem que eu já posso andar, certo?

— Olha, eu não sei de nada, a única coisa que eu sei é que você precisa ficar mais um pouquinho nessa cama segundo eu mesma.

— Eu tenho um trabalho.

— Você está de férias.

— Como assim estou de férias e nem sabia? — Pergunto chocada.

← Você é teimosa demais.

— Tá tá... — Começo a comer...

Quando estava na metade o quarto vai se enchendo e eu vou achando bem estranho. Bianca entra com o Francesco, logo depois Lorenzo com Pietro nos braços, Aurora e Yuri, Isa com Heitor e Júlia logo atrás, ela está grudada em Isa e Heitor, Thomas com Antonella, Martino e por último Giovanni.

— Gente, eu vou cobrar.. — Falo e eles começaram a rir. — Tá me digam, o que está acontecendo?

— Oi princesa... — Giovanni fala e eu estranho, desde quando ele me chama assim?

— O que aconteceu com o " Deusa da loucura, " minha doidinha"'...

— Bom, hoje eu resolvi deixar esses de lado...

— Giovanni, me diga o que você está apontando? — Ele tira a bandeja do meu colo.

— Bom, hoje eu fui tomar aquele chá com sua madrinha...

— Não foi chá, foi cerveja mesmo. — Minha madrinha fala entrando no quarto.

— Isso, foi cerveja... — Ele rir. — Mas enfim, eu fui e fiz algo, na verdade eu pedi algo e agora falta eu pedir a você.... Puta merda, eu estou nervoso.... Mas enfim... Tudo com a gente foi bem louco e eu amei tudo do jeitinho que aconteceu, entendi que com a gente funciona assim e eu quero manter essa tradição. Ficamos de uma forma louca, nos apaixonamos de uma forma surpreendente, nos tornamos pais de surpresa e agora eu quero casar com você da nossa forma. — Ele abre uma caixinha e eu fico ali, parada olhando para ele.

— Puta merda, será que eu estou em coma ainda?

— Amor, essa não é a hora de ser louca, responda sim ou não e pare o meu sofrimento... Ou me faça sofrer mais, sei lá, só me responda.

— Claro que eu aceito, Giovanni, eu já falei que te amo, agora não tem mais volta.

— Puta merda, pai, manda as enfermeiras entrar, eu vou morrer. Meu coração... — Começo a rir do seu drama.

— Cala a boca e me beija, seu retardado.

Ele me beija e o resto das pessoas começam a gritar como loucos.

— Não gritem, o Pietro. — Giovanni fala e eles "gritam" baixo. Ele se vira pra mim e segura o meu rosto. — Obrigado por me aceitar, meu amor. Eu te amo e farei o melhor por vocês, sempre.

—Eu te amo. — Beijo a sua boca outra vez.

— Eba! Eu vou poder planejar um casamento. — Bianca fala animada.

— Nada disso, eu fare isso. — Falo e ela faz uma cara de nojo pra mim.

— To nem ai, fique você sabendo que o bolo do meu casamento foi dos heróis e foi roubado de um aniversário de uma criança. Morra de inveja. — Abro minha boca chocada.

— Giovanni eu quero um bolo do Naruto no nosso casamento, nem adianta negar.

— Puta merda!

— Não, nem vem, pelo menos um dos meus filhos tem que ter um casamento normal. — Mamãe Lastra fala.

— Se ela quer um bolo desse bicho que ela falou, ela vai ter. — Minha madrinha fala.

— Ih, vai começa... — Francesco fala e todos começam a sair do quarto. Minha madrinha e a mamãe Lastra começam a discutir.

— Ei, gente, eu aqui.. Vocês esqueceram de mim. — Falo mas ninguém volta para me pegar. — GIOVANNI, EU NÃO VOU MAIS ME CASAR COM VOCÊ SE NÃO ME TIRAR DAQUI AGORA.

Ele volta correndo e passa pelo meio das duas e me pega no colo e me tira do quarto.