Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]

Capítulo 25

Giovanni.

— Vai, agora você tem que me falar os dez maiores animais do mundo. — Ela fala rindo e eu foco admirando a beleza dela.

Maria Alice está deitada ao meu lado e estamos conversando aleatoriamente.

— Lá vai, tem o urso polar, o urso Kodiak Grizzly, mais conhecido como o urso pardo, tem o crocodilo... — Falo e vejo ela interessada. —Existem várias espécies de crocodilos, algumas delas pode medir até nove metros de comprimento e pesa uma tonelada, é, eu sei, terrível. — Falo e ela solta uma gargalhada gostosa. — Tem a Sucuri, de longe é o bicho que eu mais me cago de medo. Uma dessa pode medir até oito metros de comprimento e pesar até duzentos quilos. Credo. — Fico pensando no próximo animal. — Ah claro, tem as girafas.

— Elas são fofas.

— Sim, fofas e gigantescas. — Falo. — Tem também os Tubarões brancos, eles são enormes, tem os Elefantes, o bicho mais legal que existe. — Eu adoro elefantes, eles são muito legais. — Ah, tem o tubarão baleia, esse bicho é estranho.

— Mas ele é amigável.

— Mas é estranho.

— Você é estranho.

— Voltando, tem a lula gigante. — Falo e ela me olha estranho. — O que? existe, e é nojenta.

— Eu morreria de medo de um bicho desse.

— Sem dúvidas eu também. — Falo e ela começa a rir. — Tem a baleia comum, a bicha é linda, eu já tive o prazer de ver pessoalmente.

— Sério? Que legal.

— Sim, é linda... Mas é realmente gigante, ela pode chegar até vinte e sete metros de comprimentos e pesar setenta toneladas, pensa num bicho grande?! Mas o maior animal mesmo é a baleia azul, elas podem chegar até trinta e seis metros de comprimento e pesar cento e oitenta toneladas, é sem dúvidas o maior animal do mundo.

— Você é a merda de um animal planet humano.

— Eu disse que gostava dessas coisas.

— Você é obcecado, isso sim.

— Ué, não é você que dizia que eu só pensava em mulher? Estou te provando que eu sei sobre outras coisas.

— Eu também sei coisas que provavelmente você não sabe. — Ela fala e se senta na cama, ela fica de frente pra mim e eu fico deitado olhando para ela.

— Tipo o que?

— Tipo sobre animais mitológicos.

— Hum, parece ser interessante, conte.

— Ok, vamos lá; — Abro um sorriso quando vejo a empolgação dela. Ela é linda demais. — Nem vou falar sobre o Kraken, pois você falou sobre a lula gigante. — Dou uma gargalhada. — Vou começar pela Hidra, a Hidra é um enorme monstro da mitologia Grega, ela tem um enorme corpo de dragão e nove cabeças de serpentes e segunda a lenda, quando se cortava uma cabeça, nascia duas no lugar, quanto mais ela se feria, mais forte ela ficava, sério, o bicho é quase imortal. — Ela fala empolgada e eu fico hipnotizado. — Pischacha, essa criatura aparece na mitologia indiana, ele é algo parecido como um vampiro, eles são associados a criaturas femininas. Eles são criaturas bem estranhas, tem a pele escura, olhos grandes e vermelhos... O bicho é bem estranho.

— Isso está ficando bem tenebroso, Maria Alice.

— Relaxa, nem comecei... Tá, vou pegar leve. Tem o Cerbero, esse com certeza você conhece, é o gigantesco cão de três cabeças que protege a entrada do submundo, isso mesmo, o cãozinho de Hades. Tem a Banshee, banshee é uma criatura maligna da mitologia celta, elas pertencem à família das fadas, porém, elas são bem sombrias, elas são seres que previam a morte e seus gritos poderiam ser ouvidos a quilômetros de distância. Os gritos delas podem até estourar um crânio humano.

— Maria Alice, está ficando sinistro outra vez. — Falo e ela rir.

— Tá, tá, irei parar.

Ela fala e eu fico um pouco incomodado, eu estava gostando de conversar com ela.

— Poderia pegar um pouco de água para mim? — Ela me olha estranho. — Você acabou de me ajudar com o banho e está achando ruim eu te pedir um copo de água?

— Folgado. — Ela fala se levantando e indo até a mesa pegar a água.

— Entendi, você se interessa mais na parte de ver meu corpo nú. — Falo para provocar.

— Cala a boca, Giovanni Lastra.

Ela me entrega o copo de água mas não volta a se sentar, ela fica me olhando até eu terminar, ela pega o copo e bota na mesa.

— Eu vou para casa, agora.

— Porque?

— Porque está tarde e eu tenho uma casa.

— Fica comigo essa noite, afinal, você prometeu à minha mãe que iria ajudar a cuidar de mim. 

 — Giovanni, eu não vou ficar aqui, e eu não prometi nada.

— Tudo bem, eu posso aceitar aquela mulher estranha cuidando de mim. — Falo fazendo cara de coitado. — Por mais que eu odeie gente desconhecida fazendo tudo por mim. — Ela fica e olhando. — Eu tenho que me acostumar com isso, por mais que eu saiba que ela queira muito se aproveitar da situação. Você viu como ela olha pra mim? Ela fica fazendo de tudo para chegar perto, isso me deixa um pouco constrangido. — Abaixo a cabeça e espero meu drama fazer efeito.

— Peça para trocar a enfermeira.

— Isso resolveria um problema, mas não todos os problemas, ainda sim teria uma desconhecida fazendo coisas que me deixam constrangido.

Ela fica em silêncio e eu fico torcendo para que de certo.

— Eu sou uma desconhecida, Giovanni.

— Para de dizer isso de você mesma, nós nos conhecemos, minha família te conhece, eu me sinto mais à vontade com você cuidando de mim. — Vejo que vai ser difícil enganar ela dessa vez, então resolvi apelar. — Mas está tudo bem, pode ir, eu irei me virar sozinho.

Me mexo na cama e solto um grito não tão alto de dor, boto minha mão em cima do ferimento do braço e ela anda com pressa até a cama.

— Não tente se mexer assim sozinho, isso pode te causar problemas e dores.

Ela me faz deitar e se senta na cama, ela fica olhando para mim e depois olha para o meu braço.

— Tá, eu fico.

— Não quero te incomodar, pode ir, eu peço para o Lorenzo vir me ajudar.

— Lorenzo? O mesmo Lorenzo que veio aqui e deu um tapa no seu ombro quando você irritou ele?

— Sim, ele é bruto mas é o meu irmão. — Falo como a porra de um coitado, eu sou um ator.

— Não, eu vou ficar, não se preocupe.

— Você vai ter que dormir aqui comigo.

— Que? — Ela ia começar a falar mas eu fui mais rápido

— É que eu tenho que tomar remédio durante a noite e posso não acordar, ou até mesmo me machucar ao tentar alcançá-lo.

— Tá, tá, entendi.