Capítulo 56

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Giovanni.

A festa surpresa da Aurora não foi bem uma surpresa, ninguém nessa casa sabe guardar segredo. A não ser o Lorenzo. Aurora ficou sabendo da festa uma hora antes e isso fez o Yuri ficar bem puto, mas agora ele já se acalmou só foi ver, só foi ver o sorriso da Aurora e o cara se derreteu todinho. É muito gado mesmo.

— Você olha para a sua irmã como se ela fosse um bebê. — Minha mãe fala parando ao meu lado.

— Porque ela é um bebê.

— Não, Giovanni, ela não é.

— Mulher, como você pode dizer isso?

— Giovanni, ela é uma mulher adulta.

— Deixa o papai ouvir isso.

— Seu pai é um bundão, está escondido no banheiro chorando. — Olho para minha mãe e começo a rir..

Deixo o meu copo com ela e fui correndo na direção do banheiro para pegar o meu pai no flagra. Chego na porta do banheiro e começo bater, mas ele não abre. Pego o meu celular e abro a câmera.

— Pai, não adianta se esconder, eu sei que está chorando.

— Que? O papai está chorando? — Francesco pergunta parando ao meu lado.

— Sim, a mamãe falou que ele veio se esconder no banheiro para chorar.

— Pai, abre essa porta. — Francesco quase derruba a porta.

— Eu não estou chorando, seus idiotas. — Meu pai fala com a voz de choro ainda dentro do banheiro.

Francesco e eu começamos a rir descontroladamente. Papai tem essa coisa com a Aurora, ele a trata como um bebê e tudo que ela faz ele chora e faz festa, ele sempre quis uma menininha e do saco dele só saiu Y, então quando eles encontraram a Aurora ele disse que era um presente de Deus. Francesco e eu zuamos ele sempre por isso, dizemos que ele é "fraco" por ter mandado apenas Y para mamãe e não X.

— Venha para fora, homem fraco, não tenha vergonha. — Francesco grita.

— Porque ele seria um homem fraco? — Pedro pergunta parando ao nosso lado, como ele chegou aqui e eu nem vi?

— É uma brincadeira, antigamente diziam que as mulheres que não geravam um bebê do sexo mascolino eram consideradas fracas, mas com os estudos descobrimos que são os homens os "responsáveis" por ""definir"' o sexo do bebê já que a mulher tem apenas "XX" para oferecer, o homem tem ''XY", ou seja, se ele mandar "'X" vem menina, mas se ele mandar "Y"" vem menino. Ele sempre quis uma menina, mas só fez filho homem, por isso brincamos com ele chamando ele de fraco. — Explico a ele.

— Entendi. — Ele olha para a porta do banheiro e volta a falar. — Ele vai demorar muito? Eu quero usar o banheiro.

— Conhecendo o meu pai, ele não vai sair daí tão cedo, é melhor você usar o lá de dentro. — Francesco responde.

— Ok. — Ele sai.

— Vamos embora, ele não vai sair dai. — Falo me virando.

— Seu covarde, não foi isso que o senhor nos ensinou. — Francesco grita.

Vou em direção a minha irmã e vejo Lorenzo agarrado nela.

Lorenzo hoje acordou com um instinto de pai que não agradou nada aos outros, ele não desgruda da Aurora, mas em todo aniversário é assim, parece que eles se dão conta que ela está crescendo. Tá, comigo não é diferente, mas a real é que eu sou bem mais tranquilo que o Francesco, Lorenzo e o papai.

— Desgruda dela. — Falo puxando ele.

— Como pode ela ter crescido tanto? Dias atrás era a nossa irmãzinha que invadia o nosso quarto na madrugada porque tinha medo.

— Ei, ela nunca fez isso comigo. — Falo indignado.

— E nem comigo. — Francesco fala.

— Eu corria pro Lorenzo porque eu sei que ele mataria o monstro, vocês dois sentiriam medo junto comigo. — Ela fala e eu meio que concordo, mas por dentro, nunca irei admitir isso em voz alta.

— Que calúnia! — Francesco grita.

Bianca, Isa, Maria Alice, Yuri e Heitor se juntam a nós e o assunto continua.

— Mas olha, eu tinha um função para cada irmão, o Lorenzo me protegia de madrugada, Francesco era o que me ajudava a sair dos castigos e também era o que sempre me levava para os melhores passeios e o Giovanni, bom, Giovanni sempre foi o meu parceiro de fofoca, fuga, dança, choro... é uma infinidade de coisas. — Tento disfarçar a minha emoção.

— Pode falar, eu sou o melhor irmão.

— Claro que não, eu que sou.

— E pronto, vai começar uma briga. — Isa fala e todos riem.

— Eu amo vocês igualmente, não tenho um preferido.

— Ela tem uma pessoa preferida, é diferente. — Yuri fala abraçando ela.

— Ah, solta ela, seu babacão. — Francesco desgruda eles.

 Eles começam a discutir e eu puxo a Maria Alice para se sentar ao meu lado.

— Oi, meu amor. — Falo baixinho no ouvido dela.

— Oi, príncipe.

— Eu quero subir.

— Giovanni, estamos no meio da festa da sua irmã.

— Tá, mas eu quero muito possuir o seu corpinho gostoso.

— Você é tão safado. — Ela fala rindo. — Mas olha, antes de vir para cá, eu passei em um lugar e comprei algumas coisinhas, acho que você vai adorar.

— Por favor, diz pra mim que você comprou um caminhão de calcinhas para eu poder te fuder com elas ainda em seu corpo.

Ela começa a rir e nega com a cabeça. Estou decepcionado.

— Plug anal, lubrificantes e gel para massagem.— Ela fala bem baixinho no meu ouvido fazendo o meu corpo se arrepiar.

— Sério? Jura amor? — Ela confirma com a cabeça. — Eu passa mal fudendo essa buceta apertadinha, imagina fuder... Ai papai!

— Primeiro eu quero que você me foda com o plug, ah, eu quero muito.

— Tá, se você quer continuar nessa festa para de falar essas coisas. 

Amor Perigoso.  [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]Onde histórias criam vida. Descubra agora