Capítulo 12

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Giovanni.

Acabei de travar uma batalha com a louca da Maria Alice, ela não queria sair do carro de jeito nenhum, mas consegui entrar com ela no meu apartamento. Agora ela está no meu sofá emburrada e xingando tudo quanto é palavrão em português. Eu não falo português fluentemente, mas entendo algumas coisas, meus pais são apaixonados pelo Brasil, sempre que podem eles vão para lá, depois que encontraram a Aurora então... Ele disseram que encontrar ela foi um presente, então passaram amar mais ainda o Brasil.

Ando até ela e me sento ao seu lado, automaticamente ela se afasta ainda xingando.

— Uma hora você vai ter que falar comigo.

— Só se for para mandar você ir a merda. — Ela fala e eu acabo rindo.

— Porque me odeia tanto?

— Você sabe o motivo, não se faz de doido.

— Maria Alice, a sua amiga fantasiou as coisas, tá eu disse que estaria lá de manhã e não estava, mas sério? Foi só uma noite, ela achou o que, que se eu estivesse lá de manhã eu iria me casar com ela?

— Giovanni, de pessoas como você eu estou realmente cheia. — Ela se vira. — É por isso que eu não transo. — Ela fala baixinho e eu faço ela se virar para mim.

— Desculpa por eu ter saído sem falar com você hoje cedo, eu fiquei meio assustado. — Falo a verdade.

— Olha, eu não esperava que você agisse de uma forma... Sei lá, eu não esperava nada de você. Quanto a isso eu realmente estou de boa, eu também fiquei assustada, não imaginei que aquilo iria acontecer.

— Como assim você não esperava nada de mim ?

— Giovanni, eu sei como você é, eu sei como você lida com as mulheres, quem tem algo com você esperando algo é simplesmente burra.

— Pera ai, o que você acha que eu sou?

— Um idiota?

É assim que ela e ver, como a porra de um babaca? Tá, ela deve ter escutado mil coisas sobre mim sendo um babaca com as mulheres, mas isso não significa que serei assim com ela. Eu não vou ser assim com ela.

— Tá, agora posso ir? Tenho trabalho amanhã. — Ela fala e tenta se levantar, mas eu não deixo.

Puxo o seu braço e ela volta a se sentar visivelmente irritada.

— Posso te provar que não sou um babaca?

— Porque iria provar isso para mim? Você tem que fazer isso para as milhares de mulheres que você fudeu e depois sumiu. — Olho para ela surpreso.

— "Fudeu"?

— Ah, desculpas, "fez amor". — Ela abre um sorriso falso e eu estreito os olhos para ela.

— Você é completamente desequilibrada. — Falo e ela se vira pra mim com raiva.

— Como é que é?

— É isso, você é desequilibrada, maluca, doida, louca... Você me odeia e eu nem fiz nada para você, você nem me conhece, você só sabe o que outras pessoas falam de mim, você me bateu, Maria Alice, nenhuma mulher no mundo, a não ser as mulheres da minha família, me bateu, você literalmente gritou no meio do estacionamento que estava sendo sequestrada e eu tive que lidar com os olhares das pessoas até chegar aqui.

— Eu fui sequestrada, quando se está em um lugar forçado é um sequestro.

— Porra nenhuma.

— Não grita comigo não, seu louco. — Ela grita e aponta o dedo pra mim. — Se eu sou louca só pelo simples fato de querer te enfiar a porrada por me irritar então eu sou doida mesmo, sou louca, loucona. — Ela grita.

— Porra não tem como ter uma conversa civilizada com você?

— Eu não quero conversar com você, Giovanni, eu quero ir para minha casa.

— Você vai, mas só depois que terminarmos o que começamos hoje cedo.

Ela fica olhando para minha cara.

— Vai sonhando.

Ela se levanta e vai em direção a porta em passos rápidos. Me levanto e vou atrás dela. Pego ela pela cintura ela se vira ficando de frente para mim, ela começa a se debater e eu a agarro mais forte.

— Vamos lá, minha doidinha, se acalme.

— Me solta, seu louco.

— Maria Alice, olha pra mim. — Peço e ela não para de tentar se soltar. — Maria Alice, olha para mim. — Ela olha nos meus olhos e eu afrouxo mais o aperto. — Por favor, se acalme, eu nunca te forçaria a nada e você sabe disso.

Ela parece relaxar mas eu continuo agarrado na cintura dela, levo uma das minhas mão ao seu rosto e passo meus dedos entre seus cabelos pretos. Ela é linda demais, eu fico hipnotizado com essa mulher.

— Por favor, não foge de mim, não agora, não hoje.

Ela confirma com a cabeça ainda olhando nos meus olhos.

Desço a minha mão e puxo a sua perna fazendo ela entrelaçar as duas na minha cintura. Começo a andar em direção ao meu quarto ainda olhando para ela. É impossível desviar os olhos dela.

Entro no meu quarto e vou direto para cama. Me sento na cama com ela em cima de mim, ela tem uma coisa que me prende nela, é como se nunca fosse o suficiente, olhar para ela por horas não seria suficiente.

— Eu preciso saber se você quer realmente fazer isso. — Falo baixo passando a mão pelo seu rosto. Ela confirma com a cabeça. — Com palavras, minha doidinha, eu quero ouvir a sua voz.

— Eu quero.

— O que você quer, Maria Alice?

— Eu quero você. 

Amor Perigoso.  [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]Onde histórias criam vida. Descubra agora