Capítulo 50

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Giovanni.

To na frente da casa da Maria Alice, hoje mesmo vai ser o nosso encontro e eu estou em uma mistura de felicidade e nervosismo. Eu nunca fiquei assim por nenhuma mulher e por isso eu fui alvo de muita piada antes de sair de casa, meus irmãos e meus primos ficaram me zuando por me ver nervoso por causa de um encontro com uma mulher que eu já fico, mas é porque eu quero muito que isso tudo dê certo, eu gosto dela, eu gosto muito e quero ficar com ela. Estou com medo que ela acorde e veja que eu não sou bom o suficiente para ela ou sei lá.

Pego o meu telefone e ligo para Lorenzo, eu poderia ligar para o Francesco, mas no momento eu só estou precisando de coragem e o Lorenzo é melhor nisso.

Não me diga que fez merda e deu tudo errado.

— Não, estou aqui na frente da casa dela. Lorenzo, me fala a verdade, você acha que eu sou capaz de fazer ela feliz? Que sou capaz de fazer isso sem machucá-la e sem me machucar?

Giovanni, somos capazes de tudo, só basta querer de verdade. Se você quer ela e está apaixonado por ela como diz, você é sim capaz porque você vai querer ser capaz.

— Isso faz sentido.

Costumam dizer que assunto do coração é diferente de assunto de vida, mas para mim não é. É simples, se você quer algo, você luta para ter e depois que tem, você cuida porque só você sabe o esforço que teve para ter aquilo. Se você pensar direitinho, isso se enquadra no amor. Você vai se fazer capaz de fazê-la feliz porque foi difícil chegar até onde vocês chegaram, você não vai querer perdê-la porque você é apaixonado por ela, então não medirá esforços para fazer tudo do jeito certo, você mesmo não vai aceitar menos que o melhor e vai dar o valor que ela merece. A chave para o sucesso no amor, no meu ponto de vista, é o medo de perder. Tenha medo, Giovanni, isso fará você ser excelente.

— Isso é porque você não tem experiência nenhuma.

— Giovanni, experiência não faz de ninguém expert, se fosse assim você não estaria me ligando todo nervoso por causa de um encontro.

— Valeu pela parte que me toca.

— Cala a boca e vai logo até a porta da casa dela, toque a campainha e saia com ela. — Ele desliga na minha cara. Idiota. Inteligente, mas um idiota.

Abro a porta do carro e saio, ando até a porta e respiro fundo antes de tocar a campainha, escuto vozes e um latido. Ela tem cachorro? Vim aqui umas três vezes e nunca vi cachorro.

— Cronos, pare de pular em mim ou eu nunca mais te dou aquele osso delicioso que você tanto gosta. — É a voz da madrinha da Maria Alice.

Ela abra a porta e abre um sorriso quando me vez. Quando vim aqui com a Isa eu a conheci e tivemos uma conversa legal, ela me chamou para um chá, mas eu nunca mais voltei para esse tal chá. Bom, irei falar sobre ele e marcar um dia, afinal, ela agora é minha sogra? Não, ela não é a minha sogra, mas que raios ela é já que é a madrinha da Maria Alice? Ah, deixa para lá.

— Olá, bonitão.

— Olá Fabiana, linda como da primeira vez que te vi.

— São os seus olhos, querido. Vem, entre, Maria Alice está se arrumando, mas já já termina.

Entro na casa e vejo o cachorro,puta merda, o bicho é enorme. Ele fica olhando pra mim e eu fico paralizado olhando o mesmo.

— Não ligue para o Cronos, ele é doido igual a Maria Alice.

— Quem escolheu o nome dele? — Pergunto por achar bem estranho alguém escolher "Cronos" para nomear o cão. Será que essa pessoa não sabe que o cara foi um babaca? Bom, pelo pouco que entendo de mitologia eu sei que ele foi um otário.

Amor Perigoso.  [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]Onde histórias criam vida. Descubra agora