Capítulo 14

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Maria Alice.

Saio do elevador e a primeira coisa que vejo é o Alan, ele está com o Fernan vendo algo no celular.

— O que é tão interessante a ponto de vocês dois deixarem o trabalho de lado? — Pergunto parando perto deles.

— Você também vai gostar. — Fernan fala virando o telefone na minha direção.

É um anúncio sobre um evento da Comic Con, abro um sorriso e olho para eles.

— Cosplay? — Pergunto animada.

— Claro, baby, a Helena já quer ir de Kushina, automaticamente irei de Minato. — Alan fala.

— Posso ir de Naruto? — Fernan perguntou fazendo cara de gato de botas.

— Fazer o que né? Já te tratamos como filhos mesmo. — Alam fala revirando os olhos.

— Não sei de que que eu vou. — Falo.

— Que tal ir de uma versão feminina do Kakashi, só assim vamos em família. — Fernan fala.

— Já fui no ano passado. — Falo. — Já sei, vou de Hatsune Miku. — Falo animada.

— Uou, boa escolha. — Fernan fala animado. — Mas aí não vai ter família naruto. — Falo fingindo uma tristeza.

— Tá, esquece a família Naruto, estamos resolvidos. — Alan fala.

— Ok, agora vamos trabalhar. — Falo e vou andando até a minha mesa.

Ligo o meu computador e começo e me viro para perguntar ao Alan se tem algum problema na empresa e ele diz que não. Isso é uma novidade, mas é uma ótima novidade.

Por um minuto me distraio e lembro da noite de ontem. Foi o primeiro sexo de verdade que eu já fiz e foi magnifico, eu tinha um problema com sexo, eu jurava que não poderia ser bom com outra pessoa, por isso eu nunca me animei muito sobre isso, gozar sozinha não é tão ruim.

Mas o que aquele desgraçado faz é muito bom, eu deveria agradecer a ele já que mudou os meus pensamentos. Com certeza estou aberta para sexo de hoje em diante.

— Maria Alice, que bom que melhorou. — Deniz fala parando na minha mesa, nem vi ele entrando.

— Já tem problemas?

— Sim, o senhor Lastra não está conseguindo se conectar no servidor que você disponibilizou para ele.

— Ok, deve ser coisa boba, irei resolver. — Falo me levantando.

Pego o meu notebook e vou em direção ao elevador, aperto o botão do último andar. Não deve ser nada demais já que somente ele e eu temos acesso a esse servidor.

Quando as portas se abrem eu vejo e linda Shelly sentada a sua mesa.

— Oi, minha secretária favorita de todo esse prédio. — Falo com um sorriso.

— Oi Maria Alice, bom dia. — Ela fala com um sorriso lindo.

— Está gatissima hoje, Shelly.

— Maria Alice, Maria Alice...

— O Chefão pode me receber agora?

— Sim, ele está com o filho, mas disse que você pode entrar.

Por um momento o meu corpo trava e eu olho para ela meio assustada. Que não seja o Giovanni, que não seja o Giovanni.

— Shelly, meu amor, você pode me dizer qual filho?

— É o Lorenzo.

Meu corpo relaxa e eu abro um sorriso.

— Ótimo, vou lá.

Vou até a porta e bato, escuto um "entre" e logo abro a porta, vejo o Poderoso Chefão sentado em sua mesa e o seu filho sentado do outro lado da mesa de frente para ele.

— Bom dia, Chefão. Quer dizer, senhor Lastra. — Abro um sorriso sem graça. — Bom dia, Vincenzo. — Falo olhando o Lorenzo que levanta as sobrancelhas. Eu e minha boca grande. — Lorenzo, bom dia, Lorenzo.

Eu não deixei passar que o Lorenzo tem o jeitinho do Vincenzo, aquele carinha da máfia. Mas eu sou completamente louca e não seguro a minha língua.

— Maria Alice e seus nomes estranhos. — O Chefão fala rindo. — Bom dia, criança.

— No que posso ajudar?

— Esse troço não funciona. — Ele fala apontando para o computador.

— Porque "Vincenzo"? — Lorenzo pergunta.

— Cara, você nunca viu essa série? O cara é um mafioso muito tenebroso, ve, você vai gostar. — Falo andando até a mesa.

— Mafioso? — Lorenzo pergunta.

— É, não me leve a mal, mas você tem o jeitinho dele. — Abro o meu notebook e deixo ao lado no computador.

Começo a procurar o problema.

— Então você acha que o Lorenzo tem jeito de mafioso? — O Chefão pergunta rindo.

— Não necessariamente, ele só tem um jeito do protagonista da série, ele poderia ser até um florista, mas seria comparado com o Vincenzo do mesmo jeito.

— Não, mafioso é melhor. — Lorenzo fala sério como sempre.

— Maria Alice, como você está? Fiquei sabendo que estava doente.

— Ah, poderoso chefão, eu estou bem, foi só um mal estar. — Engulo em seco e noto o Lorenzo olhando muito pra mim.

— Que bom.

— Prontinho, o problema aqui era na tentativa de conexão, você errou a senha? — Pergunto.

— Não, eu não errei. — Ele responde.

— Então alguém errou, consta aqui que teve três tentativas falhas, eu programei o sistema para bloquear o computador caso errasse a senha mais de duas vezes.

Os dois se olham e eu fico confusa.

— Obrigado, Maria Alice, deve ter sido o idiota do Giovanni. — Martino fala e eu reviro os olhos.

— Ok, qualquer coisa é só me chamar.

Saio da sala e mando um beijo para a Shelly, entro no elevador e desço para o meu andar.

 Quando chego na minha mesa vejo que está tudo calmo, começo a trabalhar em alguns sistemas e a hora passa que eu nem vejo, dá a hora do almoço e meus queridíssimos amigos me chamam para almoçar.

Quando entramos no restaurante vejo o tanto de gente da empresa que almoça aqui, eu costumo almoçar na empresa mesmo já que geralmente estou atolada em trabalho.

— Vamos no Karaokê hoje? — Pergunto.

— Por mim tudo bem. — Fernan fala.

— Vamos sim.

— Tá, vamos direto do trabalho, nada de passar em casa. — Falo. 

Amor Perigoso.  [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]Onde histórias criam vida. Descubra agora