Especial do dia.
Heitor.
Depois daquela conversa estranha no meio de um restaurante eu vim pra casa com a Isa. Essa mulher é doida mas é a porra da minha doida, não sei quando eu me apaixonei por ela, mas me apaixonei. Deve ter sido a dualidade, em um momento ela é a totalmente sexy, louca e perigosa, mas outro ela é totalmente meiga, fofa e dengosa. Isso fode a minha cabeça e me deixa louco.
— Quero sorvete. — Ela fala ainda agarrada em mim igual um bicho preguiça.
— Irei buscar. — Tento me levantar mas ela não deixa.
— Não vai não.
— Para matar a sua vontade de tomar sorvete, eu preciso levantar, minha doidinha.
— Então eu não quero mais sorvete. — Tô falando, ela é completamente maluca.
Abro um sorriso pensando o quanto vai ser interessante estar com essa mulher. É um desafio, mas eu nunca neguei um e ela nunca negou que eu iria passar por poucas e boas.
" Eu vou te matar se eu ver você olhando para outra mulher, vou torturar ela só por chamar a sua atenção e não me esqueci daquela filha da puta que você ficou naquele dia."
Isso foi o que ela me disse hoje enquanto nos resolvemos naquele restaurante, as vezes fico me perguntando se eu não sou louco como ela, quem aguentaria uma mulher assim? E essa mulher que ela acha que eu fiquei nem existe, ela me irritou e eu disse que estava com outra pessoa, mas na verdade estava em casa jogando UNO com minha mãe.
— Heitor...
— Hum..
— Quem está em casa?
— Meu irmão.
— Manda ele ir ver a Aurora. — Começo a rir.
Isa não gosta de transar quando tem alguém aqui, ela não é nada silenciosa e fica cheia de vergonha achando que tem alguém escutando ela. Mal sabe ela que meu irmão não escuta porra nenhuma e quando a minha mãe esá em casa ela fica enfiada no seu quarto ou na cozinha, lugares que não dão para escutar os barulhos do meu quarto.
— Isa, eles não escutam nada. — Falo virando o seu corpo para mim.
— Quem me garante?
— Eu. Eu moro aqui a minha vida toda, eu sei.
Ela fica me olhando por um tempo enquanto eu fico mexendo em seu cabelo.
— Porra, você é tão lindo!
— Eu sei, meu bem. Eu sei.
Ela revira os olhos e me empurra, ela se levanta eu fico rindo ainda deitado olhando a mesma.
— Onde vai?
— Buscar o meu sorvete.
Ela pega a minha camisa e bota no corpo, não fizemos nada, mas ela quando chega em casa tira sempre suas roupas, ela odeia se deitar de roupas. Ela bota a minha camisa e se abaixa para pegar o seu short, quando ela se levanta me olha com raiva. O que já aconteceu?
— De quem é essa porra desse brinco, Heitor? — Ela joga o brinco em cima de mim e eu pego o mesmo.
Fico olhando o brinco e logo sinto algo atingindo meu rosto.
— Filha da puta, você trouxe outra mulher pra cá? Eu vou te matar, Heitor, eu vou arrombar o seu cú com um a 12.
Ela vem pra cima de mim e eu tento segurar ela, mas a criatura de meio metro é arisca. Ela consegue se soltar e fica em cima de mim, ela começa a me bater e eu não me controlo e começo a rir. Ela fica ainda mais nervosa e começa a me bater com mais força.
— Você está rindo, seu idiota, como você pode fazer uma coisa dessas? Você é tão escroto, eu vou te arrebentar. — Ela sai de cima de mim e vai até a sua bolsa, ela mexe e logo puxa sua arma e aponta para mim. Paro de rir na mesma hora.
— Isabella, para de ser maluca, abaixa isso.
— Eu vou enfiar uma bala no seu pau para você aprender a não sair por aí enfiando ele em todo mundo.
— Sua louca, essa merda desse brinco é seu. — Ela fica me olhando fixamente. — A três dias atrás você veio aqui e tirou seus brincos e anéis, botou em cima daquela mesinha e depois disso transamos igual dois doidos, quando você foi embora não pegou nada, apenas suas roupas, ainda está tudo ali, o brinco deve ter caído quando você chegou e saiu jogando suas roupas pelo meu quarto, para de ser doida e abaixa essa porra.
Ela abaixa a arma e guarda a mesma.
— Vou pegar o meu sorvete.
— Isabella, vem aqui. — Ela para, mas não vem até a cama. — Vem aqui. — Falo sério. Ela vem até a cama e se senta ao meu lado.
— Fala.
— Resolvemos tentar fazer isso dá certo, isso quer dizer que não teremos envolvimento com outras pessoas, eu quero que você confie em mim porque eu estou te dando a minha palavra que eu serei fiel ao que temos, pode apontar uma arma pra mim, pode me bater, pode fazer tudo o que quiser comigo, mas não duvide da minha fidelidade. Eu sou um homem e não um filho da puta qualquer, eu gosto de você e quero ficar com você, mas eu não quero que desconfie de mim em relação a traição.
— Por favor, não me faça dizer que vou parar de surtar porque eu não consigo. É de mim.
— Isa, eu me apaixonei por você exatamente por você ser louca, não irei pedir para você mudar, eu só quero que confie em mim. Sem contar que eu sinto tesão quando você aponta uma arma pra mim com essa carinha de raiva. — Começo a rir e ela dá um tapa fraco no meu braço. — É sério, eu não quero que você muda em nada, você é perfeita aos meus olhos, só confie em mim, eu não irei ficar com outra pessoa, no máximo irei olhar para alguma mulher na sua frente quando estiver com saudades dos seus surtos. Mas saiba que para mim, nenhuma outra mulher é suficiente, você fez algum tipo de feitiço e me prendeu a você.
— Nunca mais duvido de você, me desculpe pelo surto e me desculpe pelos surtos que ainda virão. — Ela beija o meu rosto. — Você é tudo que eu quero.
— Você é tudo que eu quero.
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Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]
RomanceGiovanni Lastra é o segundo de quatro irmãos, diferente dos seus irmãos Francesco e Lorenzo, Giovanni é completamente extrovertido e contém uma coleção de ex's. Seu trabalho na máfia é ser o braço direito do Ryan, seu primo, essa foi uma maneira qu...