E Se SwanQueen Tivesse Acontecido?

O Preço do Ouro

Emma

Faziam apenas dois dias que eu estava morando com a Mary Margaret, e devo admitir que era muito bom ter um teto e mais do que isso, ter alguém com quem conversar, ou tomar café da manhã.

Meus pequenos momentos com o Henry estavam começando a ficar cada vez mais escassos, desde que eu ajudei o “Desconhecido”. Regina estava fazendo de tudo para nos afastar, mas eu ainda conseguia ver o garoto em alguns momentos do dia, como no caminho até o ponto de ônibus.

Então, nesta manhã, depois de deixar o Henry no ônibus da escola, o Xerife apareceu para me agradecer com a ajuda no caso do desconhecido e me oferecer um cargo na delegacia. Acabei ficando com o seu cartão depois de prometer pensar na proposta.

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Segui meu caminho até o Granny's e pedi o de sempre. E então ela apareceu, a morena que por mais que eu tentasse evitar invadia meus pensamentos, fossem eles bons, ou ruins:

–Como foi a sua caminhada com o Henry? É isso mesmo, eu sei de tudo... — Disse sem me dar chances de responder, enquanto ela se sentava de frente para mim, eu me peguei acompanhando seus movimentos com os olhos irracionalmente e me repreendi mentalmente. — Mas relaxe, não me importo.

–Não se importa?

–Não, porque você não me preocupa mais, Srta. Swan. Fiz uma pequena busca sobre quem é você e o que descobri foi bem reconfortante, tudo se resume ao número sete.

–Sete? — Não consegui entender onde ela queria chegar.

–É o número de endereços que você esteve na última década. Sua mais longa estadia durou dois anos. Sério, o que você gostou tanto em Tallahassee? — Meu passado realmente parecia intriga-la, mas por quê?

-Se estiver curiosa, já achei onde ficar aqui na cidade. — Desviei da pergunta.

–Eu sei, com a Srta. Blanchard. De quanto tempo é o contrato? Ah, espera.... Você não tem um. Está me entendendo? Para algo crescer, Srta. Swan, precisa ter raízes e você não tem nenhuma. Pessoas não mudam, apenas se enganam achando que mudam.

–Você não me conhece. — "Continue me provocando e eu vou ser obrigada a calar a sua boca Madame Prefeita, e acredite, será um prazer fazer isso! ".

–Não, acho que conheço sim, tudo que eu peço é que enquanto segue com a sua vidinha, pense no Henry e no que é melhor para ele, talvez considere até mesmo um rompimento limpo, acontecerá de qualquer forma. Aproveite seu chocolate quente. — Com essas palavras Regina levantou e saiu.

Estava com a língua entre os dentes, pensando em Regina e em tudo que ela havia falado, quando decidi que aquela conversa ainda não tinha acabado. Foi na tentativa de me levantar e correr atrás da Regina que eu descuidadamente derrubei todo o meu chocolate quente na minha roupa. Ruby viu toda a bagunça e veio ao meu socorro, eu aproveitei para perguntar onde ficava a máquina de lavar e a moça apontou para os fundos do restaurante.

Lá eu encontrei uma loira muito simpática que estava grávida, seu filho estava a ponto de nascer e ela tinha apenas 19 anos, o que me fez lembrar o meu passado, eu tive o Henry com 18. Dei alguns conselhos para ela, coloquei minha roupa para lavar e parti.

No sábado eu estava terminando de levar as minhas coisas para o apartamento de Mary Margaret de forma definitiva quando nós recebemos uma visita um tanto inesperada. Era o Sr. Gold. Ele precisava de ajuda para encontrar a mesma loira grávida que eu tinha conversado o nome dela era Ashley Boyd, e a mesma estava sendo acusada de furto.

Henry chegou enquanto eu e o Sr. Gold ainda estávamos conversando. O garoto insistiu em ir junto comigo quando soube da missão que tinha sido confiada a mim, eu neguei:

–Então vou procurar sozinho. — Disse convicto.

–Vou te encontrar e traze-lo de volta.

–E aí não estaria ajudando a moça. — O garoto era esperto.

–Hey, eu estou tentando ser responsável aqui.

–E eu só estou tentando ficar um tempo com você. — Disse o garoto entrando no carro e me deixando de boca aberta sem palavras, não tinha o que se dizer, o garoto era bom.

–Oh, isso não é justo! Não é nada justo! — Disse desistindo e entrando no carro também.

–Então a moça, qual a história dela? — Ele perguntou e eu lhe expliquei enquanto dirigia.

Ao falarmos com a Ruby descobrimos que a moça foi abandonada pelo namorado quando descobriram a gravidez e também que tinha duas irmãs e uma madrasta o que fez o Henry conspirar que a moça se tratava de Cinderella.

Fui até a casa do Ex namorado da garota e descobri que a mesma estava sendo chantageada pelo sogro para entregar o bebê para o Sr. Gold. Então, quando voltei ao Granny's percebi que Ruby sabia de tudo e que tinha me enviado para o lado errado dando vantagem para Ashley fugir da cidade e ir para Boston. Eu precisava alcança-la e depressa.

Ao chegarmos à fronteira da cidade encontrei o carro de Ruby batido, era Ashley, ela tinha entrado em trabalho de parto. Não pensei duas vezes, coloquei a garota no carro e corri em direção ao hospital.

O bebê nasceu saudável era uma menina, e como esperado não demorou muito para o Sr. Gold aparecer e cobrar sua dívida, mas eu não deixaria pegar aquela criança:

–Se quiser que a Ashley fique como bebê, está disposta a fazer um acordo comigo? — O homem perguntava.

–O que você quer?

–Eu ainda não sei, você fica me devendo um favor.

–Feito. — Não pensei duas vezes.

Depois da conversa com Gold, eu e Henry entramos para ver a pequena Alexandra que acabara de vir ao mundo, mas nós não pudemos ficar muito. O garoto tinha que estar em casa antes da Regina voltar da sua reunião.

Regina

–Eu tenho que ir. — Disse fechando o zíper de meu vestido preto, depois de uma longa tarde nos braços do Graham. — Henry está me esperando em casa ás 17hrs... — Ele agora tomava banho, mas eu sabia que ele estava me escutando, apesar não me responder. — Mas, eu o verei de novo... — Dei uma última ajeitada no cabelo. — Na próxima reunião do Conselho. — Disse em um tom irônico enquanto calçava meus saltos. — Não se esqueça, você deixou suas meias debaixo da cama.

Emma

Cruzei a cidade o mais rápido que podia para deixar o Henry em casa, antes da Regina. E logo depois eu liguei para o Graham aceitando sua proposta de emprego.

Regina estava certa sobre uma coisa: Eu não costumava criar raízes, nunca me apeguei muito a algum lugar, porquê nunca tive e intenção de ficar por muito tempo, mas eu sentia que Storybrooke seria diferente eu queria criar raízes aqui.