O Pastor

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Emma

Naquela noite, estava tendo uma festa de boas-vindas para o David que acabara de sair do hospital, a cidade toda estava presente, inclusive eu e Henry. Mas, infelizmente o homem ainda não se lembrava de nada:

–Ei, foram vocês que me salvaram, não é? — Perguntou David.

–Sim, eu acho.

–E vocês também são os únicos que eu conheço aqui.

–Você pode se esconder com a gente. — Brinquei.

–Fantástico. Obrigado. — Ele pegou um aperitivo da bandeja com um palitinho de madeira.

–Então.... Você já usou espada? — Perguntou Henry nos fazendo rir.

–Como é? — David não entendeu onde o pequeno queria chegar. — Emma? Você mora com a Mary Margaret, certo? Você sabe se ela virá hoje à noite?

–Não, ela não poderá vir. — Mary havia me contado que ia tentar manter distância do David e esquecer toda essa história, afinal ele é um cara casado.

Regina

–Você deveria ir até lá. — Disse para a Sra. Nolan que estava na cozinha ouvindo a conversa de David, Emma e Henry de longe. — Já tem bastante comida, vá, fique com o seu marido.

–Eu o perdi uma vez, agora o tenho de volta, mas é como se eu ainda não o tivesse de volta, você não tem ideia de como eu me sinto.

–Na verdade, eu sei. — Eu já tinha sofrido muito na vida antes de me tornar má, conhecia bem o sentimento da perda. — Eu perdi alguém uma vez também.

–Verdade?

–Sim, mas o amor que perdi, não há como traze-lo de volta. Você tem uma chance aqui, vá ficar com ele.

–Você está certa. Regina, obrigada. Obrigada por ser tão boa amiga, você tem sido tão solitária que não estou acostumada a ter uma.

–Nem eu.

–Bem, gostando ou não, você tem uma agora. — Disse ela partindo em direção a sala.

Emma

–Vocês viram o David? — A Sra. Nolan nos perguntou.

–Ele... — Comecei a olhar ao redor para procurá-lo, mas sem sucesso. Como era possível? Eu estava falando com ele agora de pouco sobre a... Mary Margaret! Acho que sei onde ele está.

–Não. — Dr. Whale foi mais direto.

Na manhã seguinte soube que estava certa, David fugiu da própria festa para se encontrar com Mary Margaret. O que deixou a professora estressada e pensativa. Eu a aconselhei novamente a não se envolver com ele, pois ainda era um homem casado, mas eu sabia que ela não iria me escutar.

Regina

Eu fui ao Granny's naquela manhã, onde encontrei Mary Margaret tomando um café enquanto lia o jornal e me sentei para conversar com ela:

–Srta. Blanchard, podemos conversar? — Disse já me sentando de frente para ela.

–Claro. — A professora guardou o jornal que estava lendo e voltou sua atenção para mim.

–Queria conversar sobre a minha amiga, Kathryn, mais especificamente sobre o marido dela, David. Vocês não devem ficar juntos. Ele não é seu, é de outra, ache outra pessoa.

–Eu não fiz nada. — Defendeu-se.

–Sério? Então ele só acordou e decidiu deixar a esposa?

–Ele fez o que?

–Você não sabe? — A moça fez que não com a cabeça. — Eu acredito que você saberá em breve, então escute com atenção, pois é de seu interesse. Fique longe, ele está frágil, não sabe quem é ou o que está fazendo e você está próxima de arruinar muitas vidas. Então antes que faça algo que não poderá ser desfeito, deixe-o lembrar quem ele era. — Com essas palavras me levantei sem esperar uma resposta e parti com um sorriso no rosto.

Emma

Nunca tive que trabalhar no turno da noite, mas hoje Graham estava insistindo, por isso acabei aceitando. Quando Mary Margaret chegou, a professora havia acabado de falar com David:

–Ele deixou sua esposa, ele deixou Kathryn. — A professora estava eufórica, falando rápido.

–Certo. Fale devagar. — Pedi, mas não adiantou muita coisa.

–Ele fez isso por mim, ele quer que eu fique com ele, ele quer me encontrar comigo à noite.

–Isso é... — Nem terminei de procurar as palavras corretas antes que Mary voltasse a falar.

–Estou tentando ser forte, mas ele continua aparecendo. Como eu o faço parar? Não quero desapontá-lo. O que você faria?

–Eu iria. — Afirmei.

–O quê? — A professora parou por um momento com os olhos arregalados de surpresa.

–Bem, ele a deixou. Uma coisa é ele dizer que te quer e outra é fazer uma escolha e agora ele fez. Isso é tudo que você podia querer.

–Dada a nova amizade com Kathryn não acho que Regina ficaria feliz.

–Mais uma razão para fazê-lo. - Disse suspirando e dando uma mordida na minha rosquinha, ainda estava brava por Regina ter me dispensado da forma como fez.

–Senhor. Isso está realmente acontecendo?

–Diga-me você. — Sorri.

Wrong Direction - Haille Stainfeld

Eu fazia a ronda da noite como prometi ao Graham, quando passei na frente da casa da Regina e vi alguém pulando a janela. Estacionei o carro, me abaixei atrás de um arbusto e acertei o suspeito, fazendo-o cair e então eu pude ver quem era...:

–Graham?! Isso é trabalho voluntário?

–Mudanças de planos. Regina precisou de mim para...

–Dormir com ela?

–Não.

–Então.... Por que você estava se esgueirando pela janela?

–Porquê... _ "Ficaria mais bonito se você assumisse, eu não sou idiota". — Ela não queria que Henry soubesse.

–Você fez isso com Henry na casa?

–Ele está dormindo, ele não sabe.

–Meu Deus, não queria ser o Henry agora. Isso é nojento.

–Eu trabalho mesmo em um abrigo de animais. — Ele disse com uma expressão culpada.

–Você pode terminar o meu turno, não trabalho mais a noite. — Disse jogando a chave para ele e indo embora, eu estava triste, com muita raiva da Regina e... Eu não sei ao certo, mas eu sentia muito nojo ao imagina-la com ele.

E Se SwanQueen Tivesse Acontecido?Onde histórias criam vida. Descubra agora