Guto sabe da minha estratégia. Mesmo sabendo ele está pilhado. Quase voou no pescoço do Hills, com a possibilidade de ele ser o meu piloto parceiro. A verdade é que tem quem queira ocupar esse lugar e ele precisa saber que se não se posicionar, não vou ficar implorando. O pior é que ele também sabe jogar. A corrida é em Goiânia e ele vem vestido para enfrentar o calor de lá. Guto tem um corpo musculoso, uma perna forte e não resisto e dou aquela secada.
— Cuidado, chefa. Posso pensar que está no perigo. — Beija meu rosto. Aspiro o seu maldito perfume.
— Fique tranquilo. Estou sendo bem assistida ultimamente. — Ele não precisa saber que meu vibrador anda trabalhando demais. Só precisa ficar assim, preocupado.
— Vamos que o voo está no horário. — Ignoro-o durante as duas horas de voo. Entre o aeroporto e o hotel mais uma hora de poucas interações.
Quando chegamos à recepção do hotel a atendente diz que há apenas um quarto reservado.
— Como assim, somente um quarto? Eu mesma que fiz essa reserva. Eram dois quartos para uma pessoa em cada.
— Desculpe, senhorita Fischer, mas não temos mais disponibilidade hoje. O hotel está lotado por causa do evento. Consigo o outro quarto só amanhã. — Olho para o Guto que não diz nada, apenas acompanha a discussão. Depois ele diz que não tem problema em dividir o quarto. Volto o rosto para a atendente e ela me entrega a chave, quando dou uma piscadela para ela.
Subimos no elevador para o sétimo andar. Assim que o maleiro fecha a porta e eu coloco minha bolsa na mesa, ele entra no quarto. Vou atrás dele.
— Cama gigante para uma mulher que pretendia dormir sozinha.
— Gosto de espaço. — Tiro os sapatos, bem distraída e ele me pega por trás.
— Ah! Amapola, não vai sobrar um mísero espaço quando meu pau estiver dentro da sua boceta. Um mísero espaço.
— Guto... — Ele se esfrega na minha bunda.
— Isso, começa a gemer gostoso, Ama. Começa a gemer porque eu vou fazer o que você quer. — Eu viro de frente para ele.
— E o que eu quero, hein, piloto?
— Quer correr amanhã com as pernas moles de tanto que eu vou foder você toda. Provocou, provocou, cheguei ao meu limite. Tire a roupa, quero você nua nessa cama enorme. — Não disfarço o sorriso de vitória. Abro lentamente a camisa, mas Guto tem pressa. Arranca a camisa e abre o sutiã. Seu olhar em meu corpo cria um misto de frio e calor, fazendo meus pelos arrepiarem. Ele envolve os dois seios e lambe, beija e suga, me enlouquecendo.
— Olhar você assim, é algo divino, Ama. Adoro a beleza da sua pele, suas curvas. Tire a calcinha. Quero degustar um pouco de você. — Olhos nos olhos, eu me dispo e me deito na cama. Ele tira sua roupa tão atraente e aprecio seu corpo nu.
— Você também me seduz com os seus atributos. — Estico a mão e aliso seu pênis ereto. Passo a língua nos lábios.
— Você está de castigo, Amapola. Vou te enlouquecer com a minha língua para você parar de me provocar. — Abro as pernas.
— Vai falar muito? Estou louca para encher sua boca e você ficar calado. — Ele cai de boca em meu sexo. O tesão que ele me proporciona é único. Durante a minha vida sexual, nunca senti esse prazer que chega na alma. Ele provoca isso em mim, é tão forte e impactante que desmancho em minutos em um orgasmo alucinante.
Ele sai das minhas pernas e vai beijando o meu corpo até alcançar a minha boca. Quando rola o beijo, sinto meu peito explodir. Toco seu rosto, seu corpo, aperto sua bunda. Quero-o dentro de mim, ele coloca o preservativo e encaixa em um movimento só.
Descubro em cada estocada que Augusto Speranzi é o homem da minha vida. Enquanto ele está dentro de mim, passo os dedos em todo o seu corpo como faço com meus carros quando estou me conectando a eles. Caralho, essa coisa que faz meu peito quase estourar é forte, é tão intenso e inexplicável, ao mesmo tempo que lágrimas rolam no meu rosto, Guto grita o seu clímax. Ele só descobre quando me abraça e sente a umidade. Deita ao meu lado.
— Te machuquei?
— Não sei responder e não é comum não ter o que dizer.
— Mas está tudo bem?
— Se estar bem é querer repetir e repetir o que acabamos de fazer, então estou bem. — Ele beija a minha testa e me mantém em seus braços.
— Você saiu com seu ex-noivo?
— Ciúmes, Guto?
— Porra, Amapola. Você sabe que conseguiu o que queria. Não estou aqui na sua cama somente pelos seus belos olhos.
— Ahh..., não?
— Claro que não. Só você chefiando a XFI eu dou conta. O que não dei conta foram as suas provocações, roupas insinuantes, ex-noivo, futuro piloto.
— Sabia que a minha última jogada seria infalível. Ninguém gosta de perder posição para outro. Primeiro você exibe o material e depois coloca um candidato na jogada. — Aliso seu peito, enquanto ele sorri para mim.
— Você não parecia bem assistida minutos atrás.
— Agora estou. Esse era o meu objetivo quando menti. Sobre o Enrico, foi apenas uma coincidência. Nós compramos um apartamento juntos e fomos ao cartório para retirar o meu nome e assim eliminar o único vínculo que nos unia. Agora o apartamento é todo dele e eu sou livre e desimpedida.
— Não vai ter volta? — pergunta, inocentemente.
— Porque eu ficaria com o Rubinho Barrichello se eu posso ter o Lewis Hamilton.
— Talvez porque o Rubinho possa te dar segurança.
— Prefiro um que me dê prazer, que me respeite e me trate como mulher, sem medo de expor suas fragilidades e preferências.
— Tem certeza de que vai aceitar minhas preferências?
— Desde que seja prazeroso para nós dois, eu topo. — Ele se esparrama na cama.
— Tá, vamos ver... sexo anal?
— Nunca fiz, acho que sim.
— Chicote? — Fico imaginando Guto com um na mão.
— Se não for machucar, eu topo.
— Algemas?
— Pode ser divertido.
— Bolinhas cromadas?
— Dê um exemplo.
— Trabalhar algumas horas sentindo as bolinhas te excitando o tempo todo que se movimenta.
— Tudo bem, se terminar em uma rapidinha inusitada, topo.
— Caralho, Amapola. Você é insaciável.
— Não sabia, até você me fazer esse interrogatório. Antes que me pergunte, clips nos mamilos é um limite rígido. — Ele aperta meus mamilos e eles intumescem.
— Eu prefiro mordê-los nos dentes. — Guto o faz. Meu corpo já está pronto para mais uma rodada de sexo.
— Parece que tem alguém que vai pilotar cheia de moleza. — Monto nele.
— Acha que uma rapidinha inusitada nos boxes pode atrapalhar a corrida?
— Preciso te amar agora, Ama. Aonde vai ser, você escolhe. Eu só prometo que vai ser bem devagar e bem fundo. — Grudo nossas bocas.
— Me fode, piloto. Do jeito que quiser. Esse final de semana eu sou sua.
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PAIXÃO NO RETROVISOR
RomanceNunca imaginei que eu, Augusto Speranzi, bicampeão de Fórmula 3, apreciaria ser comandado por uma mulher no meu novo emprego de piloto de testes. Depois de passar três anos sendo pisoteado por uma, as mulheres passaram a ser apenas companhia de uma...