Minha primeira providência ao retornar ao trabalho é convocar uma reunião com toda a equipe da oficina. Nunca gostei de conversinhas e especulações, apesar de conhecer algumas traquinagens da minha turma.
— Bom, pessoal, como eu conheço o mundo corporativo e meus colaboradores, preciso dividir algumas novidades da minha vida. Você pode vir aqui ao meu lado, Speranzi? — Ele vem todo tímido e eu acho lindo esse seu jeito comedido. Quando ele chega, eu seguro a sua mão.
— Guto e eu estamos namorando. — Há um burburinho por toda a oficina e uma festividade maior da parte do Alex, meu assistente.
— Além disso, nós mudamos um pouco a ordem das coisas e estou esperando um filho dele. — Um silêncio rompe o ambiente e todos me fitam com caras de espantados.
— É isso aí, parece que Robert Fischer terá um herdeiro para a XFI. — Todos festejam e nos abraçam desejando felicidades. Continuo a falar. — Não é porque não estarei nas pistas que vocês vão ter moleza. Eu estarei controlando tudo com mais seriedade ainda e o Guto vai me reportar qualquer problema que tiver. Vocês devem continuar me temendo. Podem voltar ao trabalho e parabéns Alex, parece que você passou a perna nos seus amigos. — Quando todos voltam aos seus lugares Guto me aborda.
— O que quis dizer com passar a perna nos amigos?
— Conheço meus colaboradores, fizeram apostas a respeito da nossa relação. Pelo jeito o Alex acertou em cheio.
— Você não liga para isso, chefa?
— Homens são bobos mesmo. Gostam de uma patifaria. — Ele me pega de surpresa e me puxa para seus braços.
— Então você não vai ligar se eu te beijar aqui no meio da galera. — Ele me beija e esqueço até o meu nome. É isso que ele provoca em mim a cada toque. Meu anseio é que ele me leve para minha sala ou um lugar privado, para podermos ficar mais à vontade. Quando me solta, sabe que estou excitada.
— Será uma tortura trabalhar ao seu lado, sabendo que posso te foder a qualquer momento e ter que me conter.
— Aqui eu sou a sua superiora, piloto. Controle-se e mantenha seu pau gostoso e cheiroso dentro da calça. — Ele me cheira no pescoço.
— Desde que a senhorita mantenha as suas pernas fechadas, eu posso fazer esse esforço. Vamos trabalhar. — Ele me acompanha com o olhar até sumir pelo corredor.
Depois que todos já sabem da minha gravidez, foram dois meses de alegria, enjoos e desejos. Guto e eu revezamos entre a minha casa e a dele. Por conta das corridas, que acabei não estando em todas elas por causa da gravidez, passamos alguns dias longe um do outro.
Faço o meu pré-natal como manda a cartilha, mas me recuso a fazer um ultrassom desnecessariamente. Só que estava chegando o dia da ultrassonografia obrigatória, que revelará possíveis problemas de má formação fetal e com certeza os homens da minha vida vão me pressionar para saber o sexo, eu bem sei.
Preciso arrumar um jeito de despistá-los.
No dia marcado para o exame, invento uma reunião com um fornecedor e saio sozinha. Eu não quero saber o sexo ainda. Não quero decepcionar ninguém. Meu pai sempre quis um filho homem e não quero ver em seu rosto a decepção se a médica disser que é uma menina.
Ao fazer o exame a primeira coisa que falo é que não quero saber o sexo. A médica fica surpreendida, mas acata a minha decisão e faz o exame. Meu bebê está perfeito e crescendo conforme a expectativa. Volto para a empresa super feliz com o resultado do exame. Assim que piso na empresa, Guto vem em minha direção.
— Deu tudo certo, Amapola? — Levo um susto.
— Deu tudo certo o quê?
— O fornecedor que você foi visitar.
— Ahh... claro. Eles vão continuar com a produção extra e o preço também ficou melhor que imaginei.
— Bom para você. — Sai de perto com uma cara fechada e acho estranho a sua atitude. Será que ele desconfia de alguma coisa?
Vou para a minha sala um pouco preocupada. Guto nunca agiu assim comigo. Por mais que tenhamos algumas opiniões divergentes, nunca o vi assim tão arisco.
No final do dia perguntarei o que está acontecendo. Acho que agora não é o melhor momento.
Assim que o pessoal sai para o almoço ele bate e entra na minha sala de um jeito meio abrupto.
— Não está com fome hoje, Amapola?
— Claro que sim. Sempre estou com fome de uns tempos para cá. E você?
— Minha fome agora é outra. — Ele me pega e cola seu corpo no meu. Está excitado. É uma excitação diferente. Vejo em seus olhos que quer me punir.
Ele sabe.
Beija a minha boca com violência. Gruda em meus cabelos para que eu fique à sua mercê. Mesmo eu achando que devíamos conversar, o desejo me arrasta com ele. Guto se senta no sofá e me coloca em seu colo. Meu vestido é perfeito para a posição. Sobe até minhas coxas. Ele abaixa as alças do vestido e suga meus seios. É bom, é muito bom. Ele não quer conversa e eu fecho os olhos quando seus dedos me invadem. Não é qualquer invasão. É poderosa, tem a força de me desestruturar. Eu grito quando o clímax me alcança.
— Isso, chefa. Grite bem alto para a oficina inteira ouvir que eu estou te fodendo. — Isso foi grosseiro, mas nem tenho tempo de revidar. Seu pau se encaixa na minha entrada e eu o engulo inteiro. Ele é imperial. Bate forte, me subindo e descendo. Suga meus seios e ajuda segurando minha cintura. Puxo seus cabelos e coloco minha língua em sua boca. É ali que controlo meus gritos quando ele mete mais forte e começa a gozar. Não sei o que desencadeou esse ataque, mas sou obrigada a confessar que fico extasiada com tanta testosterona desse homem potente. Antes de sair debaixo de mim, me olha nos olhos.
— Espero que não tenha machucado o seu bebê — diz, grosseiramente.
— O nosso bebê está bem. — Ele me coloca suavemente no sofá, arruma suas roupas, levanta e sai.
Fico ali dividida entre o Guto que eu conheço, gentil e parceiro, e o Guto explosivo e deliciosamente excitante que acabou de me foder.
Será que dá para ter um pouco dos dois?
Ahh... hormônios gestacionais!
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PAIXÃO NO RETROVISOR
RomansNunca imaginei que eu, Augusto Speranzi, bicampeão de Fórmula 3, apreciaria ser comandado por uma mulher no meu novo emprego de piloto de testes. Depois de passar três anos sendo pisoteado por uma, as mulheres passaram a ser apenas companhia de uma...