Primeiro olhar

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Maraisa, point of view

Hoje é meu primeiro dia de trabalho. Atualmente eu faço estágio em uma escolinha primária, ajudando as professoras a cuidar das pequenas crianças de dois a três anos. Eu confesso, amo o que faço! Me sinto bem, e completa perto de crianças, é como se elas me trouxessem alguma paz interior muito desconhecida por mim, pois por incrível que pareça, eu sempre odiei crianças. Mas hoje estou aqui, e muito feliz inclusive!
Moro com a minha irmã, Maiara, nós somos muito unidas e inseparáveis, Maiara está fazendo faculdade de advocacia. Sempre foi um sonho para nossa mãe que eu e Maiara fôssemos advogadas ou empresárias de grande sucesso, isso foi fácil para Maiara, já que ela sempre foi mais influenciável. Mas para mim não, é como se algo gritasse a necessidade de eu estar sempre perto de crianças!

[...]

- Maiara vamos! Você vai se atrasar para faculdade, e eu para o meu trabalho!
Falei já cansada de tanto chamar Maiara que insistia em ficar na cama.

- Só mais cinco minutos irmã!
Disse com voz de sono.

- Nem mais dois segundos, vamos! Levante dai!

- Te odeio.
Falou enquanto levantava da cama indo em direção ao banheiro. Maiara tinha um ótimo humor de manhã.

- É, eu sei, e também te amo!
Falei em um tom um tanto sarcástico

Enquanto maiara tomava banho, eu arrumei tudo o que tinha para levar ao meu trabalho. Ansiosa era pouco, eu estava louca para ir trabalhar, talvez o fato de eu finalmente estar trabalhando com algo que eu amo, me fizesse feliz pelo resto da vida.
Parei por um minuto para pensar em tudo, e notar que faltava apenas um único sonho da minha lista para ser realizado. Eu sei é bem clichê, mas meu sonho é que alguém se apaixone por mim, na mesma intensidade que eu me apaixone pela pessoa. Meu sonho é viver um romance. As vezes eu me acho incapaz de viver isso, até por que meu histórico de relacionamentos, não é nada bom. E eu tenho medo de me apaixonar novamente.

- Maraisa, pega a toalha pra mim?
Acordei de meus pensamentos escutando os gritos de Maiara.

- Aqui está, se lembre de pegar da próxima vez!
Falei enquanto estendia a toalha para a mesma.

Assim, terminamos de nos arrumar, tomamos nosso café da manhã em meio de risos e fofocas. Depois fomos ao trabalho.
Eu não tinha um carro próprio por falta de dinheiro em casa, eu e maiara dividimos tudo, sem excessão, e intercalavamos o dia em que cada uma iria sair com o único carrinho que tínhamos, ele era bem velhinho, mas nos levava para todos os lugares. Para a minha sorte, hoje era o dia de Maiara ficar com o carro, e como a mesma havia enrolado para levantar da cama, estávamos atrasadas, o que não era de se espantar ao se conviver com Maiara. Não iria dar tempo dela me levar de carro para o trabalho, então eu teria que pegar um ônibus.
Não havia problema algum eu pegar um ônibus para ir ao trabalho, eu só me esqueci que havia mudado recentemente para Goiânia, ou seja, eu não entendia nada daqui, mas teria que pensar rápido, pois já estava mais do que na hora de sair de casa.
Consegui pegar um ônibus e chegar até o terminal, agora a parte mais difícil era saber qual me levaria até a rua da escola.

Eu estava perdida, eram tantas pessoas, tantas placas, tantos números. Meu cérebro se recusava a pensar. Como meu nome é Maraisa Pereira, eu consegui chegar até o ponto mais perto da escola, sendo duas quadras para cima da da mesma. Eu estava nervosa e atrasada, não era essa a impressão que eu queria passar, mas ainda havia um pouquinho de esperança dentro de mim.

- Droga! Isso não pode estar acontecendo, não comigo!
Esbravejei vendo as gotas de água caíram do ceu

Em passos apertados, cheguei até a escola, dando de cara com uma loira, alta com olhos castanhos, mais puxado para o mel que acabava de sair do portão da escola. Ela era incrivelmente linda, usava uma roupa um tanto formal, sendo uma calça social, com uma camisa branca de botões e um scarpin preto com detalhes dourados. Sua maquiagem era leve, apenas ressaltando os olhos, e um batom vermelho como sangue em sua boca. Eu sabia que estava olhando de mais para a moça em minha frente, mas era como se algo grudasse meus olhos nas curvas da loira, que inclusive eram muito bem definidas.

- A senhorita está bem?
Ouvi sua voz rouca me dando leves arrepios, era uma voz suave e grave.

"Pare maraisa, se esqueceu que é hetero?"

Pensei desviando o olha da moça muito bonita que me fitava confusa nesse momento.

- Oh! Me desculpe Sra.! Será que posso lhe ajudar com algo?
Disse com um pouco de medo da sua resposta, essa mulher tinha cara de ser brava.

Marilia Mendonça point of view

Havia acabado de deixar meu filhinho, Léo, na escola. Confesso que essa foi uma das coisas que eu não queria fazer tão cedo. Mas meu trabalho me chama, atualmente sou uma das maiores empresárias do estado, meu pai tem uma loja imobiliária, a maior, e mais famosa do Brasil, que eu comando hoje em dia e infelizmente terei que me desgrudar um pouco do meu filho.

Entrei na escola para conhecer todos, aliás eles vão passar a maior parte do dia com meu filho. Me apresentei a todas as professoras, porém me disseram que faltava uma, e eu concerteza iria fazer questão de conhece-la , pois ela era a moça que ficaria o dia todo na sala com Léo. Maraisa, esse era seu nome, um tanto diferente não?

Estava saindo da escola, mexendo no meu celular avisando minha secretaria que estava chegando na empresa e acabei me distraindo com algo, quando eu senti um impacto um pouco forte contra meu corpo, era uma morena baixinha e com os olho castanhos. Eu olhei para ela a fitando de cima a baixo, sem ela perceber é óbvio. A moça estava usando uma calça legging, marcando totalmente suas pernas, e uma blusa cinza um pouco soltinha que aparentava ser um uniforme da escola, nos pés um clássico Vans preto e sua maquiagem estava um pouco borrada, eu percebi que a moça havia pegado chuva, deve ter se mudado a pouco tempo pra ca, todos os moradores daqui sabem que sempre temos que pegar guarda chuva antes de sair de casa.

- A senhorita está bem?
Disse-a percebendo seu olhar sobre mim.

- Oh! Me desculpe Sra.! Será que posso lhe ajudar com algo?
Disse com um tom nervoso.

Eu sei o que causo nas pessoas, com o meu semblante até eu teria medo de esbarrar com uma pessoa dessa na rua. Mas eu gostava disso, esse meu jeito faziam as pessoas terem respeito a mim.

- Não, está tudo bem, qual é seu nome?
Disse firme.

- Ah! Sim! Meu nome é Maraisa Pereira senhora, é um prazer!
Disse estendendo a mão.

mesmo que eu achasse a moça muito bonita, teria minha pose de mulher arrogante como sempre e não a cumprimentei.

- Ok Srt. Pereira, era só você que faltava para me conhecer. Me chame de Mendonça, sou mãe do Léo, você deve ser a professora que irá ficar com ele na sala. Eu só quero deixar claro, que se meu filho reclamaram de alguma coisa em questão geral da escola ou professoras, a escola inteira vai água a baixo.
Disse em um tom arrogante.

- Sim Sra. Mendonça!
A moça falou nervosa.

- Obrigada! Pego Léo as 17h, tenha um bom dia.
Disse saindo em direção ao meu carro.

- Igualmente senhora!

- Ah!
Exclamei me virando para tras novamente.

A moça se virou e me olhou confusa.

- A Srt. Parece ser nova na cidade. Lembre-se de pegar um guarda chuva sempre que sair de casa!
Disse soltando uma risadinha e entrando no carro

- Obrigada por lembrar Sra.
A mesma disse em um tom irônico.

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Olaa, primeira fanfic que eu escrevo por favor, não liguem para os erros e me perdoem por qualquer um deles, estou disposta a postar pelo menos um capítulo por dia, depende da minha criatividade!! Beijoos, espero que gostem 💕

Você e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora