Eu quero ela

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Maraisa point of view

Segunda feira, 26 de janeiro.

Acordei com o barulho irritante do meu celular, já eram 6:30 da manhã, eu definitivamente odeio segundas. Estou morrendo de sono, e apenas um simples corretivo não iria esconder minhas olheiras de cansaço, passei uma boa parte da noite em claro pensando nela. Oh! Ela, minha cabeça está tão confusa, sinto tantas coisas e são coisas que eu não posso por para fora. Deus! Ela me beijou, eu deixei ela me beijar, ela...eu... Estou perdida, talvez eu goste dela, mas como se nos conhecemos a menos de um mês? Um mês, foi o suficiente pra colocar minha vida e meus pensamentos todos em base de uma pessoa, uma maldita e gostosa pessoa que fez questão de me conhecer.  Mas só de pensar no quão errado seria se eu apenas tentasse me envolver com ela me deixava louca, assim como ela deixava. 

Eu estava cansada, havia dormido por apenas 2 horas essa noite, mas precisava reagir. Me levantei tomei banho, vesti o uniforme da escola, arrumei o cabelo, passei uma maquiagem bem leve e fui tomar café com Maiara.

- Bom dia!
Disse desanimada lara minha irmã.

- Bom dia, que desânimo é esse?
Perguntou.

- Não é nada, apenas não dormi bem essa noite.
Falei me arrastando até a mesa.

- Foi Marília não é?

- Para Maiara, eu já disse que foi só um beijo insignificante.
- Pelo menos para ela - murmurei baixo.

- Sim, estou vendo o quão insignificante isso foi, tão sem sentimento ao ponto de tirar uma noite de sono. Ah irmã, qual é, deixa esse orgulho de lado e agarra aquela mulher.
Falou comendo sua torrada.

- Maiara você sabe muito bem que não é tão simples assim, tem uma criança que me veria como um monstro se descobrisse.
Falei rapidamente.

- Tá bom Maraisa, vamos logo antes que eu me arrependa de dar carona pra você.
Abusada.

Terminei o café e peguei minhas coisa para ir trabalhar, fechei a casa e Maiata me levou até a escola.

- Obrigada pela carona irmã.
Disse deixando um beijo em sua bochecha.

- De nada, agora saia do carro, estou atrasada, te amo!
Falou me expulsando do carro.

Desci, assim que terminei de pegar minhas coisas, assim que virei para o portão, meu corpo esquentou e entrou em choque. Eu simplesmente travei por motivo nenhum. Era ela ali, ah, é claro que é ela Maraisa, é a mãe do seu aluno bobinha. Eu tinha que conter a vontade de pular em seu pescoço e agarrar sua boca, o que seria bem difícil com ela quase me comendo pelos olhos toda vez que eu chegava mais perto.

- Oi Marília! Bom te ver.
Tentei ser o mais doce possível.

- Olá Mara! Você está linda!
Me elogiou, e depois parou para pensar em suas palavras.

- Oh! Meu Deus... Eu não queria ter dito isso nossa! Quer dizer eu queria... me desculpe.
Era engraçado ve-la nervosa.

- Tudo bem, você também está radiante essa manhã!

- Ata! Não dormi nada essa noite. Meus pensamentos estavam longe.
Meu Deus, será que eu sou o motivo? Igual ela foi o da minha pavorosa noite em claro?

- Eu também não dormi nada, olha, quando estiver com insônia pode me ligar, sou uma ótima companhia!

As palavras escaparam da minha boca como se eu fosse alguma adolescente boba. Eu estava corada e sorrindo vergonhosamente. Não tem como piorar a situação aí não Deus?

- É claro que é uma boa companhia, prometo ligar da próxima vez!
Falou sorrindo, esse sorriso já fez meu dia inteiro valer a pena.

Nossos olhos se encontraram, e pareciam estar grudados um no outro, como se nada pudesse os separar. Para mim estava somente nos duas naquela rua imensa. Eu conseguia sentir meu coração bater no peito, de forte que o mesmo pulsava. Marília com certeza era meu ponto fraco, se ela ao menos soubesse o poder que tem em mim. Eu passaria o resto do meu dia aoenas apreciando sua beleza, eu sabia que tinha que sair rápido dali, mas meu corpo simplesmente não reagia. É como se ela lançasse algum feitiço sobre mim, me deixando paralisada toda vez que nos encontramos. Eu gosto mesmo dessa mulher.

Você e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora