Tudo culpa sua

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Maraisa point of view

Já se passavam das 22:00 e ela ainda não havia me ligado, e também não ligou no dia anterior. Desde o dia em que nos beijamos eu tenho tentado evitar Marília, mas não por uma mal motivo, eu precisava colocar meus sentimentos em ordem.

Um debate insano começou dentro de mim, ligar ou não?

Possa ser que ela esteja bem chateada comigo, por conta de simplesmente sumir sem dar satisfação.

E, o que eu fiz quando prometi um jantar a ela? Eu estou em uma confusão interna tão grande, que eu não consigo nem dormir de tanto que penso nessa mulher.

Talvez seja a hora de dar uma chance, e pelo menos ceder a uma noite prazerosa com ela. Ou eu fico na minha, até descobrir o que estou sentindo.

Entre essas duas, eu fico com a segunda é óbvio. Se eu tivesse coragem igual eu tenho vontade, Marília estaria deitada na minha cama a essa hora.

Levantei do sofá, peguei meu celular e meus dedos proucuraram desesperadamente o contato da loira.

Apertei no botão para ligar e me arrependi no mesmo momento. O que eu iria dizer?

Quando deu o segundo toque, eu tirei o aparelho da orelha para desligar e ela atendeu. Fiquei por um minuto paralisada e tentando pensar no que falar. Me faltavam muitas palavras.

- Maraisa?

Ela me chamou uma vez, mas eu fui incapaz de responder.

- Alô? Maraisa, você está bem?

Me chamou mais uma vez, e eu ainda permaneci quieta.

- Tem alguém ? Eu vou desligar!

- Não! Sou eu Marília.

Involuntariamente as palavras correram da minha boca.

- Oi, por que não me respondeu quando te chamei?

Droga! Eu não respondi por que mesmo?

- Eu estava sem palavras.

- Então acho bom encontrar elas, precisamos conversar.

- Sim, é, eu também acho, quer começar?

- Não, eu acho melhor você descer, aqui fora está frio.

Meu olhos quase pularam para fora quando ouvi aquilo. Marília Mendonça, na porta da minha casa sem motivo algum? Meu estômago embrulho na hora.

- Que? Como assim?

- Vamos! Aqui está frio, não estou brincando.

- Que tipo de brincadeira é essa Marília?

Peguei minhas chaves e desci até a portaria do meu apartamento, e ela estava lá. Encostada do lado de fora do seu imenso carro luxuoso.

Minha ficha só caiu quando ela falou algo para mim através do telefone.

- Não vai vir até aqui? Eu não mordo sabia?

- Marília...

Desliguei o aparelho e deixei ele no bolso do shorts jeans que eu usava, que inclusive era bem curto.

Você e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora