O que eu estou sentindo?

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Maraisa point of view

Eu estou confusa, feliz, irritada, empolgada, anciosa... Enfim, eu estava sentindo tudo nesse momento. Marília havia me beijado, e como não ceder a ela? Muitos pensamentos se espalharam por minha cabeça.

"E se eu sair correndo?"

"Eu posso fingir que nada aconteceu"

"Que beijo bom ela tem"

"Caralho, ela me beijou"

Entre muitos outros, eu não sabia o que fazer. Já estava entrando em pânico. A mulher abriu a boca para tentar falar algo, porém eu a impedi. Puxei sua cabeça para mais perto da minha novamente, com agilidade, toquei meus lábios aos seus. Deus! Como essa sensação é boa. Ela agarrou minha cintura e foi aprofundando beijo cada vez mais, pedindo espaço com a lingua, eu cedi, e nossas linguas entraram em um contato maravilhoso, elas tinham uma sincronia, talvez um encaixe perfeito. Eu poderia ficar ali a noite toda, se não fosse meu pulmão pedindo socorro e me trazendo para a realidade. Terminei o beijo com um selinho, e olhei profundamente nos olhos da loira que tinha um brilho especial, era um brilho de conquista. Até que eu cai, quer dizer cair não seria a palavra certa, a vida me jogou de cara na realidade, me lembrando de quem eu estava beijando. Porra! Eu havia beijado a mãe do meu aluno, com certeza eu seria demitida no dia seguinte. Mas eu só precisava desse contato mais uma vez, antes de arrumar alguma desculpa esfarrapada para sair logo dali.

- Olha Marília, me desculpa... é, eu....
Tentei.

- Não! Oh meu Deus, me desculpe, foi eu, eu quem a beijou primeiro. Me desculpe se não queria é que eu ach...
A interrompi.

- Eu amei, o beijo, eu... foi um beijo miito bom. Mas sabe que isso vai causar um problema para nós não é?

- Eu não entendo qual é o problema.
Disse a loira.

- Marília, Olha, acho que deveríamos esquecer o que rolou aqui, e, continuar a vida normal, eu a professora e você a mãe.
Falei me levantando.

- Não! Espera, onde você vai? Eu vou te levar para casa.

- Eu posso pegar um táxi sem problemas.

- Não aceito isso, vamos, eu vou pagar e levar você para casa.

Aceitei a carona de Marília, não sei se isso seria o certo a fazer, mas já estava tudo cágado mesmo. Atravessamos a rua para pagar os lanches, quando olhei para um carro grande e branco ele era muito familiar. Oh meu Deus isso não pode estar acontecendo, não hoje! Era Danilo, ele era um ex/crush meu do colégio, se ele fosse um cara normal eu não veria problemas, mas ele era do tipo chato, e todas vez que nos encontrávamos ele pedia para ficar comigo, ou então grudava em mim como mel até eu ceder. Eu não tive escolha, o rapaz já havia me visto. Entramos a lanchonete, e ele logo veio me abraçar, me fazendo sentir sua coisa lá em baixo de propósito, ele era um pervertido.

- Quanto tempo Isa!
Eu odeio que as pessoas me chamem de Isa.

- Pois é, quanto tempo.
Disse sem humor algum.

- Você está ótima, linda e...
Foi interrompido.

- Vamos Mara? Já paguei a conta.
Marília chegou fuzilando o homem com o olhar, seria ciúmes aquilo?

- Oh! Marília, esse é Danilo, ele é um... um... é...
Tentei achar a palavra certa.

- Ele é um conhecido da família.

- Tem certeza que sou só um conhecido?
Me olhou com Malícia.

- Tudo bem, foi um prazer Danilo, vamos?
Disse pegando em minha cintura e me tirando dali.

Saímos da lanchote e a mão dela permanecia em mim, até chegarmos ao carro, onde ela me estou e eu rapidamente entrei no carro.

- Olha, me desculpe, eu não queria pegar em você, quer dizer eu queria, é que você pareceu incomodada e eu queria ajudar.
Tentou se explicar.

- Marília, calma, você me ajudou, muito obrigada.
Falei calmamente e colocando minha mao em cima da dela para passar confiança.
Ela sorriu como resposta.

Ela ligou o carro e saiu, logo já estava na rua do meu apartamento, quando parou na frente do mesmo olhou para mim e disse.

- Acho que a gente precisa conversar.

- Sim, pode falar.

- Me desculpe por hoje.

- Marília, pode ficar tranquila, eu estou bem com isso!
Disse a mulher.

- Está mesmo? Eu fiquei com peso na consciência.

- Eu estou, agora relaxe, volte para casa e fale que eu mandei um abraço ao Léo, e que espero ele amanhã na escola!

- Pode deixar.

Mandei um sorrisinho para ela enquanto saia do seu carro. Atravessei a rua entrei na portaria e ela ainda me olhava, acenei e ela saiu com o carro.
Subi para meu apartamento, e Maiara estava em casa por incrível que pareça.

- Cheguei irmã.
Gritei colocando as chaves em cima da mesa.

- Estou no quarto, vem aqui.
Gritou também.

- Vamos, sente e conte tudo.
Falou batendo a mão na cama para eu me sentar.

- Euabeijei.
Falei rápido como se tudo fosse uma única palavra.

- Que? Fala direito Maraisa.

- Eu, beijei, ela.
Falei calma e pausadamente.

- Mentira irmã.
Falou surpresa pulando da cama.

- Sim, e foi incrível, sabe um beijo mágico e intenso?

- Que lindo irmã!

Ficamos eu e ela ali por um bom tempo conversando, até eu fazer ela levantar para me ajudar a  arrumar a casa. Levantamos as duas, arrumamos tudo e depois fomos assistir um filme. Típico de Maiara, romance clichê. Eu já não estava mais prestando atenção no filme, ficava pensando no quão bom seria eu e Marília no lugar dos atores do filme, vivendo um lindo romance sem problemas ou algo assim. Será que eu poderia ter algo sério com Marília? Será que ela queria?

Marília point of view

O ventilador do meu quarto tem exatamente 4 hélices, 20 parafusos, 2 lanpadas e a janela tinha 4 quadrados com vidros bem limpos, e o meu guarda roupa tinha 2 portas que deslizam perfeitamente. Deus resolveu me castigar hoje só pode. Eu não conseguia tirar aquela mulher da minha cabeça, e já eram duas da manhã. Eu tinha que ir para o escritório as sete, ou seja eu teria... cinco horas de sono, não, contando que eu tenho se acordar mais cedo, são tres horas e meia de sono. Eu tô fudida. Ja havia explorado cada pedacinho do lençol da minha cama em busca do meu sono que se perdeu por ali, mas eu acho mesmo que ele deve estar na casa de Maraisa, queria tanto que ela estivesse aqui. Meu corpo procurava por ela, eu queria te-la ali, mas como?

O corpo dela me deixa excitada eu não vou mentir, e aquele rostinho, todo moldurado e certinho, tão bonito. Se eu estivesse com ela aqui, tenho certeza que não estaria dormindo, mas eu nao posso ligar, não posso. Isso não pode ser apenas desejo, eu conheço meu corpo, não era só tesão, eu queria ela para cuida-la. No piquenique, quando falou de seu irmão, senti vontade de chorar junto com ela como era possível? Nem com o pai do Léo eu senti algo assim, Deus! O que eu tenho?

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Confesso, acho que dos nove esse foi o capitilo que eu menos gostei, mas espero que vocês gostem, me mandem ideias para os próximos eu imploro!! Eu vou dar crédito pra vcs. estou resondendo alguns comentários, continuem, e não esqueçam da estrelinha! Beijoo 💕

Você e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora