Noite passada

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Marília point of view

Abri os olhos e minha cabeça estava latejando de dor, assim que a claridade me atingiu, pude me lembrar de alguns devaneios da noite anterior. Eu saí com Fernanda e Maraisa estava lá, então eu a tirei dos braços de um cara e ela me levou até o banheiro, eu a beijei e...

Transei  com ela, essa foi a melhor transa da minha vida. Voltamos para onde Fernanda estava e depois ela foi embora? Acho que foi isso. Se eu pudesse me lembrar o que fiz depois disso...

Espera, onde eu estou? Merda, a bebida fazia isso comigo. Oh! Bebida, sim, depois que ela foi embora eu bebi, muito.

Acho que devo ter virado uns cinco shots de tequila ou vodka pura. Deus, depois eu vim para a casa dela. Por que minha cabeça está doendo tanto?

Rolei de um lado para o outro na grande cama em que estava tentando achar alguém, o que foi em vão pois estava sozinha. Será que ela não havia dormido comigo?

Levantei e senti uma pontada forte na minha cabeça e enjoo, muito enjoo. Alguém precisa me lembrar de nunca mais beber na vida.

Estava prestes a colocar toda bebida alcoólica que eu havia ingerido noite passada para fora, quando um forte impacto na porta e sua voz doce fez com que todo meu estômago voltasse ao normal, ou embrulhasse mais ainda.

- Marília, bom dia, não sabia que estava acordada.
A morena falou parando na porta.

- Sim, bom dia, é, eu estou com muita dor de cabeça. Tem algum remédio? 

Acho que eu pareci um pouco antipática e rabugenta agora, mas sério eu estou com muita dor.

- Tenho, claro, aqui.

Ela veio até a cama e se sentou, abriu a gaveta do criado mudo e pegou um remédio em gotas.

- Espere, vou pegar água.
Se levantou e eu pude a ver sumindo no corredor.

Ela voltou com uma enorme bandeija com café da manhã, tinham panquecas, pães, café, frutas, suco e um copo de água.

- Aqui, tome café e depois o remédio.
Disse e colocou a bandeija sobre a cama.

- Você fez isso tudo pra mim?
Perguntei.

- Sim, você deve estar com fome, pelo visto bebeu bastante ontem.

- Nossa, muito obrigada Mara, eu não sabia que estava com fome até você falar!
Falei e soltei uma risadinha no final.

Ela riu e falou para comer o café, não comi tudo sozinha é claro, comemos juntas e conversamos várias coisas bobas que aconteceram essa noite. Quem nos visse de longe, poderia jurar que éramos um belo casal.

- Então, você quer conversar sobre o que aconteceu ontem?
Disse bebericando o café.

- Conversar o que? E, como eu vim parar aqui?
Perguntei.

- Bom, você veio até aqui sozinha, me pediu para descer só que eu estava de pijama, então você se convidou para subir, eu deixei porém a senhorita não estava nem conseguindo ficar de pé, te trouxe até a cama e deixei você dormir.
Explicou.

- É, eu sei disso, só queria que você falasse para ter certeza.
Ela fez uma cara de indignação falsa.

- Eu só me lembro de ter me jogado na sua cama, depois nada mais.

- Eu te dei a blusa mas você não conseguiu vesti-la, então eu te ajudei, você se deitou e antes de mim sair do quarto, me pediu para que ficasse abraçada com você, eu peguei no sono, você também, acordei de madrugada eu fui para o quarto da Maiara. Eu espero que não tenha sido um problema para você, serio voce quase iimplorou por isso.

Você e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora