23 | 𝗔 "𝗹𝗶𝘁𝘁𝗹𝗲" 𝘁𝗮𝗹𝗸 𝗮𝗯𝗼𝘂𝘁 𝘁𝗵𝗲 𝗽𝗮𝘀𝘁

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Uma "pequena" conversa sobre o passado

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O silêncio que se instalou no quarto não era desconfortável de todo, mas o clima podia ficar muito menos tenso.
Mesmo que o ruivo se recusasse a sair do colo do maior e Tobio se recusasse a parar de envolver o outro com o seu braço ambos sabiam que em alguma hora presisariam conversar e Tobio decidiu ser o primeiro fazendo isso.

- Eu tenho transtorno explosivo. Além de ansiedade e problemas de insegurança e baixa auto-estima. Precisei correr muito e causar muita dor de cabeça para os meus pais e minha irmã mas com ajuda daquele senhor que estava aqui comigo eu consegui que tudo o que eu tenho não fosse tão percebido pelas pessoas a minha volta. Eu tomo, quer dizer, tomava uma medicação diariamente para ajudar a controlar meus ataques de raiva e crises de ansiedade mas eu parei de tomá-los mais ou menos depois da gente se conhecer.

- E-Então a culpa foi minha? Eu sinto muito, eu juro que eu não quis trazer problemas para o senhor... - confessou se sentindo culpado.

- A culpa não é sua! - Tentou acalmar o outro. - É verdade que eu tive um ataque de raiva, mas a culpa no foi sua. Eu me senti um merda depois do que você me disse. Eu não queria que você pensasse que eu sou um daqueles que trata os submissos feito objetos. Sim, eu sou agressivo mas essa é a minha forma de ser e demonstrar carinho pelos outros. Eu não pretendia descarregar a raiva que tinha dos caras no  aeroporto em você. Aquilo foi só um pretexto para transar. Enfim, foi mal por ter feito você se preocupar comigo.

- Tobio-san.... Eu sinto muito também a verdade é que eu—

- Não fale de coisas que deixam você triste só porque se sente obrigado. Quando realmente quiser a gente pode conversar.

- Eu quero. - Afirmou. - Eu fui vendido pelos meus pais quando tinha 12 anos. Eles não
tinham dinheiro suficiente para sustentar a família e minha mãe estava grávida.... Além disso, por seu um submisso, e ruivo, eles devem ter ganhado uma boa grana com isso. Eu nem sei se a tal criança nasceu.... Não sei nada sobre eles desde 8 anos atrás quando eles decidiram me vender para um velho fudido que não se importou com a minha idade quando foi tirar a minha virgindade.

- Você realmente não precisa—

- Me oiça até o fim, por favor. - pediu e logo depois suspirou - Esse sofrimento não durou muito porque eu descobri a existência de Diamond Bar e decidi fugir daquele velho e tentar arrumar um jeito de ir para lá. Como pode imaginar, obviamente uma criança que mal tinha completado seus 13 anos não conseguiria ir para lugar algum, e foi num beco escuro e sem esperanças que eu encontrei o homem que achava ser o meu salvador. - respirou fundo antes de continuar - O nome dele não interessa, o que importa é que ele nunca tocou em mim e cuidou de mim como um pai até eu fazer 15 anos, mas, pulando os detalhes, ele me alugava para seus amigos e desde que eles pagassem uma boa quantia eles podiam fazer o que quisessem comigo.

𝙱   𝚁   𝙰   𝚃   {𝐾𝑎𝑔𝑒𝐻𝑖𝑛𝑎}Onde histórias criam vida. Descubra agora