Capítulo 17

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Point of view, Carol.

O dia havia passado rápido, parecia ser assim sempre que eu estava com a day. Escapei algumas vezes com ela no intervalo mas decidimos que tínhamos que tomar cuidado Elana estava começando a ficar estranha comigo e o Bruno sempre está do lado dela então eles apenas estão reduzindo a quantidade de palavras que usam comigo.

Após o jantar subi para meu quarto, enquanto meus pais assistiam tv e meus irmãos faziam seus trabalhos, e retirei o livro que a day havia me dado da minha bolsa. Coloquei uma playlist que a autora criou para o livro em um tom suave e comecei a ler deitada em minha cama. A história era bem envolvente no começo, parecia ser tão inofensiva e prazerosa, mas chegou numa parte em que as duas personagens tiveram seu primeiro beijo e eu me lembrei dos meus beijos com a day, e de como no dia anterior ela havia gemido contra minha boca, algo em meu centro começou a latejar e eu tentei fazer parar cruzando um pouco as pernas, mas cada vez que o beijo delas ficava mais intenso meu centro se tensionava ainda mais.

Desistindo coloquei o livro embaixo do meu travesseiro, uma mania que eu peguei ao longo dos anos, e encarei o teto achando que resolveria, mas minha mente voltava a cena da day e eu na cama dela, sozinha, nossos corpos unidos, sua boca prendendo a minha, minha mão em sua cintura, ela gemendo enquanto eu esfrega minha língua contra a dela. Minha respiração começou a ficar pesada e eu automaticamente minha mão foi descendo, passando pelo meu seio, barriga e chegando a barra do meu shorts de dormir. Fiquei um pouco receosa, seria minha primeira vez explorando essa parte do meu corpo, mas então eu segui em frente, logo seria a day e eu, só de pensar nisso eu ficava cada vez mais necessitada de atenção.

Senti que minha calcinha estava molhada e rir da minha situação, comecei a fazer movimentos circulares e minha excitação foi aumentando a cada movimento, respirei com um pouco mais de dificuldade, minha mente sempre repassando em como o corpo da day se encaixa tão bem ao meu, em como ela beija bem e a vontade que eu tenho de aprofundar cada vez mais nosso beijo. Meus dedos começaram a deslizar rapidamente para cima e para baixo, meu corpo estava tão tenso e aquela sensação nova estava sendo muito bem explorada, sentir meu corpo respondendo aos estímulos era algo surreal, imaginei a day me beijando enquanto me acariciava no meu lugar mais úmido.

Aqueles dedos longos, aquele braço forte, seus beijos por todo meu corpo, sua respiração descompassada junto da minha, suas mãos teteando meus seios e me fazendo gemer... Eu estava quase chegando a algum lugar, um lugar bom, um lugar novo, mas ouvi a porta de abrindo e foi quando tudo desandou.

— Caroline você sabe... - a voz da minha mãe soou pelo quarto mas foi cortada assim que me viu e eu me ajeitei na cama rapidamente.

— Mãe, ma-mãe - eu não conseguia formular nenhuma frase, sua cara estava muito mais espantada que a minha.

— Deixe para lá - ela saiu e eu senti todo meu corpo gelar de medo.

"E se ela contar para meu pai, e se eu ficar encrencada? Eu nunca mais vou fazer isso, que constrangimento, eu quero me matar, me enfiar dentro do poço. Eu preciso falar com alguém sobre isso. Não não, isso seria ainda mais constrangedor. Meu deus, por favor que ela não conte ao meu pai"

Fui para o banheiro e lavei as mãos o máximo que eu pude, respirei fundo e tentei desviar meus pensamentos "agora já era, amanhã eu vou para um internato e nunca mais vou poder ver a day"

Ouvi batidas na porta e meu coração acelerou novamente - Maninha - era a voz do Rafa, sai depressa e encontrei ele com uma cara confusa.

— O-oi - digo em um fio de voz.

— O que aconteceu com a mamãe? Ela está pálida na cozinha, papai e o Bruno estão tentando acalmar ela mas ela parece que viu um fantasma - ele comentou e eu me amaldiçoei por ter sido tão descuidada.

(não) Te amo Onde histórias criam vida. Descubra agora