Capítulo 4

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Pov Carol

Me despedi dos meus amigos que me deixaram na frente de casa e entrei, logo vendo minha mãe que limpava a casa com uma música relativamente baixa.

- Oi mãe, bença! - Falei assim que me aproximei. - Precisa de ajuda?

- Não filha, estou quase acabando, logo faço o almoço, estou esperando o seu pai e os seus irmãos. - Falou enquanto me abraçava e voltava a terminar de ajeitar o sofá.

- Vou trocar de roupa. - Disse fazendo menção de subir para o meu quarto. - Ah, mãe, vai precisar de mim hoje a tarde?

- Não filha, por quê?

- Preciso fazer um trabalho na casa de uma colega, posso ir?

- Claro filha, mas se cuida, tá bom? Vai ter algum rapaz lá? Sabe que seu pai não quer nem saber de ver você sozinha com algum garoto, não é?

- Sei mãe, não sei se vai ter mais alguém, mas não vou ficar sozinha com nenhum garoto.

- Tudo bem então, pode ir.

Logo que minha mãe concordou, subi para trocar de roupa e esperar o almoço. Acabei pensando por alguns minutos antes de conseguir realmente ter coragem de mandar alguma mensagem para Dayane.

As coisas que Elana e Bruno falaram, acabaram me deixando um pouco pensativa com tudo o que estava realmente acontecendo.

Deveria existir alguma explicação para que ela não tirasse os olhos de mim e eu muito menos, mas definitivamente não era isso!

Mandei a mensagem rapidamente e bloqueei o celular o deixando em cima da cama.

Logo, meu pai chegou, junto com Rafael e Renan, almoçamos todos juntos como de costume. Evitávamos conversar nessas horas, meu pai preferia o silêncio, então desde que me lembro, o silêncio era algo "sagrado" na hora das refeições.

Lavei a louça quando acabamos e escutei quando apertaram a campainha, que minha mãe foi prontamente atender.

- Carol, sua amiga está aqui. - Minha mãe falou da sala.

- Que? Que amiga? - Sequei minhas mãos rápido e corri para a sala, imaginando que seria a Dayane e lembrei no mesmo instante que eu não tinha visto se ela tinha respondido.

- Como que amiga? - Elana falou rindo. - Já tá me trocando, é? - Pergunto ainda risonha.

- Ah, não. É que você não disse que ia vir. - Dei de ombros simples.

- Você disse que ia fazer o trabalho com a Dayane, aí pensei em ir com você até lá, ela mora perto da casa do Bruno, e a gente combinou de tomar sorvete.

- Eles moram perto? Como eu não sabia disso? - Pensei alto.

- Ela não te passou o endereço dela? - Elana perguntou surpresa.

- Passou, acho que eu não prestei atenção. Vou trocar de camiseta, porque eu molhei essa, aí a gente vai, pode ser?

- Claro, fica a vontade, a casa é sua. - A loira disse gargalhando, subindo logo atrás de mim.

Como de costume, peguei minha camiseta e fui até o banheiro trocar, enquanto Nana ficou deitada igual uma estrela do mar na minha cama.

Pode parecer bobagem, mas eu me sinto estranha quando outras meninas me veem trocar de roupa ou quando outras meninas trocando de roupa na minha frente, me sinto um pouco envergonhada.

Elana achava isso extremamente estranho, de acordo com ela, eu tenho tudo o que ela tem, então não deveria existir motivo para me sentir envergonhada. Mas com o passar do tempo, ela acabou se acostumando.

(não) Te amo Onde histórias criam vida. Descubra agora