Capítulo 30

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Oiê, voltei :-)

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Pov Day

Caroline e eu decidimos sair mais um pouco da pousada. Demos uma pesquisada no Google e descobrimos que havia um shopping relativamente perto e resolvemos ir, para aproveitar mais um pouco o tempo de viagem que ainda tínhamos juntas.

Chegando lá, optamos por assistir um filme romântico, já que o clima romântico pairava sob nós duas. O filme era de época e contava a história de duas mulheres que se apaixonaram no século passado e que, para poder ficarem juntas, uma delas teve que fingir ser um homem e assumir a identidade de um primo falecido.

Era intrigante e até triste pensar nisso. Se hoje em dia as coisas já são difíceis para as comunidade LGBTQ+, antigamente era bem pior. Mas eu não queria pensar nisso, não quando sentia o calor da mão da minha ruivinha sob a minha e sentia meu peito inchar de amor e felicidade por tê-la comigo naquele momento.

Em determinado momento do filme, minha namorada deitou a cabeça no meu ombro e ficou ali por longos minutos, até que eu senti ela começar a beijar meu pescoço levemente. Um simples ato, mas que fez meu corpo inteiro arrepiar dos pés a cabeça.

Para piorar ainda mais a minha situação, estava passando uma cena quente na tela do cinema, o que tornava a atmosfera ainda mais tensa.

– A... Amor – tentei chamar a atenção de Caroline, que agora alisava meu braço lentamente, enquanto continuava destruindo beijos molhados pelo meu pescoço – O que está fazendo?

– Estou aproveitando um pouco a minha namorada – respondeu com a voz abafada e continuou o que estava fazendo – Você está tão cheirosa, baby - susurrou bem pertinho do meu ouvido, me fazendo engolir seco

Eu sentia meu corpo inteiro quente, como se estivesse com febre. Meu coração agora batia rápido, enquanto a minha pele se arrepiava e eu sentia minha alcinha molhar a medida que as carícias da minha namorada iam ficando mais intensas.

– Baby – engoli em seco mais uma vez, quando percebi que a mão dela havia decido e agora apertava minha coxa levemente – Eu... Eu acho melhor você parar – pedi tentando encontrar minha voz, que havia se perdido no fundo da minha garganta

– Por que? Não está gostando? – Ela parou o que estava fazendo e me olhou séria – Eu estou sendo invasiva?

– Não, não é isso – fechei os olhos e respirei fundo, tentando acalmar meus hormônios – é justamente pelo contrário

– Como assim? – pendeu a cabeça para o lado e me olhou confusa

– Você... Você está me excitando – confessei sentindo minhas bochechas esquentarem – eu não sei se conseguiria me controlar, caso você continuasse. E nós estamos em público, não quero que a nossa primeira vez seja em uma sala de cinema.

– Tudo bem, me desculpe – foi a única coisa que ela disse antes de se afastar

– Vem cá, me dá um beijo, vai – pedi quando notei sua carinha emburrada

Ela logo se aproximou novamente. Então nossos lábios se encontraram e iniciamos o beijo. No começo era calmo, apenas uma demonstração de carinho. Mas, quando nossas línguas se tocaram, as coisas começaram a ficar intensas. Nos beijávamos com certa agressividade, nossos lábios se maltratando, nossas línguas lutando por domínio.

Quando percebi que aquilo estava ficando perigoso, me obriguei a parar, porque sabia que a tensão sexual estava aumentando gradativamente entre nós, era quase palpável.

O resto do filme, me obriguei ao máximo a trocar apenas carícias inocentes com Carol e graças aos céus ela também se comportou.

Quando a sessão acabou, saímos do cinema e fomos para a praça de alimentação, onde comemos uma pizza. Depois fomos ao salão de jogos, onde jogamos pebolim, sinuca, pinball, um jogo de corrida que a Carol ganhou e, por último, minha namorada conseguiu pegar um ursinho panda na máquina de pelúcias.

– Amor, ele vai se chamar Gael e será o nosso filho – ela intimou, segurando o bichinho como se segurasse um bebê

– Ah, é? E o que vamos fazer em relação a guarda? Afinal nós moramos em casas separadas – perguntei entrelaçando nossas mãos e caminhando até a saída do shopping

– Será uma guarda compartilhada. Em uma semana eu cuido, na outra você. E nos fins de semana, quando der, podemos combinar de passar juntas com ele

– Você é muito espertinha para o seu próprio bem – deixei um beijo estalado em sua bochecha e então entramos em um táxi para voltar para a pousada

***

– Essa foi uma das melhores noites da minha vida – suspirei me atirando na cama, assim que entrei em nosso quarto

– Da minha também – minha namorada entrou logo atrás de mim, fechando a porta – Acho que vou tomar um banho

– Vou depois de você – informei e ela apenas assentiu

Carol colocou nosso filho na cama ao meu lado, pegou uma toalha e caminhou para o banheiro.

Fiquei alguns minutos apenas na companhia do Gael, enquanto ouvia o chuveiro ligado e minha ruiva cantarolando baixinho

Quando ela terminou o banho e voltou ao quarto, o cheiro de sabonete de lavanda inundou o ambiente e aguçou todos os meus sentidos. Mas o que realmente me deixou em choque foi o fato de ela ter aparecido só de toalha. Pra mim era estranho, já que nunca havíamos feito isso e nos trocávamos no banheiro.

– Você definitivamente está querendo me matar hoje – falei sem conseguir tirar os olhos do corpo dela, coberto apenas por um pedaço de tecido fofo branco

Nesse momento, minha imaginação resolveu brincar comigo. A ideia de Caroline sem nada além daquela toalha, que a qualquer momento poderia cair e revelar seu corpo, começou a revirar tudo dentro de mim

– Não – Ela respondeu revirando a mala, procurando algo para vestir – Estou apenas tentando fazer você tomar alguma atitude – disse com a voz firme, sem olhar para mim

Engoli seco e respirei fundo. Já tinha um tempo que ela vinha demonstrando querer sexo comigo e eu não sei porque estava adiando tanto.

– Por deus, eu preciso de um banho também – me levantei já pegando a toalha e caminhando para o banheiro mais rápido do que era necessário

– Isso, foge mesmo. Você sempre faz isso – pude ouvir ela reclamando quando fechei a porta

Encostei minha testa contra no objeto de madeira e quis me estapear por dentro por deixar ela tão frustrada. O que eu estava esperando? Se ela queria e eu também, qual era a porra do meu problema?

Caminhei para o chuveiro decidida a resolver essa situação quando saísse dali. Já estava na hora de ser mulher, tomar uma atitude e dar a minha namorada aquilo que, tanto ela quanto eu, queríamos. Mas antes, eu realmente precisava de um banho

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Notas do autor: Preparem-se, o próximo capítulo tá meio quente.

Até lá meus bb's

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