Capítulo 29

294 45 1
                                    

Pov Carol:

Dizer que meu dia com Dayane havia sido perfeito seria pouco demais. Não consigo encontrar palavras para expressar tudo o que eu sinto quando paro para pensar no que estamos vivendo juntas, sem ninguém para atrapalhar, e tudo isso graças ao meu irmão.

Traduzir tudo o que eu sinto por essa mulher seria uma missão simplesmente impossível, visto que é tudo grande e intenso demais para ser explicado. Não consigo nem ao mesnos dizer o que senti quando ela cantou para mim e me pediu em namoro logo depois. Foi como se um milhão de borboletas dançassem em meu estômago e me fizessem voar livre junto com elas, me transportando para um mundo onde a felicidade não tem limites e onde a minha princesa encantada me espera com a mão estendida e o sorriso mais lindo do mundo todo enfeitando o seu rosto.

- Carol... – ouço uma voz forte e distante chamando meu nome, mas estou distraída demais para sequer me dar conta de onde ela vem – Carol – me chama novamente e sinto meu ombro ser sacudido levemente – Caroline!

- Hm... Oi – Respondo saindo do meu transe momentâneo

- Onde você estava? Estou te chamando tem uns dez minutos – Rafael cruza os braços e me encara com o semblante sério

- Ah, desculpa eu não ouvi – peço meio sem graça

Ele me olha com a expressão de quem diz: ‘’Jura? Eu quase não percebi’’ e eu simplesmente dou um sorrisinho de desculpas, pois não tenho muito o que dizer em minha defesa.

- Em que planeta você estava? – questiona, aproximando-se e sentando-se em uma poltrona de frente para mim

- Eu só estava pensando em algumas coisas – dou de ombros

- E eu aposto que esses pensamentos tem haver com uma morena tatuada que veio conosco para a viagem – supõe de forma sugestiva, arqueando as sobrancelhas

- Sim, é exatamente sobre ela. Aliás, tudo tem girado em torno dela ultimamente – suspiro ao lembrar da minha morena e me encosto nas costas do sofá em que eu estava sentada

- Caramba, você nem esconde mais, né? – solta uma risadinha debochada

- Acho que não há necessidade de esconder mais nada, principalmente de você – isso era até meio óbvio, visto que Rafael tem sido a pessoa que mais tem feito coisas para que Dayane e eu fiquemos juntas

- Realmente, até porque eu sou o maior apoiador desse casal. Estou até pensando em fazer aqueles dedões de espuma, bonés e camisetas com a #TeamDayrol

- Não seja idiota Rafael – Reviro os olhos e dou uma risadinha – Inclusive eu queria te agradecer por tudo o que você tem feito pela gente. Acho que nunca vou poder retribuir, mas serei eternamente grata

Rafael inclina-se um pouco para frente e segura as minhas duas mãos. Seu olhar é repleto de ternura e carinho agora, e sinto meu coração se aquecer por completo simplesmente por perceber, através desse olhar, o quanto ele me ama e zela por mim.

- Você não tem que me agradecer e muito menos retribuir nada Cacah – me chama pelo apelido que ele sempre usava quando éramos mais novos e me sinto derreter por dentro – se estou fazendo tudo isso, é porque vejo o quanto você está apaixonada pela Day e o quanto ela faz você feliz. E a sua felicidade é a única coisa que imposta para mim – ele esfrega os polegares nas costas das minhas mãos e sinto uma lagrima escorrer pela minha bochecha – mas saiba que, se ela fizer alguma coisa que machuque você, ela vai se ver comigo – solta uma das minhas mãos e mostra o bíceps dele, me arrancando uma gargalhada sincera

- Você é um besta mesmo – balanço a cabeça em negativa – Eu amo muito você, obrigado por tudo, de verdade

- Eu já disse que não precisa agradecer por nada. Principalmente se for me agradecer por estar contribuindo para a sua felicidade – ele se levanta e eu acompanho seu movimento

Meu irmão me puxa para um abraço e, naquele momento, me sinto protegida como nunca antes me senti em toda a minha vida.

- Agora, falando na gayane – ele fala quando encerramos o abraço e olha ao nosso redor– onde ela está?

- Ela subiu para tomar banho.  Tomei o meu antes dela e depois vim aqui para o saguão esperar, enquanto ela termina

- Ué, e por que não foram juntas? – ele me olha confuso

- A gente ainda não tem esse tipo de intimidade. Nem sequer chegamos a nos ver sem roupa

- Como assim? Esse tempo que estão juntas, vocês nunca transaram?

- Hm, não... – respondo envergonhada. Nunca vou me acostumar com a naturalidade com que ele fala sobre esses assuntos

- Caralho, por que vocês tão perdendo tempo? Estão aqui sozinhas, aproveitem

- É que... bom, você sabe que eu nunca fiz essas coisas, então não sei como começar. E a Day também fala que quer ir com calma, que não quer apressar as coisas – surpiro um pouco frustrada

– Mas você quer, não quer? – seu questionamento parece sincero

– Sim, eu quero – suspiro sentindo minhas bochechas esquentarem

– E você já deixou isso claro para ela? Não pense que com essas perguntas eu estou querendo invadir a privacidade de vocês. Só quero poder entender e ajudar de alguma forma.

– Não se preocupe, eu jamais pensaria isso – tranquilozo-o – E sim, eu já deixei claro. Mas ela continua dizendo que é melhor esperar mais um pouco

- Puta que pariu, a Dayane é muito burra – ele bate com a mão na testa – Se eu pego essa gay na rua...

- Falando mal de mim pelas costas, cunhado? – Dayane aparece como uma entidade que foi invocada, me causando um leve susto e interrompendo a fala do Rafael

- Falando mal não, apenas constatando fatos – rafa responde em tom divertido – e aliás... espera... – ele faz uma pausa – você me chamou de cunhado – costata estreitando os olhos – isso quer dizer que...

- Exatamente – minha namorada se aproxima de mim e abraça minha cintura

- Porra, finalmente – Rafa coloca as mãos para o céu de forma dramática – achei que você fosse mais demorar mais uma eternidade

- Para né rafael, nem demorou tanto assim – ela tenta se defender

- Magina, só foi quase na volta de Cristo – ele exagera – brincadeiras a parte, estou muito feliz por vocês.

- Obrigado meu amor – agradeço de forma sincera

- Bom, agora preciso ir, nos vemos depois – se despede

- Como assim? Você não vai jantar conosco? – pergunto sem entender, já que o combinado era jantarmos juntos

- Não posso, tenho uma reunião importante que surgiu de última hora. Aproveitem a noite pombinhas – pisca pra gente – E Dayane... vê se toma alguma atitude minha filha, minha irmã tá quase subindo pelas paredes

Ele se despede de nós duas com um beijo na testa de cada uma e se vai. Sinto minhas bochechas arderem quando Dayane me encara com o olhar de "eu sei do que vocês estavam falando", mas não comenta nada sobre o assunto.

– Vamos? Eu estou faminta e a nossa noite está só começando – Não sei se é pelo assunto que abordei com meu irmão, mas sinto um leve tom de malícia em sua voz

– Vamos, eu também estou. E também estou ansiosa para o resto da noite – Uso o mesmo tom que ela e dou uma piscadinha, que ela responde com um sorrisinho malicioso.

Não falamos mais nada, apenas damos as mãos e vamos em direção a saída da pousada. É, eu realmente espero que essa noite só esteja começando e que ela termine da melhor forma possível...

______________________________________

Oiê, como estamos?

Cometem bastante que eu volto com o próximo

As coisas estão começando a ficar interessantes...

(não) Te amo Onde histórias criam vida. Descubra agora