Predestinados (JADRÉ)

Los Angeles

POV - PAULO ANDRÉ

Desde que retornamos de viagem nossa vida estava agitada. Tanto no trabalho como na vida pessoal. Jade precisou dobrar seu horário de trabalho e eu triplicar depois que o Pazinho teve alta. Ambos acumulamos várias entregas e reuniões pra poder ter nossa mini férias no paraíso e quase não estamos conseguindo nos ver por conta disso. Mesmo falando todo dia com ela por telefone, estava sentindo sua falta.

Meu filho melhorou bastante e continuou o tratamento com medicamentos em casa. Ainda ficou cansado por alguns dias enquanto o pulmão ainda se recuperava, porém não teve mais febre e a tosse cessou de vez. Meus pais prolongaram o tempo em SP pra me ajudar com ele enquanto dividia minha atenção entre trabalhar e ficar com o Pazinho.

Hoje é um daqueles dias que tenho uma reunião atrás da outra. Estava em meu escritório e não consegui parar um minuto, nem mesmo pra comer. O projeto da instituição está a todo vapor e fechei parcerias importantes hoje. Uma delas não estava nem acreditando. A Nike é uma das patrocinadoras. Quando sonhei com isso, jamais imaginei que se tornaria algo tão grande e fico feliz por esta alcançado muito além do que desejei. No Domingo vou viajar até Los Angeles pra gravar um comercial e fotografar. A Nike é parceira dos campeonatos e como sou o embaixador da marca, eles me convidaram pra uma campanha. Vou passar uma semana fora e estou ansioso demais pra realizar esse trabalho.

Assim que terminei todos os compromissos do dia fui direto pra casa da Jade. Desde que retornamos das Maldivas nossa vida estava uma loucura e queríamos nos curtir um pouquinho antes da minha viagem a trabalho. Estou ansioso pra passarmos a noite juntos. Entrei em seu apartamento direto. Agora tenho a chave, assim como ela também tem a minha. Assim que entrei, vi ela saindo do seu quarto com o cabelo molhado.

PA: "Nunca fiquei tão feliz em ver você" - Dei um abraço e um selinho demorado em sua boca. - "Amo o meu trabalho, mas hoje tudo que queria era vir pra casa."

J: "Nem me fala, tô exausta." - Disse caminhando até a sala pra sentar no sofá. Seus pés estavam inchados. Ela disse que ficou em pé o dia todo e por isso estavam assim.

PA: "Já que vou ficar uma semana fora, decidi levar meu pai comigo, pra gente tentar ver os atletas se preparando pra competição, matar a saudade dessa energia que amamos." - Sentei e puxei seus pés, colocando-os em cima da minha coxa pra fazer uma massagem.

J: "É muito linda essa parceria que vocês têm pelo esporte, o amor... Meu pai precisa conhecer o seu, eles vão se dar super bem. Já contei que meu pai já foi atleta?" - Concordei que sim. - "É muito louco isso, as nossas coincidências. Até o nome dos nossos pais é igual."

PA: "Sim, é louco mesmo. As vezes me assusto com nossa conexão." - Ela fechou os olhos quando apertei um ponto de pressão em seus pés e soltou um suspiro quando aliviou aquela tensão. - "Precisa ir ao médico, seu corpo retém muito líquido... Sei lá, isso não deve ser normal."

J: "É um probleminha nos rins. Já fiquei internada por isso e toda vez que fico sobrecarregada acontece de inchar." - Deu de ombros. Sempre fico preocupado com esses inchaços que ela tem.

Jade pediu jantar pra gente pelo aplicativo. Nós dois estávamos cansados demais e com preguiça de fazer algo. Pedimos panqueca vegana pra ela e de carne moída com bacon pra mim. Quando chegou, comemos rapidamente de tanta fome. Deja e eu ficamos conversando na sala e depois decidimos ir pro quarto assistir algum documentário. Ficamos deitados abraçados na cama, e fiquei fazendo cafuné em sua cabeça. Pensei bastante se contava pra ela ou não que a Luiza também vai participar dessa gravação, não queria pesar o clima na nossa noite, mas achei que seria melhor contar do que ela descobrir depois de uma outra forma e além disso não há nada demais pra mim dela ir ou não.

PA: "Preciso contar algo." - Disse com a voz séria fazendo com que ela virasse seu rosto me encarando. - "Não vai ficar pilhada com isso, mas a Luiza também vai esta nessa viagem."

Ela respirou fundo e sentou na cama. Escorou sua costa na cabeceira e cruzou os braços. Dá vontade de rir quando ela fica enciumada, porém tenho medo dela ficar com raiva e fico me segurando.

J: "Ela vai pra treinar ou vocês vão fazer a campanha juntos?" - Sentei ao seu lado e coloquei minha mão em sua coxa.

PA: "Os dois." - Ela tentou agir com indiferença a minha resposta, mas ela é expressiva demais com o olhar e percebi sua intenção. - "Não fica assim, é trabalho e vamos participar da mesma campanha só que não vamos aparecer juntos, ela vai gravar a parte dela e eu a minha."

J: "Eu sei que é trabalho, eu só..." - Não completou e então não resisti e a olhei com um sorriso de canto.

PA: "Tá com ciúmes" - Completei sorrindo.

J: "Para de se achar PA" - Ela revirou os olhos.

PA: "Mas você tá mesmo" - Provoquei. - "Tá com ciúme, pega na mão e assume." - Ela tacou um travesseiro em mim com um sorriso no rosto. Pelo menos ela não tá com raiva.

J: "Seu idiota!" - Revirou os olhos novamente.

PA: "Mas tu tá, e muito hein." - Abracei colocando minha cabeça em sua barriga.

J: "Confio em você, só não gostei dela. Mas fazer o quê, é trabalho." - Soltou um suspiro.

PA: "Vamos esquecer tudo isso agora e aproveitar nossa noite."

A puxei mais pra baixo fazendo com que nossas bocas ficassem próximas e dei um beijo calmo e demorado. Nossas mãos logo começaram a passear pelo corpo um do outro tocando em nossos pontos mais sensíveis, arrancando gemidos baixos. Ela só parava de me beijar pra recuperar o fôlego e logo continuávamos. Nossos beijos foram se tornando mais intensos, não queria desgrudar daqueles pequenos lábios macios e delicados. Desci minhas mãos por seu corpo sentindo ela ficando arrepiada com meus toques e então introduzi meus dedos lentamente arrancando um gemido baixo seu. Amo sentir o quanto ela é macia e apertada, fiquei ainda mais excitado com seus gemidos tímidos. Ela Colocou suas mãos no meu membro e ficamos ali trocando aquelas carícias ao mesmo tempo e enquanto nos beijávamos, até que não resistimos mais e tomei o seu corpo. Estávamos fervendo de desejo um pelo outro e fizemos um amor mais selvagem, suas pernas estavam em volta da minha cintura e meu ritmo era forte, mas sem perder a troca de carinho que sempre temos. Senti seu corpo estremecer ao ser invadido por um orgasmo intenso e libertador. Eu a deitei em meu peito e ficamos trocando carinho. Amo sentir o seu corpo colado ao meu. Seu calor, sua pele macia, seus toques. Amo essa mulher. Ficamos deitados ali conversando até cairmos no sono.

...

Cheguei há três dias em Los Angeles e ainda é surreal pra mim estar aqui. Amo esse lugar. Já vim algumas vezes para competir, porém mesmo assim a sensação parece sempre como se fosse a primeira vez. As praias, os bairros mais afastados do centro com características de diversas culturas como a mexicana e até coreanas, as árvores e arbustos de tamanho médio também dão um certo charme. Além de ser a terra das celebridades. É impossível está ali e não esbarrar com pelo menos um famoso.