Sinais

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Tomei um longo banho para tirar qualquer vestígio daquele terrível dia. A pressão na minha cabeça era enlouquecedora. Não dormia a mais de vinte e quatro horas. Estava exausto, mas não conseguiria dormir sem antes ter certeza de que ela esta bem. Estava com raiva de mim por não ter conseguido enxergar todos os sinais de que aquilo poderia ser uma armação dele, de que estava mentindo. Quando a médica disse que ela estava dopada, senti como se o chão abrisse debaixo dos meus pés. A culpa tomou conta de mim com ainda mais força. Precisava saber como ela esta, então mandei mensagem para o Leo perguntando sobre ela. Demorou um pouco mais de uma hora para ele responder e aquele intervalo de tempo foi o suficiente para fazer com que eu criasse milhões de teorias na minha cabeça. Estava prestes a retornar ao hospital quando vi a notificação dele surgir na tela do meu celular.



📲 Whatsapp On:

Leo, boa noite!

A Deja já acordou? Ela está bem?

Estou preocupado.

07:15 PM


Leeeeooo

Por favor, me dá notícias

07:50 PM


Estou indo para o hospital

08:20 PM


Oi, PA

Só vi as mensagens agora

Ela recebeu alta

Está bem

Eu tô no meu apartamento, vem aqui!

08:30 PM


Tô indo aí

08:32 PM


📲 Whatsapp Off



Fiquei aliviado ao saber que ela já estava em casa, foi como se um peso enorme tivesse saído das minhas costas. Tirei a chave da ignição e sai do carro. Estava com tanta pressa de chegar logo ao apartamento dele para ter mais notícias que acabei subindo a passos largos pela escada. Ao chegar no andar onde ele mora, encarei a porta do apartamento da Jade tentando controlar a vontade imensa que estava sentindo de ir vê-la pessoalmente. Toquei a campainha e rapidamente o Leo abriu a porta.


L: "Eaí, mano! Entra aí..." – Ele deu passagem e entrei indo em direção a sala. Leo sentou no sofá e pediu para que eu ficasse a vontade. – "PA, desculpa por ter mandando você ir embora daquele jeito. Eu só estava pensando naquele momento no que era melhor para a Jade... E se vocês tinham brigado, achei que ela não ia querer vê-lo assim que acordasse, mas quero agradecer por ter cuidado da minha irmã e a levado até lá."

PA: "Tá tudo bem, Leo!" – A última coisa que estava me importando naquele momento era comigo. – "O que a Dra. Carla disse? Ela consentiu para que a médica a examinasse?"

L: "Sim, ela fez o exame... É sobre isso que quero falar." – Senti meu sangue esquentar. Naquele momento, passou pela minha cabeça mais uma vez as piores possibilidades.

Predestinados (JADRÉ)Onde histórias criam vida. Descubra agora