Assumidos?

2.1K 123 36
                                    

Sabe aquela sensação maravilhosa de que está vivendo um sonho? De estar em paz com tudo e todos a sua volta, e de que está genuinamente feliz?! É exatamente assim que estou me sentindo. A noite de ontem foi incrível. A surpresa que ele fez, o pedido, nosso momento de comemoração com os amigos, a forma como ele decorou o quarto, nosso momento juntos na madrugada. Ainda estou em êxtase.

Estava deitada de bruços com a testa colada na do PA e encarando-o dormir serenamente ao meu lado. Sorri ao vê-lo dormindo tão tranquilamente. Dei um beijo na ponta do seu nariz e ele se moveu um pouco na cama e colocou seu braço ao redor da minha cintura mantendo-me perto dele. Coloquei minha mão em seu rosto e fiz carinho em sua bochecha para que não acordasse e permanecesse descansando.

Acabei caindo no sono novamente enquanto acariciava seu rosto e só despertei quando ouvi um som estridente e insistente.

O sono foi tão pesado que levou tempo até entender que o barulho distante que estava ouvindo ecoar por minha mente não era um sonho e sim alguém batendo na porta do quarto.

– "JAAAADEEEE, PAAA!!!" – Abri os olhos lentamente despertando e tentando entender do que se tratava.

A pessoa insistia em bater na porta tentando chamar nossa atenção. Virei na cama ficando de peito pra cima e vi o PA se levantando lentamente e se espreguiçando. Pegou o roupão que estava em uma poltrona e vestiu. Só então percebi que ainda estava nua na cama e puxei o lençol pra me cobrir quando o vi caminhando até a porta.

"Finalmente! Pensei que teria que ir atrás do gerente do hotel e conseguir a chave extra do quarto pra acordar vocês." – Ouvi a voz do João resmungando assim que ele abriu a porta.

Permanecia deitada encarando o teto ainda despertando.

PA: "O que tá acontecendo pra estar nos acordando desse jeito?"

J: "São quase 16:00h!" – Ele disse e imediatamente me sentei na cama. Quase soltei o lençol ao ouvir isso. – "Nosso vôo é daqui a algumas horas, precisamos ir!"

PA: "Tá bom! Deixa a Jade se vestir aí você entra pra arrumarmos as malas." – Ele pediu e então o João saiu.

Droga! Levantamos mais tarde do que gostaríamos. Nem se quer iríamos conseguir aproveitar mais nada. Nem a praia, piscina ou curtir mais um pouco com nossos amigos.

J: "Nos empolgamos demais à noite e acabamos perdendo nosso último dia aqui." – Levantei da cama tentando arrumar meu cabelo que estava todo emaranhado por dormir com ele molhado.

PA: "Mas valeu a pena." – Ele disse se aproximando e me puxou para os seus braços pra um beijo.

J: "Meu cabelo está um caos e por sua culpa." – Reclamei manhosa.

PA: "Tá parecendo um leãozinho."

J: "Paaaraaa PAAAA!" – Dei uma leve tapa em seu peito e ele soltou uma gargalhada.

Fiz um coque pra pender aqueles fios teimosos.

J: "Me dá o seu roupão." – Pedi e ele franziu a testa. – "Vou com ele até o meu quarto. Tô com preguiça de colocar o vestido que vim pra cá ontem e preciso ir arrumar minhas coisas." – Ele fez charme dizendo que não e tive que insistir um pouco até o PA finalmente me entregar. Dei um beijo nele antes de sair.

– "A noite foi muito boa hein cunhadinha..." – João disse sorrindo assim que me viu sair do quarto de roupão, sem maquiagem, com o cabelo bagunçado em um coque e minhas peças de roupas nas mãos.

Predestinados (JADRÉ)Onde histórias criam vida. Descubra agora