À flor da pele

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Tudo na minha frente era como um grande borrão, não conseguia ver nada com clareza. Estava completamente tomado pela raiva, estava sendo consumido por ela. Jade chamava por mim, mas nada que ela ou qualquer pessoa falasse naquele momento seria capaz de me parar. Estava completamente fora de mim, naquele momento as minhas emoções superavam a razão. Senti o meu sangue ferver em um nível que jamais imaginei sentir quando ela falou que ele a trancou naquela sala. Ele a coagiu, a assediou.

Nicholas estava conversando e rindo como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse feito nada de errado. Meu estômago revirou só de pensar que há poucos minutos estava sentado ali tomando vinho com aquele canalha. Atravessei o jardim como uma bala na direção dele. Fechei o punho com muita fúria e soquei seu rosto com força fazendo com que ele caísse do banco. A taça que ele segurava caiu da sua mão e se despedaçou em vários pedaços na grama fria. Ouvi gritos atrás de mim, mas os ignorei completamente.

Abri e fechei meu punho tentando amenizar a dor que se formou naquele local após socar a cara dele.

N: "O que você acha que tá fazendo, seu louco?" – Ele questionou colocando a mão em seu rosto.

Coloquei minhas mãos na gola da sua camisa e o puxei com força fazendo-o ficar em pé novamente. O encarei com ódio em meu olhar.

PA: "Você sabe muito bem o que fez seu desgraçado." – Fechei meu punho outra vez e dei mais socos em seu rosto.

Nicholas me chutou tentando revidar e senti mãos em meus braços se esforçando para me afastar dele.

J: "PAAA... PAAARAA, POR FAVOR!" – Jade suplicou.

Joguei o Nicholas no chão novamente fazendo com que ele batesse a cabeça em um pedaço de madeira. Empurrei o Leonardo e o Pedro pra longe de mim quando ambos colocaram as mãos em meus braços. Atirei-me em cima do Nicholas e continuei a socar o seu rosto. Vi um pouco de sangue começar a escorregar por seu nariz e boca, mas simplesmente não conseguia parar, estava completamente tomado pela raiva e não conseguia medir naquele momento o tamanho da minha ira. As palavras ditas pela Jade perturbavam a minha mente. Ele a beijou, contra a sua vontade e a trancou dentro daquele cômodo. Sua atitude repulsiva me cegou, não queria fazer nada além de me vingar pela atitude nojenta que ele teve como a minha Deja, a mulher que eu amo.

PA: "Isso é pra você aprender a nunca mais encostar na minha mulher." – Esmurrei com tanta força que senti seu rosto estalar.

Pedro e o Leo me arrancaram de cima dele e jogaram-me para longe.

L: "O que deu em você?" – Leo perguntou com a voz alterada.

Pedro o ajudava a me segurar e Cintia correu até o Nicholas.

J: "PA, por favor, se acalma." – Jade pediu colocando suas mãos em mim.

Afastei meu rosto impedindo seus toques.

Olhei para o seu irmão.

PA: "Sabe o que esse canalha fez?" – Leo me encarou franzindo o cenho. – "Ele assediou a Jade... Trancou ela na adega e a beijou sem consentimento."

Ele retirou as mãos de mim e pulou contra o pescoço do Nicholas.

L: "Seu filho da puta, desgraçado do caralho..." – Leonardo fechou o punho e surrou o rosto dele mais uma vez.

J: "Leonardo, para... para... PARA, POR FAVOR!" – Jade pediu desesperadamente com lágrimas em seus olhos. Ela, Pedro e Cintia arrancaram o seu irmão de cima dele.

Predestinados (JADRÉ)Onde histórias criam vida. Descubra agora