Comemorações

1.9K 100 34
                                    


A minha noite estava cada vez melhor. A sensação de realizar sonhos, conquistar passos cada vez maiores é simplesmente maravilhoso. Nina e eu trabalhamos duro todos os dias pra entregar o nosso melhor em cada projeto e ver mais um sendo executado com perfeição e o quanto cada um elogiou me deixou orgulhosa de nós duas.

Depois do nosso jantar no Paris 6 decidimos ir pra uma balada onde o Pedro Sampaio estava se apresentando hoje. Como sempre, a energia dele é surreal. A apresentação do Pedro Sampaio foi incrível, ele consegue deixar qualquer pessoa ainda mais animada com as suas músicas.

Assim que ele finalizou fomos pro Galleria pra aproveitar o restante da noite.

Nos acomodamos em um dos camarotes pra ficarmos mais a vontade e Leo surgiu com shots de vodka pura.

Não demorou muito pra Nina ser abatida, ela é fraca para bebidas, mas não tem quem faça ir pra casa. Nina sempre fica sentada até se recuperar e então retorna pra curtir mais. Eslô já estava em outra dimensão de tão bêbada e mesmo assim não parava um segundo de dançar. Laís estava dançando muito engraçado depois de tomar seis shots seguidos de vodka, sem dúvidas ela vai ter uma ressaca das brabas amanhã. Perdi até as contas de quantas mulheres o Eli ficou essa noite. Brunna seguia firme curtindo cada música desde quando chegou.

Senti alguém me abraçando por trás e sabia que não era o PA, aquele corpo era pequeno demais pra ser o dele. Inclinei minha cabeça um pouco pro lado tentando ver quem era.

"Amiga, eu não tô bem... Acho que bebi demais." – Bárbara disse com um pouco de dificuldade. Havia deixado ela sentada com a Nina pra que recuperasse o mínimo de dignidade.

Virei-me um pouco e coloquei o braço dela por trás do meu pescoço pra tentar levá-la até o banheiro.

J: "Eu disse pra você não tomar vodka pura. É forte demais!"

B: "Tava tão bom amiga... o drink da alegria." – Ela quase vomitou depois de dizer isso. – "Acho que tô um pouco enjoada."

Com um pouco de dificuldade consegui chegar ao banheiro com ela. Abri uma das torneiras da pia e umedeci um pouco do seu rosto e sua nuca.

B: "Me lembra de nunca mais beber isso na vida." – Ela disse após colocar praticamente tudo que comeu e bebeu pra fora. – "Eu acho que preciso dormir amiga."

J: "Vou pedir pro PA levar você pro hotel." – Disse e entreguei alguns lenços de papel pra que ela pudesse limpar a boca.

B: "Nãoooo!" – Ela exclamou como uma garotinha mimada. – "Eu quero ficar aqui... Só preciso de um lugar pra deitar."

J: "Amiga, cê tá precisando é de uma cama macia."

B: "Não tem graça, quero continuar aqui." – Ela pediu e jogou os lenços na lixeira. – "Só preciso de uma bala de menta pra tirar esse gosto horrível da boca."

Tentei convencê-la a ir embora, mas ela insistia em ficar. Deixei ela deitada em um sofá ao lado da Nina e dei alguns bombons de menta a ela. Cobri a Bárbara com o meu casaco e não demorou muito pra ela cair no sono mesmo com todo aquele barulho no Galleria.

J: "Nina, precisa de alguma coisa?" – Perguntei ao vê-la despertando no sofá.

Não consegui conter o riso com a cara emburrada dela.

N: "Minha cabeça tá doendo." – Ela disse ajeitando sua postura no sofá. – "Quero um pouco de água pra voltar pra pista."

J: "Você tá com uma cara péssima." – Gargalhei e ela revirou os olhos.

Predestinados (JADRÉ)Onde histórias criam vida. Descubra agora