Capítulo um - Acordo

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Milão, capital de Lombardia - Itália

Setembro, segunda feira (6), 2021 - 8:06 A.M

Roseanne Park

Bato os dedos freneticamente no volante enquanto olho para o semáforo com o sinal vermelho impaciente. Estou atrasada para o meu trabalho na Royal School Schubert Music em plena segunda-feira.

Sou professora de canto e de instrumentos musicais como: piano e violão, para crianças há dois anos. Amo o que faço, tenho muito orgulho da minha profissão, mesmo meu pai odiando-a com todas as suas forças.

Meu pai, Park Dong-Yul, é um dos deputados mais famosos e respeitados de toda a Itália. Ele não aceita que a sua única filha é professora de música e muito menos que trabalha em um dos bairros mais humildes de Milão. Para ele, eu deveria ser advogada ou uma deputada assim como ele é.

Sempre tive muito contato com a música desde pequena. Minha mãe e eu sempre gostávamos de escutar vários estilos musicais, principalmente as clássicas.

Foi nesses momentos que descobri o amor pelo violão e piano. Minha mãe, Haneul, sempre apoiou as minhas decisões. Ela é um anjo na minha vida. Sem ela, os meus dias seriam um inferno naquela casa.

Finalmente o sinal se abre e dou graças a Dio pelo trânsito de Milão estar tranquilo o suficiente para chegar antes do prazo de 15 minutos de atraso.

Chego no estacionamento da Royal saindo do meu carro, um Hyundai preto, às pressas, tentando não deixar os meus materiais caírem. Na entrada, cumprimento algumas mães e subo a escada que leva ao corredor onde minha turma está.

Logo no começo da escada, já estava ouvindo as vozes dos meus alunos. Eles são bem agitados de manhã, mas sei de uma forma para acalmá-los: Música, sempre funciona.

Bato na porta trazendo a atenção dos meus alunos e de Alice, minha amiga e também professora da Royal, para mim.

— Boungiorno, meus pequenos. — digo sorrindo para meus alunos que já abrem os sorrisos que eu amo ver de manhã.

— Buongiorno, professora Rosie! — dizem gritando, assustando Alice.

Tento não rir do rosto assustado de minha amiga, mordendo o lábio. Pode passar o tempo que for, mas Alice nunca vai se acostumar com a agitação dos meus alunos.

— Obrigada por ter ficado com eles, Alice.

— De nada, Rosie. Você sabe que se precisar é só me chamar. — ela me joga uma piscada.

Reviro os olhos achando graça na situação, ela não toma jeito.

— Tchau, piccolos. Até a hora do recreio.

— Tchau, tia Ali. — dizem juntos com a mesma animação de sempre.

Ela sorri e passa pela porta acenando.

— Bom, pequenos, hoje vamos nos divertir e tocar bastante, mas antes quero ver a atividade que passei na semana passada. — digo andando até a minha mesa, deixando todos os meus materiais.

— Que atividade? Eu não me lembro, professora. — Filippo me diz, olhando confuso para seus amigos, Fanny e Ji-Hoon.

— A atividade sobre as músicas que mais gostamos de escutar, Lippo. — responde Ji-Hoon.

Almost Perfect Crime | • Chaelisa (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora