Almost Perfect Crime | • Chaelisa (G!P)

Capítulo nove - Arrependimento

Aosta, capital de Vale de Aosta – Itália

Setembro, segunda-feira (20), 2021 – 11 A.M

Lalisa Manoban

— As famílias estão a caminho, chefe.

— Estão todos em segurança, Cooper?

— Sim, senhora. Em uma hora todas as famílias das vítimas estarão na MM.

— Confio em você e em seu quartel para que isso seja feito, não me decepcione.

— Não iremos te decepcionar.

— Certo. Até mais.

— Até, chefe.

Desligo o telefone aliviada.

Depois do sequestro, as famílias das vítimas acabaram ficando com os móveis e objetos destruídos por aqueles vermes. Então a MM pagou um hotel para que todos pudessem dormir confortáveis, até arrumarmos tudo para que pudessem ficar aqui por algum tempo. Pelo menos até as casas estarem mobilhadas novamente.

Desde aquele dia, pedi para Jennie redobrar a segurança das outras famílias dos membros da MM e que Cooper procurasse por pistas nas casas e descobrisse o nome da empresa dos carros, para que pudéssemos rastreá-los e ver o ponto de desembarque.

Eu não sei do que o Park é capaz, então é melhor estarmos preparados para tudo.

Park. A minha vontade de matá-lo só aumenta a cada dia.

Esse desgraçado foi bem mais corajoso do que qualquer inimigo meu. Ele me desafiou, pegou elas como se fossem lixo, enquanto estava fora em uma missão. Ele vai pagar.

Só de imaginar que ele deve estar sofrendo de preocupação por conta da filha, me dá vontade de sorrir. Quero que ele sofra de alguma forma, é o mínimo que eu posso fazer, já que não posso matá-lo agora.

Desde o dia em que Roseanne foi pega por mim, anúncios de desaparecimento, folhetos e até mesmo uma boa recompensa para quem achá-la foram espalhadas por Milão. Sem contar que, provavelmente, os aliados de tráfico dele devem estar procurando a princesinha perdida.

Até o momento, isso não me incomoda, mas a partir do momento em que isso trazer problemas para o meu plano, vou precisar fazer algo para abafar as buscas.

— Lisa, precisamos ir. Jisoo e eu estamos te esperando na sala de estar. — Jennie diz do lado de fora do meu escritório.

— Estou descendo.

Com as famílias chegando, vou recebê-las pessoalmente e conversar um pouco para ver se consigo mais informações. Já faz mais de uma semana e nada.

Cada dia que passa me sinto mais irritada, angustiada e inútil. Minha mãe e aquelas mulheres precisam de ajuda e até agora não pude achar elas, não consegui. Doí só de pensar o que estão passando nesse momento por conta da minha demora. Queria que ela estivesse aqui me enchendo o saco de novo. O que eu daria para ela estar longe daquele lugar? A resposta seria: Tudo.

Levanto da cadeira, vestindo o meu sobre tudo azul-escuro e saio da sala e a tranco.

Desço as escadas vendo as meninas sentadas no sofá.

— Pensei que ia morar naquele escritório. — Jennie se levanta do sofá.

Prefiro não responder as provocações dela, não estou no clima hoje.

— Já chegaram? — pergunto me referindo sobre as famílias.

— Ainda não, mas é melhor irmos para o portão B agora.