Capítulo dezesseis - Massagem

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Aosta, capital de Vale de Aosta – Itália

Setembro, quarta-feira (29), 2021 – 5 P.M

Lalisa Manoban

Estou esperando Jennie e Jisoo no meu escritório para conversamos sobre o dia do velório de Roseanne.

Não pude conversar com as duas sobre esse dia por conta dos treinos de Park e também por causa das famílias das vítimas estarem aqui. Com essas coisas, nem conseguimos nos ver direito.

Tive que redobrar a segurança para que ninguém chegue perto das armas e drogas. Não quero nem imaginar se uma criança se machucar com alguma arma ou engolir uma pedra de alguma droga, seria um desastre.

Claro que estou monitorando o tratamento que os soldados estão tendo com eles. Dei ordens claras para Jennie que era para tratá-los da melhor forma possível, até eles voltarem para suas casas. Parece que ela passou muito bem essa ordem.

Todos já sofreram demais, já tiveram muitos traumas, não faz sentido serem mal tratados. Precisamos estar unidos nessa situação, eles são da famiglia e a famiglia cuida dos seus.

Infelizmente, ninguém sabe sobre nada. Nenhuma pista ou alguma coisa que aqueles desgraçados falaram antes de sequestrarem o meu pessoal. Devo admitir que foram espertos, espertos até demais.

Minha cabeça parece querer explodir a todo momento. Não sei quantas vezes tive que tomar remédio para dor de cabeça nessas últimas três semanas.

Os sequestros, as famílias, meu pai, o conselho e a Park. São muitas coisas para me preocupar ao mesmo tempo, mas esse é o preço que se paga por estar no poder.

E esse preço é muito alto quando se trata de Park. Nunca pensei que tivesse que cuidar de alguém tão irresponsável quanto Roseanne. Depois do dia que peguei ela quase quebrando a sua mão, tive que falar com Jennie e Jisoo sobre isso.

Elas aumentaram o tempo dos treinos como forma de punição e é por isso que ficam até mais tarde na minha casa.

Eu prefiro não me meter na forma que deram essa punição, já que no desafio eu deixei bem nítido que era para as duas fazerem os treinos dela juntas, mas confesso que fiquei com um pouco de pena da Park, tanto que passei a observar discretamente durante os treinos. Eu faço isso de vez em quando, só para ver se ela está bem mesmo.

Quando ela disse que estava fazendo treinos extras apenas para provar que queria ajudar a MM com a sua melhoria, eu fiquei surpresa.

Foi a forma mais burra e inconsequente? Talvez, mas os seus motivos foram bons. Ela quer ajudar. Mesmo depois de tudo o que eu fiz, ela quer tentar ajudar o meu pessoal.

Com toda a certeza ela quer ter a sua vida de volta e deve ser uma das suas motivações para querer entrar na turma de recrutas, mas isso é compreensível.

Estou pensando seriamente em deixar ela ganhar no desafio. Isso vai depender da forma que ela for lutar, é óbvio, porém o que eu pude ver naquele dia, o seu soco e concentração estavam bons.

Nunca vou admitir isso em voz alta, mas Roseanne é determinada. Mesmo não pensando nas consequências e agindo por impulso, ela sabe o que quer.

Escuto batidas na porta e arrumo a minha postura, pedindo para a pessoa entrar. Deve ser Jennie e Jisoo.

— Finalmente vamos poder conversar sobre aquele dia do velório. Tenho informação fresca, então temos que agir o mais rápido possível. — digo sem olhar para elas.

A sala fica em silêncio total. Eu esperei alguma piadinha ou alguma observação das duas, mas nada veio. Isso é estranho.

Minha mão vai em encontro com a pistola colada de baixo da mesa, onde só eu tenho a visão dela.

Almost Perfect Crime | • Chaelisa (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora