Capítulo dez - Por Trás da Máscara

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Aosta, capital de Vale de Aosta – Itália

Setembro, segunda-feira (20), 2021 – 6:45 P.M

Roseanne Park

Um cheiro maravilhoso de comida me fez abrir os olhos rapidamente. Estou com tanta fome que sou capaz de comer uma galinha inteira. O meu corpo está fraco e um pouco dolorido, me fazendo soltar um gemido baixo de dor.

Me sento devagar no sofá e percebo que estou na sala. Tento me lembrar do que aconteceu, mas só me lembro de ter saído da cama para abrir a porta para a Lalisa e mais nada.

Ela realmente me pediu desculpas ou foi imaginação da minha cabeça?

Claro que ela é uma pessoa extremamente fria e cruel, principalmente naquele dia que descobri toda a verdade sobre o meu pai e o motivo do meu sequestro, mas quando ela me disse aquele pedido de desculpas, com a voz sincera e arrependida, senti que deveria escutar o que ela iria dizer e poderíamos, finalmente, conversar sobre tudo isso que me faz ter nojo do meu próprio pai.

Depois de ter me acalmado da minha crise de choro quando havia saído do escritório de Lalisa, passei a noite inteira lendo as informações que ela tinha me dado.

Golpes, dinheiro de obras transferido para a conta do meu pai, inúmeros raptos de mulheres mandados por ele, alianças com os piores traficantes de mulheres e muitas outras coisas horríveis. Coisas que eu nunca pensei que ele faria um dia.

O que me deixou mais aliviada foi não ver nada relacionado a minha mãe. Não aguentaria ver a pessoa que sempre me apoiou em tudo no meio desses crimes. Mas isso não significa que ela não saiba de nada, eu só poderia saber a verdade se pudesse conversar com ela, o que não vai ser possível fazer tão cedo.

Sinto nojo do meu pai. Nojo de ter convivido com uma pessoa dessas e nunca ter percebido nada do que aquele monstro fez.

Eu fiquei pensando sobre tudo, tentando me conformar com a verdade. Me senti muito mal, eu ainda tinha esperança de nada disso ter sido culpa dele, mas como poderia pensar desse jeito com as provas na minha mão?

Passei ficar sem fome e não queria sair da cama por nada, queria ficar sozinha no meu mundinho por alguns dias, só não percebi o quão mal isso fez para o meu corpo até agora.

Assim que coloco o pé no chão para seguir o cheiro maravilhoso da comida de Jihyo, me assusto com a mesma gritando: — Nem pense em sair desse sofá, mocinha! — aponta uma colher de pau para mim. — Estou fazendo uma refeição que vai te fazer melhorar mais rápido, mas agora você vai precisar tomar as vitaminas que o doutor passou.

— Vitaminas? Doutor? Por quanto tempo eu fiquei desacordada? — a olho surpresa.

— Não foi por muito tempo, não faz nem uma hora. Vou pegar as vitaminas e dar uma olhada nas panelas, já volto. — vai para a cozinha e volta logo em seguida com alguns frascos de vitamina e um papel.

— Pra que tudo isso? Não era só uma que eu iria tomar?

— Sim é só uma, mas não sei qual delas era para dar assim que você acordasse. — me olha envergonhada. — Pode ver na receita, por favor?

Almost Perfect Crime | • Chaelisa (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora