Aosta, capital de Vale de Aosta – Itália
Setembro, sábado (11), 2021 – 10 A.M
Roseanne Park
Fecho os meus olhos com força por conta da luz clara em meu rosto. O que aconteceu? Onde eu estou?
Minha cabeça lateja de dor e me vejo obrigada a respirar fundo.
Tudo o que me lembro são os olhos risonhos daquela mulher, que eu espero ter sido apenas um pesadelo por conta do filme de terror que estava assistindo.
Calma, Roseanne, se calme. Assim que você acordar na sua sala, na sua casa, com a sua família, você vai rir disso tudo ainda. Aquilo não pode ser real... Não é?
Quando abro totalmente os meus olhos, vejo que estou amarrada em uma cadeira de ferro, bem desconfortável. Estou em uma sala escura, o que não me deixa observar melhor a sala. A única coisa que posso ver é essa luz irritante sobre mim.
Minha ficha parece cair aos poucos e percebo que não foi um pesadelo, foi tudo real.
Invadiram a minha casa, quebraram tudo, fui drogada e sequestrada. Mas por quê?
Tento me mexer, mas é em vão. Estou imóvel.
Minha cabeça começa a latejar mais forte e sinto o meu coração acelerar.
— Tem alguém aí? — sem resposta. — Por favor, me solte!
Como se isso fosse adiantar alguma coisa... Devem estar rindo de mim agora, sinceramente, Roseanne! Mas preciso tentar fazer alguma coisa.
— Socorro, socorro, socorro! — tento me mexer para fazer barulho.
Não sei a quanto tempo estou esperneando, mas consigo ouvir passos se aproximando de mim.
— Dá para você calar a boca, caralho?!
Essa voz, esse tom... É ela!
Ela está nas sombras, então não posso ver o seu rosto, mas é a mesma voz daquela mulher demoníaca, nunca esqueceria dessa voz.
— Olha, eu não sei quem é você e o porquê de ter me trazido para cá, mas foi um mal entendido e-
Ela me interrompe.
— Mal entendido? — ela ri sem humor. — Pare de se fazer de inocente e fale tudo, a não ser que você queira morrer.
Me fazer de inocente? Falar tudo? O que isso quer dizer, meu Dio?
— Eu não sei do que está falando, moça, eu juro.
— Vamos refrescar a sua memória, minha antinha. — seu tom de voz mudou, está mais grosso, mais ameaçador. — Máfia Manoban.
Assim que escuto sobre a Máfia Manoban, eu congelo.
Todo mundo sabe que essa Máfia é a mais cruel da Itália, se não a do mundo! Ela domina todo o território italiano e ninguém seria louco o suficiente de se meter com essa Máfia.
Ela é comandada pela versão mulher de Abaddon, dizem que seus olhos são mais assustadores do que o próprio anjo caído.
A mídia nunca a viu, não possui uma foto na internet e nem nada parecido. Dizem que ela prefere estar nas sombras observando tudo e todos com a sua alta tecnologia.
Nada passa despercebido por ela, pela Máfia Manoban.
Mas por que ela mencionou a maior máfia da Itália? Espera, será que...
Não pode ser!
Engulo seco e minha respiração começa a ficar pesada. Se ela fazer parte da Máfia Manoban, serei morta ainda hoje.
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Almost Perfect Crime | • Chaelisa (G!P)
FanfictionFilha de um deputado famoso na Itália, Roseanne Park é uma professora infantil de música, que ensina a tocar instrumentos como piano e violão em uma escola humilde. Tem uma vida comum: contas para pagar, sonhos e brigas com o pai por conta da sua pr...