Milão, capital de Lombardia – Itália
Novembro, segunda-feira (22), 2021 – 7 P.M
Lalisa Manoban
Acordo sentindo um impacto forte no meu rosto. Tento usar os meus braços para me defender, mas sinto algo me impossibilitando de movê-los. Tento usar as minhas pernas e elas se encontram do mesmo estado que os meus braços, mas posso sentir os meus joelhos em um chão gelado. O que está acontecendo?
Abro os meus olhos sentindo uma dor de cabeça imensa, então os fecho novamente. A última coisa que eu lembro foi de caminhar no meio da chuva logo após a briga com Jennie e Jisoo, na qual eu fui uma babaca por agir daquela forma com as duas.
Jennie e Jisoo sempre me apoiaram em tudo, jamais me abandonaram ou sequer pensaram em me trair, mas eu fiquei tão maluca por ter perdido tudo o que lutei para conquistar assim, em tão pouco tempo. Perder algo que você queria e lutou tanto de uma forma vazia e mentirosa como aquela me fez o meu lado emocional tomar conta de mim. Eu sei que Jisoo não tem culpa deles terem a escolhido como minha substituta e muito menos que Jennie a ajudou tramar algo contra mim, mas na hora não pensei em nada, eu só queria achar um culpado no meio de uma confusão que Mancini e eu causamos.
Me incluo nisso porque foi escolha minha agir sem os soldados da MM. Se eu contasse tudo para a famiglia desde o começo, meu pai não teria sido baleado e muito menos sequestrado. Ainda teríamos chance de combater Mancini e os seus homens se eu parasse de ter tantas desconfianças com o conselho. Talvez, minha mãe estaria a salvo agora e eu não teria perdido o meu império.
Sem contar com o que aconteceu com Roseanne. Jennie estava certa: eu fui uma filha da puta ignorante quebrando o coração dela daquela forma. Eu me arrependo de tudo o que disse, mas agora ela está a salvo. Se eu ficasse na vida dela, Rosé estaria em perigo agora. Mancini não vai usar ela para me atingir e eu sei que, de alguma forma, aquele desgraçado sabe que rompi os laços com ela. Haneul e ela devem estar seguras na casa dos Park e isso me deixa mais tranquila.
Estou sem ninguém agora, mas pelo menos as pessoas que eu amo estão longe da bomba relógio que eu sou. Em qualquer tipo de lugar que eu estiver, Mancini fará questão de me seguir, colocando todos em perigo. O melhor agora é tentar agir nas sombras e descobrir o paradeiro dos meus pais depois que eu sair desse lugar, que não sei onde estou, no caso.
Sinto um calor humano perto de mim, fazendo um movimento brusco como se estivesse pronto para me acertar no rosto de novo. Abro um pouco os olhos e vejo um homem vestindo uma regata, mostrando os seus músculos com tatuagens. Espero ele fazer o movimento do seu soco e desvio o rosto rapidamente, mordendo com vontade o seu braço em seguida. Posso sentir o seu sangue nojento pingar na minha boca. Ele bate na minha cabeça com a sua outra mão para o soltar, mas, em vez disso, coloco mais força na minha mordida. Com ajuda de mais uma pessoa, que segura a minha cabeça, ele se solta, me dando um chute forte nas minhas costelas de imediato. Aperto as minhas mãos com força, sem poder revidar esses golpes. Filho da puta.
De relance, posso observar que estou presa em uma sala média. Não consigo ver muita coisa por conta da pouca luz que há. A única luz que tem aqui, é de uma lâmpada que está acima de mim, a sua luz não é lá essas coisas, mas é o que tem.
— Gosta de apanhar assim, sua canibal? — não respondo e ele puxa o meu queixo em sua direção, sem nenhuma delicadeza. — Não vai responder? — caraca. Que bafo insuportável.
O olho com puro sarcasmo e cuspo o seu próprio sangue que estava na minha boca em sua cara e começo a gargalhar, antes de dizer: — Você chama isso de “apanhar”? Até a minha avó batia mais forte que você, seu franguinho. — arqueio a sobrancelha. — Aliás, você deveria escovar mais a sua boca. Estou vendo a sua língua branca de longe, sem contar no bafo horrível que tem. Se quiser falar merda na minha cara, que escove os dentes antes. Ah, não esqueça o fio dental também se quiser ter uma língua igual a minha. — mostro a minha língua rosada para o grandalhão fracote.
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Almost Perfect Crime | • Chaelisa (G!P)
FanfictionFilha de um deputado famoso na Itália, Roseanne Park é uma professora infantil de música, que ensina a tocar instrumentos como piano e violão em uma escola humilde. Tem uma vida comum: contas para pagar, sonhos e brigas com o pai por conta da sua pr...