Capítulo vinte e quatro - Sentimentos Confusos e Balada

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Aosta, capital de Vale de Aosta — Itália

Outubro, sexta-feira (15), 2021 — 6 A.M

Roseanne Park

— Pode parar por aí. Você não vai a balada nenhuma! É perigoso, Rosé! — Lalisa me corta pela terceira vez nessa manhã.

Faz mais de meia hora que estou tentando convencer a mais velha que não há nada demais em ir na balada com os meus colegas de equipe. A cada palavra que eu falo, Lisa me olha ainda mais incrédula.

— Lisa...

— Já pensou se acontece alguma coisa com você? — cruza os braços.

— Lisa...

— E se alguém te reconhecer? Como você vai fazer? — anda de um lado para o outro.

— Lisa! — grito para ela me escutar.

— O que, cacete?!

— Se acalma, okay? — me levanto da cama e se aproximo dela. — Vai dar tudo certo.

— Mas-

— Eu preciso entrar no “personagem”, certo? Iam achar estranho a novata mudar de opinião assim, de última hora. Ninguém recusa comer e beber de graça. — eu a interrompi dessa vez.

— Alguém pode te reconhecer, Roseanne. — se afasta de mim. — Aqui, na MM, eu consigo controlar a situação, mas em uma balada, cheia de pessoas desconhecidas, é mais complicado. Eu não quero ter que chantagear ninguém para não abrir o bico pro seu pai.

— Quem iria me reconhecer? Mudei de visual, tenho a identidade falsa, sem contar que Wonho e Namjoon vão estar do meu lado a todo momento.

— Nunca se sabe. Eu não quero correr o risco de ver tudo o que eu fiz em vão.

— Tudo o que você fez? — sorrio sem humor. — Tudo o que eu fiz! Até mudar de identidade eu precisei para não ser morta pelo o conselho.

— É exatamente por isso, merda! — grita. — Eu vou estar longe de você, se eles te reconhecerem, você pode ser morta na hora e eu não vou poder fazer nada para te ajudar!

— Não vai acontecer nada, tá? — suspiro fundo. — Eu só vou para manter as aparências.

— Ainda continua sendo a ideia mais burra que já ouvi. Tudo isso para “manter as aparências”?

— Eu quero aproveitar também. — confesso.

— Aproveitar? — ri debochada. — Park Chaeyoung quer se mostrar uma pessoa baladeira, então.

— E qual seria o problema nisso? Passei semanas aqui dentro! Não sei se você percebeu, mas eu também sou uma pessoa que gosta de curtir. Eu quero dançar, esquecer de tudo nem que seja por uma noite!

— O que mais? Você vai beber, dançar e pegar alguém também? Você está sendo irresponsável, Roseanne!

— É por uma noite. Só por uma noite. Eu não vou fazer nada que chame atenção e muito menos pegar pessoas.

—  É mesmo? — pergunta levantando a sobrancelha. Parece que estou conseguindo convencer a fera!

— Claro que sim. — me aproximo novamente e, dessa vez, ela não se afasta. — Você não precisa se preocupar com esse fato.

— E por que, não? Você é uma mulher livre. — coloca as mãos na minha cintura.

— Porque nenhuma pessoa é você. Ninguém é como Lalisa Manoban. — dou beijos curtos em seus lábios, enquanto passo os meus braços ao redor do seu pescoço.

Almost Perfect Crime | • Chaelisa (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora