Capítulo seis - Desespero

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Milão, capital de Lombardia – Itália

Setembro, sexta-feira (10), 2021 – 8 P.M

Park Dong-Yul

Eu e minha esposa chegamos agora no Bella Notte.

Os organizadores fizeram um ótimo trabalho esse ano. Finalmente conseguiram alugar algum lugar digno para um evento como esse.

Nós, os políticos, deputados e senadores, somos de um nível superior, com poder e grande influência no nosso país, merecemos o melhor local possível para nos reunir.

Enganar o povo não é uma tarefa tão fácil como parece, por isso sigo apenas duas coisas que sempre me ajudam a ir bem nas campanhas: Precisa ter uma imagem impecável e, claro, ser um ótimo ator também.

Nem preciso dizer que faço isso muito bem, certo?

— Hoje está muito lotado, Dong. — Haneul diz, observando a multidão presente fora do evento.

Minha esposa está certa. Todos os anos a mídia e os fãs fazem multidões para conseguir nos observar, mas neste ano está muito lotado, nem estou conseguindo passar com o carro direito.

— Vou para o estacionamento particular, lá ninguém vai conseguir entrar sem a autorização dos seguranças, angelo.

Haneul acena com a cabeça e se encosta no banco, cabisbaixa.

Durante todo o caminho ela ficou quieta e pensativa, não gosto de a ver nessa situação.

Tentei animá-la fazendo elogios, conversar sobre o seu plano para o dia das crianças, mas nada adiantou.

— Meu amor, você está se sentindo bem? — pergunto entrando no estacionamento.

— Estou sim. — força um sorriso. — Só estou preocupada atoa. Logo passa, querido.

— Se quiser conversar sobre isso, estou ouvindo com calma.

A ouço suspirar pesadamente.

— Estou com uma dor no peito desde que acordei, é como se algo ruim fosse acontecer.

— Talvez você só esteja cansada, amor. Nada vai acontecer, eu te prometo isso. — estaciono na vaga e desligo o carro. — Vamos se divertir essa noite e tudo isso só não vai passar de um mal estar. — seguro sua mão.

— Você está certo, Dong — me olha, mas logo desvia o olhar. — Tudo não vai passar de um mal estar.

— Então, vamos? Tem uma multidão lá fora esperando para nos ver.

— Para te ver, você quis dizer.

— Acho que não. Você está belíssima hoje, os holofotes vão estar todos em você, angelo. — beijo sua mão.

Vejo suas bochechas ficarem em um tom avermelhado e sorrio com isso. Ela é tão adorável.

— Obrigada, querido. — ela sorri.

— Disponha. — solto a sua mão e saio do carro.

Dou a volta e abro a porta do passageiro, a ajudando a sair do veículo.

Em poucos segundos vejo o garoto que vai cuidar no meu carro se aproximando.

— Boa noite, senhor e senhora Park. — ele se curva.

— Boa noite. — digo junto com minha esposa. — Aqui estão as chaves. Cuide dele muito bem, garoto.

— Pode deixar, senhor. — sorri. — Logo mais a frente os seguranças irão acompanhá-los até a entrada do evento.

Almost Perfect Crime | • Chaelisa (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora