06. maybe... friends?

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CHEGUEI A SALA PRECISA ainda pensando na conversa estranha que tive com um dos bruxos mais famosos do mundo da magia. Fui recebida por um silêncio mortal, os quatro garotos estavam jogados um em cada lado da sala.

— Olá? — uma cabeça levantou, era Remo.

— Olá — ele tentou sorrir — Eles adormeceram de novo.

— Trocaram seus curativos?

— Sim. — ele olhou para o frasco em minhas mãos — O que é isso?

— É para você. Slughorn me deu uma poção para sua dor.

— Você contou a Slughorn?

— Claro que não, eu fingi que eu estava com dor. Mas daí o diretor apareceu e pegou o frasco, quando estávamos caminhando para cá ele me entregou. Nunca tinha notado que o nosso diretor é meio...

— Lunático? — ele levantou as sobrancelhas.

— Exatamente — ri — Bem, toma.

Ele leu o frasco e o abriu, e então seguiu as instruções bebendo apenas metade do frasco. Era um frasco grande e o líquido era verde, não parecia muito saboroso.

— Gostoso? — questionei e ele me encarou.

— A coisa mais horrível que eu já bebi.

Ri um pouco e me sentei ao lado dele, numa poltrona que havia surgido.

— Deu uma olhada nas anotações?

— Sim, você tem uma letra bonita.

— As leu só por isso?

— Em parte — ele sorriu — Mas eu agradeço por trazê-las para mim, vai ser difícil quando eu voltar, mas com isso ficará mais fácil.

— Se quiser, quando melhorar, posso estudar com você.

— Não precisa...

— Não, é sério. Gosto de estudar com companhia, e meus amigos não são exatamente as pessoas mais estudiosas do mundo.

Ele deu um pequeno sorriso.

— Eu adoraria, obrigado.

Olhei em volta, a sala estava uma zona, lençóis para todos os lados, roupas jogadas, parecia que um furacão tinha passado por lá.

— Vocês não invocaram um furacão por aqui não, né? — ele riu.

— Bem, não que eu saiba — ele olhou em volta.

— Vou indo, você parece estar em boas mãos.

— Obrigado, de novo.

— Pare de me agradecer, não foi nada. Foi até divertido ver o professor Slughorn desesperado.

— Ele ficou tão desesperado quanto na vez que James jogou oito ratos no depósito de poções dele?

— OITO?

— Oito. — o olhei desacreditada.

— Ele com certeza não ficou tão desesperado quanto isso.

— Eu imaginei. — ele me encarou, parecia que queria dizer algo mas a voz não saia de sua boca — Os meninos vão pegar as anotações com você, pode ser? Não quero incomodar fazendo você aqui todo dia.

— Eu não me importo...

— Não, sério. Eles pegam, não quero que falte mais aulas ou chegue atrasada por minha causa.

Senti que ele não queria que eu fosse lá de novo, talvez eu estivesse forçando a barra.

— Tudo bem. Vou indo, boa noite.

BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora