41. soulmates

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PARAMOS O CARRO COM força quando chegamos até o destino que Lucy nos guiou. A casa se encaixava no perfil dos pais de Madelyn, era uma casa bruxa clássica e muito luxuosa. O gramado estava tão bem cuidado, como se tivesse sido feito naquela manhã. Uma vez, minha amiga mencionou que o elfo doméstico da casa trabalhava sem parar desde que ela nasceu. Ela tentava falar com ele, mas ele não conversava mais. Antes que ela terminasse de contar a história o professor entrou na sala.

— O que fazemos? — Remus perguntou.

— Gritamos? — James sugeriu.

— Daí os pais dela percebem e estamos ferrados — Peter disse alto.

— Então o que fazemos? — James cruzou os braços.

— Invadimos — Sirius começou a caminhar determinado para a porta, mas eu o agarrei pelo braço.

— Não podemos agir sem pensar, Sirius. Vamos dar um jeito nisso mas sem meter ela em mais problema.

— Ela tá presa, não tem como não se meter em problema depois disso.

Levei minhas mãos às têmporas, e então ouvi uma voz distante de nós.

— Vocês vieram? — as cinco cabeças giraram até o topo da rua, onde vimos Madelyn.

Sirius correu até ela, e fomos atrás. Ela usava uma blusa branca que estava suja de terra e uma calça preta que também não parecia limpa. Os olhos dela estavam vermelhos de tanto chorar, e sorri ao ver o abraço apertado que envolveu ela, assim que Sirius a alcançou.

— Você está bem? — era uma pergunta estúpida, percebi assim que terminei de falar.

— Agora sim. — ela sorriu, ainda no meio do abraço de Sirius.

Senti o braço de Remus em meus ombros, e encostei a cabeça em seu peito. Meus olhos caíram sobre as malas nos pés da minha amiga.

Sabia o que aquilo significava.

— Vamos, está frio — acenei para eles irem até o carro — Vamos para casa.

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Minha mãe tinha dado roupas limpas e preparado um banho quente para Madelyn. A Jones ficou um bom tempo analisando minha casa como se fosse de outro planeta, e eu não consegui não rir.

— Sua mãe é tão legal  — ela disse penteando o cabelo — Obrigada por me deixar ficar aqui.

— Sempre que quiser, Mads. — ela sorriu, ainda meio envergonhada.

— Pensei que dormisse no mesmo quarto que Remus.

— Até parece. Meus irmãos faltaram colocar pedaços de madeira na minha porta para eu não sair á noite.

Ela riu: — Como se Remus fosse quebrar as regras.

— Exatamente — ri e batidas ressoaram na porta.

— Pode entrar? — Sirius já tinha colocado a cabeça para dentro do quarto e usava a mão em frente aos olhos.

— Pode. — dissemos juntas.

— Vim me despedir. Euphemia está doida atrás de mim e James — ele sorriu.

— Nos vemos na estação, então. — eu saí do quarto ao perceber que eles queriam um momento a sós.

BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora