38. back to class

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AS AULAS CONTINUAVAM as mesmas de sempre. história da magia continuava sendo a melhor, e poções ainda me causava pesadelos. Levantei a bunda do banquinho e caminhei para fora com Lauren, Jade e Beth do meu lado.

— Não acredito que já temos teste na semana que vem. Esse é homem é maluco. — Jade apertou seu livro contra o peito.

— O último ano em Hogwarts começou daquele jeito. — Lauren estava desanimada — Quem sabe a taça de quadribol seja nossa esse ano.

— Ah, eu te garanto que será. — Beth tinha assumido o cargo de capitã, e estava mais determinada do que qualquer coisa para obter a taça.

— Já está há seis anos sendo da grifinória, vocês precisam mesmo reagir. — Jade apertou o passo quando vimos uma pequena multidão em volta de uma parede no corredor.

— O que está havendo? — entrei no meio das pessoas, me espremendo pra tentar ver qualquer coisa.

Elas naturalmente abriram espaço para mim. Meu peito se apertou quando li as palavras em tinta preta na parede.

MADELYN JONES É UMA V#DIA GORDA E TRAIDORA.

A palpitação foi crescente no meu coração. Olhei em volta, procurando pelo rosto da minha antiga amiga.

— Que covardia. — Lauren sussurrou do meu lado.

— Vou atrás dela. Podem levar isso até a sala para mim? — entreguei meus livros.

— É claro. — Beth segurou em mãos e eu agradeci enquanto corria pelos corredores procurando Madelyn.

Durante a busca, pensei nas pessoas que poderiam ter feito aquilo. O primeiro nome que surgiu foi obviamente o de Kate Bryce. Ela tinha motivos, mas ela não se lembrava daquela noite, não é? O feitiço deu certo até demais. Ela passou o resto do sexto ano ignorando eu ou os marotos. Nem de Madelyn ela falava direito.

Nem percebi quando fui parar naquela salinha onde eu beijei Remus pela primeira vez. Ouvi um barulho atrás da porta, e não quis parecer tão bisbilhoteira quando encostei meu ouvido na porta.

— Não era pra ter acontecido isso... eu só queria ter um único ano em paz. — a voz de Madelyn fez o meu instinto de abrir a porta se agitar, mas eu me segurei ao ouvir uma segunda voz.

— Sinto muito, Mads. — a voz de Sirius era inconfundível.

Meu corpo se retraiu a vontade de continuar escutando a conversa e eu voltei meu corpo para trás voltando para onde eu devia estar — a aula de estudo dos trouxas.

Desde o dia da estação eu pensei que algo rolava entre os dois, obter a confirmação foi loucura. Não via a hora de contar aquilo para Lupin.

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— Está me dizendo que eles roubaram o nosso quartinho? — foi a primeira coisa que Remus disse depois que eu contei a fofoca para ele.

— Por aí. Mas ele estava consolando ela...

— Por que diabos você saiu de lá?

— Não sou tão bisbilhoteira quanto você, paspalho — marquei a página do livro sobre a pedra.

— Então está repassando a fofoca por que? — não obtive resposta para isso — Somos um casal de fofoqueiros. Nos resta aceitar.

Ele beijou minha bochecha.

— Mas como isso foi acontecer? Eu pensei que ele odiasse ela. — Remus comentou.

— É, eu também. Não que exista um problema com eles dois estarem juntos, mas é que desde aquele dia no porão da dedos de mel ele nunca foi com a cara dela.

BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora