35. lazy boy

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REMUS ERA PREGUIÇOSO, descobri quando tive que praticamente invadir a torre da grifinória para acordá-lo.

— Anda logo, ele vai se atrasar — minhas mãos estavam nas costas de James, empurrando ele com toda a força que eu tinha. Não era muita.

— Ele já deve estar levantando.

— Se você não for logo eu vou te quebrar.

— Eve, por favor — James virou-se segurando meus punhos — Relaxa. Ele já vai descer.

Comecei a dar socos em James e ele correu pelas escadas que se mexiam. Idiota!

Remus apareceu alguns minutos depois, com os olhos inchados de sono e o cabelo todo bagunçado. Coloquei minha mão por entre os fios tentando penteá-los.

— Você é muito preguiçoso, cara.

— Valeu — ele coçou os olhos e seu estômago roncou — Tô morto de fome.

— Sério? Eu nem imaginava.

Demos as mãos e caminhamos até o salão, nos sentamos juntos e comemos em silêncio. Olhei para cima vendo o correio coruja começar, e uma carta pousou na minha frente. Dei um beijinho em Florence e lhe prometi comida assim que fosse vê-la mais tarde.

Era minha mãe.

"Querida!

Estou ansiosa para vê-la amanhã. Só quero ter certeza de que está pronta e de que não se esqueceu do natal com sua família. Estamos festivos, meio para baixo por tudo o que aconteceu, mas animados com o novo ano que está por vir. Porque não traz o seu namorado? Queremos conhecê-lo.
(Seus irmãos estão querendo assustá-lo também. Mas eu o protejo.) Te amo.

Com amor,
mamãe.

Voltei meu rosto para Remus.

— O que acha de passar o natal comigo?

Ele franziu o cenho.

— Por que quer isso agora?

— Sei que você vai fazer jogo duro para passar o natal aqui, mas não suporto a ideia que fique sozinho no feriado. Vamos para minha casa. Minha mãe quer te conhecer.

— Eve...

— Olha, não vou ficar insistindo. Mas se não for comigo, vá com Sirius e James. Se eu souber que ficou aqui sozinho... apareço na manhã de natal que nem o papai noel e corto o seu pé fora.

— Normalmente, o papai noel dá presentes.

Dei um tapa em seu ombro e ele quase se engasgou com o suco que bebia.

— Calma, eve.

— Tô me segurando para não te xingar de umas coisas bem feias, Remo.

Ele deu um meio sorriso.

— Tem certeza que sua família não vai se incomodar?

— Eles que te convidaram, criatura.

— Então tá — eu não esperava que ele cedesse, então levei um tempo para digerir a notícia — Eu vou.

— Ótimo.

— Legal.

— Não acredito que vai largar a gente — James e Sirius apareceram do nada atrás de nós — Traidor.

BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora