33. idiot!

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ASSIM QUE ENTREI NO SALÃO ele me viu, caminhei determinada e agarrei sua mão, o arrastando para fora.

Deus sabe como eu queria agarrar a gola da sua camiseta e beijá-lo e enforcá-lo ao mesmo tempo.

— Eveline? — ele perguntou enquanto eu o puxava pelas escadas.

— Você é um idiota sabia?

— Sei disso há muito tempo — ele respondeu, tentando ter um pouco de humor na voz — Se está indo me matar espero que seja rápido.

— Irei o mais devagar possível — foi tudo que eu disse antes de empurrá-lo naquela maldita sala pequena de novo e beijá-lo com mais força do que qualquer vez outra.

Tinha boas lembranças daquela sala.

Ele ficou surpreso, mas apertou minha cintura me grudando ao seu corpo. Eu sentia faíscas percorrerem meu sangue, arranquei o paletó dele e ele suspirou contra a minha boca.

— Eve...

— Se você disser mais uma palavra eu mato você.

Ele riu antes de me beijar de morder o meu lábio, fazia meses que isso não acontecia e eu não sei como aguentei. Se ele tentasse se afastar de mim de novo eu provavelmente teria uma crise de abstinência.

Comecei a desabotoar a sua camiseta e senti sua pele se arrepiar.

— Não tem ideia das coisas que eu pensei quando te vi nesse vestido — encostei meu nariz no dele, e o olhei bem no fundo dos olhos.

— Então me mostre.

Ele segurou o meu pescoço e me beijou, de novo, de novo e de novo.

E a última coisa que eu queria era que ele parasse.

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— Como você descobriu isso? — Remus me perguntou depois que eu contei que sabia da chantagem feita por Kate.

— Kate me contou.

— E porque ela te contaria?

— Porque eu e Madelyn amarramos ela em uma cadeira e dissemos que ela só sairia de lá quando contasse.

Remus me encarou petrificado.

— Você bateu nela?

— Só um tapinha — tentei não rir — Ela mereceu.

— Eu não consigo acreditar...

— Ah, essa nem é a melhor parte. Madelyn lançou um feitiço da memória naquela vaca.

— Eu parei de falar com você por uma semana e aí você vira uma psicopata? — eu ri, e ele sorriu — Você é muito linda, sabia?

— Tento não ficar dizendo o tempo todo para não parecer arrogante — ele riu e eu subi as alças do vestido — Me ajuda?

Ele levantou e começou a abotoar devagar as costas do meu vestido.

— O que isso significa? — revirei os olhos com a pergunta.

— Você não vai fazer isso.

— O que?

— Me perguntar o que isso significa. Que clichê, Lupin. — ouvi sua risada atrás de mim — Significa que estamos bem. Normais. Se quiser nomear, nomeie. Mas se você se afastar de novo eu vou te dar um soco. Não duvide de mim, nos últimos dois minutos você soube que eu sou uma pessoa bem violenta.

Ele riu de novo. Era bom vê-lo assim, já que ele estava tão desanimado algumas horas atrás.

— Tomarei cuidado com seus punhos tão fortes — ele beijou meu ombro — Pronto.

Ajudei ele a colocar a camiseta e abotoei para ele enquanto ficava me encarando do jeito que odiava que ele me encarasse. Ele passou os dedos pelo meu cabelo e eu dei um tapa.

— Pode parar, precisamos sair daqui — abri a porta e saímos pelo corredor.

— Você não me explicou uma coisa — olhei para ele — Você e Madelyn são amigas de novo?

Franzi a testa. Não tinha pensado nisso.

— Não sei. Mas ela ajudou muito hoje, mesmo.

Ele segurou minha mão.

— Ela não queria estar lá comigo. Não mesmo. Acho que ela não sabia de nada que Kate estava planejando.

— E não sabia mesmo — começamos a descer as escadas — Aliás onde está Sirius? Ele foi com ela deixar aquela cretina na cama.

— Boca suja — a mão dele subiu até a minha boca e deu dois "tapinhas".

— Me deixa — dei uma cotovelada em sua costela — Para onde vamos?

— Estou ouvindo música, o baile ainda está acontecendo.

— Quer ir para lá?

— Você não tem ideia do quanto.

Ele praticamente me arrastou até a pista de dança, e senti todos os olhares sobre mim pela quinta vez na semana. Mas agora, eu pouco ligava. Estava tão feliz que podia sentir ela em minhas veias, me fazendo querer pular e dançar o mais loucamente possível.

E de certa forma, fizemos isso.

Nós éramos dois pés esquerdos tentando de algum jeito seguir o ritmo da música, mas só acabávamos no ritmo um do outro. Era patético, e provavelmente seríamos piada por algumas semanas. Mas naquele momento, nada importava.

Desistimos de seguir o compasso da música e só nos abraçamos e nos movíamos de um lado para o outro, com os olhos fechados. Não queríamos saber de nada além de nós dois, ali.

Depois de tanto tempo, encontramos o lugar onde pertencíamos.

Um ao outro.

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BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora