08. kate bryce

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ESTAVA MUITO FRIO, NÃO curtia muito sair para as áreas de fora do colégio, mesmo que fosse para um povoado próximo. Madelyn enlaçou seu braço no meu e fomos caminhando devagar pela cidade até chegarmos na dedos-de-mel. Tinham vários alunos do quinto, sexto e sétimo ano pela loja, comprando todos os doces possíveis.

— Kate! — Madelyn andou até a garota e a abraçou — Pensei que fosse na alfaiataria hoje.

— É, mas acabei desistindo. O idiota do Thomas cancelou o encontro.

— Mesmo? — Madelyn fez cara de sonsa.

— É, mas quem liga? Eu estava fazendo um favor saindo com ele.

Franzi as sobrancelhas, o que diabos estava acontecendo?

Kate não era a pessoa mais legal do mundo. Na verdade ela era bem hostil, o tipo de pessoa que fala sutilmente mal sobre a sua aparência na sua frente. Ela era bonita ao ponto de intimidar qualquer uma - isso fazia as pessoas terem medo de responder seus comentários inconvenientes á altura.

— Bem, vou indo. Não posso ficar muito tempo aqui, muita gente junta me deixa enjoada.

Ela deu dois beijinhos em Madelyn e saiu andando com suas duas amigas logo atrás. Voltei meu rosto para minha amiga.

— Vai me explicar o que está acontecendo?

— Não é nada. — ela tentou manter o rosto impassível.

— Bem, mas pareceu que o garoto que está gostando de você cancelou um encontro com a garota mais arrogante da escola, que inclusive é sua amiga.

Madelyn mordeu o lábio.

— Não somos amigas, é tipo uma relação de...

— Amizade?

— Não! — ela falou mais alto — Não sei como é, não sei explicar. Deixa para lá.

Parei de insistir porque sabia que ela não iria falar mais nada, continuamos na loja por uns dez minutos e compramos algumas besteiras antes de saírmos.

– Madelyn! — Kate gritou o nome da minha amiga da esquina, a chamando com o dedo.

Não sabia de onde as duas tinham se tornado tão amigas, mas Madelyn me arrastou com ela até perto do trio de garotas.

— Sim?

— Sabe, eu perdi meu anel lá na dedos de mel. Pode olhar se está por lá?

Isso é sério? Ela está falando com Madelyn como se ela fosse uma cadelinha.

— Ah... eu... — minha amiga parecia estranhamente nervosa.

— É que fico enjoada quando entro lá, sabe...

— Então porque não pediu a essas duas? — perguntei.

— Nós ficamos enjoadas quando entramos lá, queridinha... você não ouviu? — o seu tom de voz irritantemente fino de propósito me dava nos nervos.

— A única coisa que ouvi foi você falando de si mesma.

Madelyn soltou uma gargalhada alta tentando disfarçar o que eu acabei de falar.

— Nós vamos lá procurar! — Madelyn saiu me puxando enquanto eu me debatia, mas ela era forte.

— Porque está com medo?

— Não estou com medo! — ela disse alto — Só estou tentando evitar problemas.

— Não foi você que disse que devemos viver o nossos tempo na escola?

BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora