ACHO QUE NUNCA TINHA visto Remus tão relaxado em toda a minha vida. Eu tinha ficado receosa com a situação como um todo. Eu sabia que minha família ia amá-lo assim que o conhecessem, mas era esquisito. Eu nunca tinha levado alguém em casa antes, imaginei que ficariam agindo como cachorros raivosos em cima dele.
— Gostou dos chocolates mesmo, em? — minha mãe viu Remus comer e ficar com a boca toda suja.
— Ele é viciado nisso, mãe — entreguei um guardanapo para ele — Tem um chocolate belga que vende no centro de Londres. Podemos ir comprar lá antes de voltarmos para a escola.
— Por favor. — pediu ele, ainda mastigando o resto do doce.
— Você é alto, em? — Peter mencionou.
— Foi uma das primeiras coisas que Eve me disse — me lembrei de quando falei com ele pela primeira vez depois de ajudá-lo com os ferimentos.
Eles começaram a conversar sobre futebol, e me surpreendi ao ouvir Remus debater com tantos argumentos. Eu não fazia ideia de que ele gostava de esporte trouxa. Ouvi um barulho no andar de cima e subi, encontrando minha coruja com uma carta no bico.
— O que acha de jogarmos quadribol na casa do James? Venham, os dois! — li a carta de Sirius.
Voltei para o andar de baixo.
— Sirius quer que a gente vá para a casa da James — me sentei á mesa.
— Por que?
— Parece que James comprou um jogo novo... algo assim — não queria ter que explicar o que era quadribol para os meus irmãos.
— Quem são esses? — minha mãe serviu o meu prato.
— São nossos amigos.
— Você nunca tinha falado deles — Lucas se esticou na cadeira.
— Eles são legais.
— Sirius é um pouquinho dramático, mas é legal — sorri enquanto Remus se debulhava diante da torta de maçã.
— Sabe o que a gente podia fazer? — Dylan levantou apontando para mim.
— O que?
— Te ensinar a dirigir.
Quase engasguei com o suco.
— Está falando sério?
— Claro! A gente não tem nada pra fazer mesmo.
— Foi por isso que cortou a grama mais cedo? — minha mãe olhou para o meu irmão.
— Bem...
— Você sabe dirigir, Remo? — Lucas perguntou.
— É...
— Pronto, ensinamos aos dois! Peter, vá pegar o seu carro — Dylan assumiu sua posição de liderança e colocou ordem em todo mundo.
Ouvi minha mãe rir quando eu estava entrando no carro, toda nervosa. Remus estava no outro carro, com Lucas mostrando o que devia fazer. Não era meu plano de natal aprender a dirigir, mas cá estamos nós.
— Está pronta? — Dylan disse, depois de explicar sobre a marcha e onde eu devia pisar.
— Por incrível que pareça, sim.
E dei partida. Claro que comigo e Remus tinha que virar uma competição, então eu peguei no tranco e tentei aprender o mais rápido que pude.
— Você tá roubando! — eu gritei para Remus da janela.
— Isso não é um jogo, Eve — ele gritou de volta.
— Então para de passar na minha frente!
— É a rota! — pisei no acelerador e meu irmão segurou as laterais do banco quando eu deixei Remus comendo poeira.
— Gostou do ventinho, querido? — perguntei, e ele pisou no acelerador também.
O campo atrás da minha casa estava virando uma pista de corrida.
— Isso é um sonho, tô deixando o Lucas comendo poeira — meu irmão ergueu os braços no ar e eu ri.
— Sonho destruído, irmãozinho? — a voz do meu outro irmão ecoou no carro ao lado, e eles ultrapassaram a gente de novo.
— Desgraçado!
Eles nem perceberam que eu e o meu namorado estávamos dirigindo muito bem para iniciantes. Quando paramos os carros, Peter correu até nós segurando a mão da sua namorada.
— Tem poeira até lá em casa, mamãe vai matar vocês!
— Você não podia ter me ultrapassado daquele jeito, sabia? — bati no ombro de Remus.
— Ah, e você podia?
— Exatamente! — bati nele de novo.
— Se controla, mulher!
Foi aí que bati nele mesmo, ouvindo meus irmãos rirem enquanto caminhávamos para casa.
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— Eles gostaram de mim? — Remus perguntou quando estava me arrumando para irmos para a casa de James.
— Claro que gostaram. Confie em mim, Peter não deixaria um estranho dirigir o carro dele.
Meu namorado sorriu e ajeitou a camiseta em seu corpo.
— Eu gostei deles também. Muito.
— Que bom. Porque tenho certeza absoluta que mamãe vai querer você aqui todos os anos.
Fiquei feliz ao vê-lo daquele jeito. Nunca tinha percebido o quanto Remus sentia falta da família, e era importante para mim que ele soubesse que ele tem uma aqui agora.
— Acho que está na hora de ir.
— Espera aí — peguei a minha bolsa — Pronto, vamos.
E partimos para a casa de James Potter.
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BLEEDING SUN | REMUS LUPIN
Fanfiction[CONCLUÍDA] 𝐄𝐕𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄 𝐂𝐎𝐋𝐋𝐈𝐍𝐒 se viu em um grande problema quando precisou ajudar 𝐑𝐄𝐌𝐔𝐒 𝐋𝐔𝐏𝐈𝐍 depois de uma de suas transformações. Agora, com a superproteção dos 𝐌𝐀𝐑𝐎𝐓𝐎𝐒 para impedir que a garota conte o que sabe, ela c...