19. can we be normal?

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MEUS OLHOS ESTAVAM inchados pelas más noite de sono que andei tendo, mas continuei meu dia normalmente. Estava saindo de mais uma aula e caminhei até a pedra no lago para estudar e fugir da minha própria mente.

As meninas estavam tentando me fazer falar, mas não era como se houvesse algo para ser dito.

— Oi — Remus vinha andando e sentou-se a minha frente — Está tudo bem?

— Sim, e você?

— Também.

Tudo estava estranho, mas o que mais me irritava na estranheza era eu e Remo tendo conversas genéricas.

— Dá pra gente voltar ao normal? — falei.

— Como assim? Estamos normais.

— Não estamos não. Só falamos como duas pessoas que mal se conhecem, e nós sabemos muito bem que não somos assim.

— Então tá, o que quer que eu diga?

— Qualquer coisa. Me fala qualquer coisa.

— Mas eu não tenho nada para falar, Eveline.

Respirei fundo e coloquei as mãos nas têmporas. Eu não sabia a razão de estar tão irritada com ele.

— O que aconteceu para você estar desse jeito?

— Nada. — peguei a pena e comecei a escrever.

— É sério, o que houve?

Não queria parecer uma idiota quando falasse.

— Não é nada, mesmo.

Ele desistiu de perguntar e eu desistir de falar. Só continuei escrevendo no meu caderno as mesmas anotações de sempre para não ter que encarar ele, pois sabia que ele estava me olhando.

E no momento que eu olhasse nos olhos dele, eu ia falar bobagem.

— Eveline! Eveline! — ouvi meu nome atrás de mim e quando olhei pude ver que era Jade.

— Oi?

— É seu pai.

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Eu não sabia o que estava acontecendo, tudo que me falaram era que fui chamada na sala do diretor. Eu estava nervosa mesmo sabendo que não tinha feito nada de errado — nada que eu soubesse que era errado.

Quando paramos em frente a sala, subi o primeiro degrau da escada e ela simplesmente mexeu. Tentei me apoiar na parede não para não cair e terminar de me estabacar no chão.

A sala de Dumbledore era imensa. Tinha muitos quadros, um globo e uma espécie de pia no canto da sala. Mais á frente estava a sua mesa, e a fênix que me entregou a carta dele no final do último semestre.

Me assustei quando vi Peter no meio da sala.

Ah não.

Algo realmente sério tinha acontecido.

— Peter? O que está fazendo aqui?

— Eveline, preciso que fique calma. — do outro lado da mesa, o diretor se levantou.

— Irei lhe dar esse momento. — e rápido como um raio, ele sumiu.

Peter ficou parado observando o lugar onde o diretor estava por um bom tempo.

— Peter...

BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora