QUANDO SAÍMOS DE PERTO das arquibancadas, Remus quebrou o silêncio:
— Eu não pensei que ele ia mesmo se tornar um comensal.
— Mas Sirius dizia que o irmão ia se tornar de um jeito ou de outro — O Black mais velho parecia ter desistido de tentar convencer o irmão a sair daquele rumo.
— Eu acho que Regulus é como Sirius. Mas ele se sente cinco vezes mais pressionado para lutar com Voldemort por que nunca teve o suporte que demos ao irmão dele — Remus soltava o ar — Devemos falar para Sirius?
— Sim. É melhor avisar o que ouvimos do que não falar nada.
Esperamos o treino de quadribol acabar para contarmos a Sirius o que tínhamos ouvido. Eu não sabia o que ele iria querer fazer, mas esperava que tentasse parar o irmão, o ajudasse a sair desse problemão que ele estava prestes a se meter.
— Pensei que fossem ver o nosso treino, nerds — Sirius disse jogando os cabelos para trás.
— Não queríamos perder a cabeça — Remus se levantou da grama e me ajudou a levantar também.
— Precisamos falar com você, Sirius.
— Se querem um trisal comigo eu nego, apesar de vocês serem bonitões... — tentei segurar a risada.
— Não é isso. — Remus conteve um sorriso — É sobre Regulus.
Sirius fez uma expressão confusa.
— O que tem ele?
Remus olhou para mim, e então eu falei:
— Estávamos saindo do campo quando ouvimos ele falar com outro colega debaixo das arquibancadas sobre uma tatuagem. Bem, não qualquer tatuagem. — tomei ar antes de falar — A marca negra.
— Pensei que eles não iriam fazer até o momento de lutar, para não serem pegos — James perguntou confuso.
— Não é como se fossem colocar pessoas ricas em Azkaban. — Lupin indagou — Basta uma doação para o ministério se vender e fingir que não há pessoas poderosas do mundo bruxo indo para o lado de Voldemort.
— Ele fez a marca? — a voz do Black estava baixa.
— Não, mas vai fazer. No ano que vem, talvez.
Ele olhou de um lado para o outro antes de dizer:
— Regulus é grandinho. Ele pode fazer o que bem entender.
E saiu andando para longe de nós, olhei para os outros dois que estavam congelados no mesmo lugar e respirei impaciente antes de correr atrás de Sirius.
— Sirius! Sirius! — ele parecia me ignorar, mas quando o chamei pelo nome completo ele parou de andar.
— Não quero falar sobre Regulus, Eveline.
— Olha, eu sei que é uma situação de merda, mas não pode virar as costas para ele.
— Não estou virando, eu já tentei convencê-lo do contrário, mas ele escolheu continuar do lado dos meus pais.
Sirius nunca tinha me falado muito sobre a situação com os pais, mas eu sabia que era extremamente complicada.
— Ele escolheu? Tem certeza que ele teve escolha? — perguntei, e antes que ele tentasse me responder eu continuei — Sirius, vocês são diferentes. Você tem um grupo de amigos que nunca te deixou sem uma rede de segurança. Regulus não tem isso.
Regulus Black passava a maior parte do tempo sozinho, ele tinha colegas, mas não amigos de verdade. Não como Sirius tinha á Remus, James e Pedro.
— Mas ele tinha a mim, o irmão dele.
— Sirius, não transforme isso em uma briga de orgulho — segurei-o pelos ombros — Seu irmão está prestes a ir por um caminho que não tem volta. Não desiste dele. Se você conseguiu sair de um destino traçado para você desde pequeno, ele também consegue.
Ele me olhou impaciente.
— Odeio pessoas sábias.
— Isso significa que você vai me ouvir?
— Vou. — sorri quando ele confirmou — Mas tira esse sorriso da cara. Vai lá beijar o remuzinho.
Dei um tapa nele, e só depois fui me perguntar como diabos ele sabia que eu e Remus estávamos... bem, fazendo alguma coisa além de estudar, estudar e estudar.
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Olhei curiosa quando Remus se jogou sobre a bendita pedra e parou de ler o livro.
— Não quero mais. — foi tudo o que ele disse.
— Não quer mais o que?
— Esse lance de estudar. Odeio estudar. Acho que podíamos estar fazendo coisas melhores.
Revirei os olhos rindo, e ele colocou a mão sobre o queixo me olhando.
— Vamos estudar.
— Eveline Collins, pare de me torturar.
— Isso não é tortura.
— Não estou falando disso.
— E do que está falando, então?
O sorriso malicioso entregou tudo.
— Essa história já está me deixando confusa demais, que tal passar mais de uma hora sem me beijar?
— Você deveria ir a Azkaban por essa tortura — ri escondendo o rosto nas mãos.
— Tá, agora chega. Está tirando meu foco.
— Não vai me dizer que está apaixonada por mim, não é, Collins?
O olhei com toda a ironia nos olhos.
— Quem parece apaixonado aqui é você. Não consegue manter distância de mim nem por quinze minutos.
— Te garanto que não estou apaixonado — ele falou sério, e eu o respondi.
— Também te garanto que não estou apaixonada por você.
Cinco minutos depois, desistimos de estudar e voltamos ás atividades que agora, eram normais.
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BLEEDING SUN | REMUS LUPIN
Fanfiction[CONCLUÍDA] 𝐄𝐕𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄 𝐂𝐎𝐋𝐋𝐈𝐍𝐒 se viu em um grande problema quando precisou ajudar 𝐑𝐄𝐌𝐔𝐒 𝐋𝐔𝐏𝐈𝐍 depois de uma de suas transformações. Agora, com a superproteção dos 𝐌𝐀𝐑𝐎𝐓𝐎𝐒 para impedir que a garota conte o que sabe, ela c...