11. beer & secrets

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BEBI A CERVEJA QUE AS meninas trouxeram, mas não consegui digerir mais do que dois goles. Quando terminamos fomos para a dedos-de-mel comprar mais doces para abastecer o armário do quarto, mas eu estava aérea com a minha conversa com Remus — e de certa forma, Sirius.

— O que o menino queria com você? — Jade perguntou — Ele parecia nervoso quando aparecemos.

— Não é nada... só que... Kate convidou ele para sair.

— O quê? — as três falaram juntas.

— Vocês fazem bastante isso, né?

— O quê? — as três falaram juntas, de novo.

— Isso. Falam juntas. — elas riram.

— Um pouquinho — Beth deu de ombros — Mas então? Ele aceitou?

— Essa é a parte que eu não entendi. Ele saiu correndo mas quando perguntei se ele queria dizer sim ou não ele não soube me responder.

— Homens. — Jade revirou os olhos.

— Mas... você queria que ele tivesse dito não?

— Claro que sim. A garota aprontou comigo não tem nem três dias e agora está dando em cima do meu amigo?

Elas se entreolharam.

— O que?

— Ele é só seu amigo?

— Claro que sim! Somos amigos. Sério gente, nada além disso acontece entre nós.

— Bem, ele ter saído correndo significa mais não do que sim. — as garotas concordaram com Lauren.

— É, de qualquer forma, vamos voltar o quarto. Eu preciso mesmo tirar um cochilo — em cinco minutos, estávamos saindo da loja e tomando o rumo de volta para o castelo.

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Dormi quase a tarde inteira, não tinha dormido bem na noite passada por causa do estresse. Mas depois desse cochilo eu me sentia pronta para o teste no dia seguinte – o teste que eu ainda ia estudar um pouco.

— Ei, é hora do jantar. Vamos? — Beth bateu palminhas na minha frente.

— Ah, vamos.

Me levantei com um pouco de esforço, mas logo estávamos no salão principal servindo nossos pratos. Não comi muito, tinha devorado alguns doces do armário de emergências — como as meninas chamavam quando você tinha uma fome repentina.

— Tem alguém olhando para cá. — Lauren acenou com a cabeça para o outro lado da sala.

Na mesa da grifinória, observei Remus me olhar, mas ele desviou o olhar assim que percebeu que eu também estava o olhando.

Ele sabia ser uma incógnita quando queria.

Tentei ignorá-lo pelo resto do jantar mas quando já estava levantando senti uma mão encostar em meu braço.

— Posso falar com você? — Remus pediu, os olhos castanhos pareciam ligeiramente atenuados.

— Não pode esperar até amanhã?

— Não. — ele segurou a minha mão e saiu me puxando pelo salão.

— Remus, tenha calma! — pedi — se for sobre hoje cedo, não precisa se preocupar. Não irei te julgar por querer sair com ela.

— Não quero sair com ela! — ele se virou para mim — Não quero mesmo. Morro de medo daquela garota.

— Pensei que meninos nunca assumissem quando tinham medo de algo — falei tentando acalmá-lo.

— Bem, sou uma exceção a regra.

— Gosto disso — tentei sorrir — Olha, eu estou cansada, preciso mesmo ir dormir.

— Só me escuta mais dois minutos — ele franziu as sobrancelhas — Eu gaguejei porque fico nervoso quando falo sobre esses assuntos, quero dizer, nem sei por que ela me convidou para sair.

— Porque você é bonito.

Ele me encarou.

— Me acha bonito? — ele questionou, quase não acreditando no que ouvia.

— Bem, sim. Você é. Não sou amiga de pessoas feias — falei brincando mas ele continuou sério.

— Pensei que garotas nunca assumiam quando achava alguém bonito.

— Bem, sou a exceção a regra. — devolvi — Agora relaxa, tá tudo bem. Te vejo amanhã?

— Sim. Até amanhã — ele acenou enquanto eu desaparecia pelo corredor.

Eu podia estar enganada, mas enquanto me afastava de Remus, conseguia sentir o olhar dele em minhas costas, me assistir ir embora.

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BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora