37. war is coming

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MEU ÚLTIMO ANO TINHA chegado mais rápido do que eu imaginava. Senti uma sensação de nostalgia quando arrumei meu malão e desci as escadas para encontrar mamãe e Peter prontos para me levar para Hogwarts.

— Pronta? — mamãe perguntou e eu assenti, e ela depositou um beijinho na minha cabeça. Meu irmão sorriu e abriu espaço para que eu passasse e entrasse no carro.

Chegamos a estação rápido, e eu me despedi da minha família. Atravessei a passagem e acabei esbarrando com tudo nas costas de alguém.

— Aí meu deus, me desculpa! — pedi enquanto me levantava.

Estendi a mão para ajudá-lo a levantar, e Regulus Black se ergueu na minha frente, com o rosto um pouco corado. A relação dele com Sirius não tinha sido levada mais a frente, e eu nem sabia se eles ainda se falavam. Meu coração se apertou quando o garoto tentou sorrir para mim diante das minhas desculpas.

— Me desculpa mesmo, eu sou um desastre. Meu pai me chamava de desastre ambiental ás vezes. — tentei fazê-lo rir, sem sucesso — Você está bem, Regulus?

— Sem ofensa, mas eu nem te conheço.

— Caramba, que grosseria a minha. Olá, eu sou Eveline. — estendi a mão, e pedi em minha mente para que ele a apertasse.

Hesitante, ele estendeu a mão e segurou a minha. Depois seguramos nossas malas e voltamos a caminhar pela estação.

— Tem falado com o meu irmão? — ele perguntou subitamente quando eu estava prestes a me afastar.

— Sim. Falo com ele o tempo todo.

A feição dele não foi muito feliz. Sempre senti que Regulus era como Sirius, que só precisava de suporte para sair de onde estava. Talvez fosse mais complicado para ele. Talvez ele se sentisse mais pressionados porque os pais depositavam expectativas demais nele por ele ser um sonserino, ao contrário de Sirius — que em suas próprias palavras fora a maior decepção da família desde que o chapéu seletor o colocou na grifinória.

— Regulus. — o chamei, e ele virou-se para mim — Eu sei que não... somos amigos e nem nada do tipo, que nem nos conhecemos. Mas se precisar de qualquer coisa, alguém para conversar...

— Eu estou bem.

Balancei a cabeça, e dei um meio sorriso.

— Sirius é uma boa pessoa. Eu acredito que você seja também.

Regulus deu uma risada de escárnio, jogando a cabeça para o lado.

— Eu ando com pessoas que te chamam de sangue-ruim, Collins.

— As pessoas conseguem ser bem estúpidas às vezes, isso não significa que precisam ser estúpidas sempre. —

Um sorriso cheio de ironia possuiu meus lábios quando sua feição ficou séria de novo.

— Diga para Sirius parar de escrever. Eu não vou responder nenhuma das cartas.

— Diga isso para ele. Não sei se percebeu, mas eu não sou uma coruja — pisquei, e lhe dei as costas voltando a caminhar para o lugar onde eu tinha combinado de encontrar os garotos.

Eles já me esperavam em meio a multidão e eu corri para abraçar Remus, que fez o mesmo vindo em minha direção.

— Caramba, pensei que não chegaria nunca.

— Nem demorei tanto assim — selei sua boca.

— Chega de melação — Sirius colocou o braço entre nós nos afastando — Collins!

O Black mais velho me apertou entre os braços com força o suficiente para estalar minhas costas.

— Eve! — James disse do outro lado, e notei o seu braço sobre os ombros de Lily Evans.

BLEEDING SUN | REMUS LUPINOnde histórias criam vida. Descubra agora